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A língua mais rápida

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Um im­por­tante e fa­moso es­tudo da uni­ver­si­dade de Michigan, nos Estados Unidos da América, con­cluiu que a lín­gua mais rá­pida é a das mu­lhe­res ára­bes, que po­dem che­gar a al­can­çar o maior nú­mero de mo­vi­men­tos por se­gundo quando fam o berro de guerra que as iden­ti­fica, o zagha­reet, o seu atu­rujo. Suponho que as in­dí­ge­nas ga­le­gas fi­ca­riam algo por baixo na lista quanto à ve­lo­ci­dade. O caso, é que es­sas mu­lhe­res te­nhem a ca­pa­ci­dade de fa­la­rem mais rá­pido do que qual­quer ou­tra pes­soa e pa­rece ser que som sem­pre as pri­mei­ras em ini­ci­a­rem umha conversaçom.

Há um tempo atrás ti­vem a opor­tu­ni­dade de re­a­li­zar um inqué­rito a um grupo de gente nova so­bre usos lin­guís­ti­cos. Umha das per­gun­tas da en­quisa era ‘qual a lín­gua que uti­li­zam com pes­soas que nom co­nhe­cem’, in­de­pen­den­te­mente de qual fosse a lín­gua ha­bi­tual em cada umha de­las. A maior parte das pes­soas res­pon­deu aquilo de… Depende do que me fale a ou­tra pes­soa’, Se me fala ga­lego pois tento res­pon­der em ga­lego’, A ver, se me fa­lan cas­te­lhano pois por edu­ca­çom res­pondo em cas­te­lhano’. Som res­pos­tas que, com cer­teza, mui­tas de nós já te­mos ou­vido em di­fe­ren­tes oca­si­ons. Contudo, nom por isso se con­ver­tem em ver­da­des nem te­nhem maior peso ar­gu­men­ta­tivo. Pensemos numha cousa: O quê su­ce­de­ria se fôs­se­mos nós as que fa­la­mos pri­meiro? Em que lín­gua nos di­ri­gi­ría­mos à ou­tra pes­soa se ti­ver­mos que pe­dir um copo de água num bar, ou a hora por­que nom te­mos re­ló­gio, ou um bi­lhete para vi­a­jar­mos de trem.

Em que língua nos dirigiríamos à outra pessoa se tivermos que pedir um copo de água num bar?

 

Decidim logo de­se­nhar uns pon­tos chave para ser­mos as fa­lan­tes mais rá­pi­das da lín­gua mais rá­pida e para co­me­çar­mos as con­ver­sa­ções sem­pre em galego! 

Aí vam:

1‑Saúda sem­pre de pri­meira, em ga­lego, as­sim a con­ver­sa­çom já terá co­me­çado da tua parte e pode que a ou­tra pes­soa goste e te siga. 

2‑Para co­me­ça­res evita di­zer um sim­ples ‘Olá’, que pode ser con­fun­dido com o cas­te­lhano. Um bom co­meço se­ria um ‘bom dia/boa tarde, como vai todo?’.

3‑Ao en­tra­res numa loja, saúda e fai al­gum co­men­tá­rio ten­tando in­tro­du­zir al­guma das pes­soas pre­sen­tes. Pensa em que al­guma de­las pode que­rer fa­lar mas nom se atreve. Se ca­lhar al­guém fale na tua lín­gua vendo que tu nom te cortas.

4‑Muitas pes­soas nom se atre­vem a fa­lar pri­meiro por­que sen­tem que se fa­lam muito rá­pido em ga­lego, an­tes de sa­ber a lín­gua da ou­tra pes­soa, pode en­ten­der-se como um com­por­ta­mento de má edu­ca­çom. Tu po­des mu­dar isso.

5‑Nom de­ses­pe­res. Vás en­con­trar de todo no teu treino para te­res a lín­gua mais rá­pida mas tés que ser per­sis­tente. Cada vez so­mos mais quem cor­re­mos a fa­lar as primeiras!

Lembra que para ter­mos a lín­gua mais rá­pida to­das as fa­lan­tes te­mos que im­pli­car-nos. No mer­cado, na casa, na fa­cul­dade, no tra­ba­lho. Tenhem que se im­pli­car as pa­le­o­fa­lan­tes que mu­dam ao se co­mu­ni­ca­rem com ou­tras pes­soas que, acham, nom vam fa­lar ga­lego. Tenhem que se im­pli­car as ne­o­fa­lan­tes que nom dam o passo de­fi­ni­tivo nal­guns dos seus cír­cu­los de re­la­çom. Inclusive as fa­lan­tes de cas­te­lhano, sim, por­que vam ser elas as fu­tu­ras ne­o­fa­lan­tes e por­que só com o ati­vismo de to­das as pes­soas va­mos con­se­guir a lín­gua mais rá­pida. Só en­tre to­das, sem­pre em galego.

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