Periódico galego de informaçom crítica

A justiça pola mao

por
Ilustraçom do pe­rió­dico ga­lego ‘A fouce’ (1926).

A justiça pola mao’ é um conhecido poema de Rosalia que relata um episódio de contestaçom de umha mulher oprimida na Galiza rural do XIX; é também o título de umha obra historiográfica recente que, inspirando-se naqueles clássicos versos, analisa vários fenómenos de violência política e social decorridos no nosso país na contemporaneidade. Nesta ampla rúbrica poderia bem entrar o último ciclo de luita ilegal do independentismo, que um tribunal especial espanhol clausurava com pesadas condenas no passado mês de janeiro. Demasiado próximo para ser ainda história e demasiado censurado polo poder para ser ainda objeto de pesquisa por parte do jornalismo, tencionamos nestas linhas dar algumhas chaves panorâmicas do que foi a oposiçom clandestina ao status quo na Galiza dos últimos tempos.

Desde o seu mo­mento fun­da­ci­o­nal na afas­tada Cuba dos anos 20, a von­tade de con­fronto di­reto com o Estado está pre­sente no in­de­pen­den­tismo ga­lego. As for­mu­la­çons en­saís­ti­cas ou jor­na­lís­ti­cas do CRAG ou A Fouce além mar pa­re­ciam to­mar corpo e in­ten­çons prá­ti­cas no sec­tor ju­ve­nil das Mocidades Galeguistas, mas tal pro­cesso, como mui­tos ou­tros, foi go­rado em 1936 e nom será até três dé­ca­das de­pois, no con­texto da Guerra Fria, e de umha es­querda oci­den­tal re­ju­ve­nes­cida e ra­di­ca­li­zada, quando umha parte do mo­vi­mento ga­lego co­mece a te­o­ri­zar e a pra­ti­car um ger­molo de li­nha ar­mada. A rá­pida in­ter­ven­çom do Estado, com re­curso à morte e à tor­tura, exem­pli­fi­cado na queda de José Ramom Reboiras, fe­cha o pri­meiro en­saio, que tam­bém se frus­tra polo novo clima ins­ti­tu­ci­o­nal e pac­tista que ali­menta a ‘Transiçom’. Mas, ape­sar das cres­cen­tes mos­tras de nor­ma­li­za­çom po­lí­tica, a Galiza da mo­der­ni­za­çom e da pri­meira au­to­no­mia foi tam­bém ce­ná­rio de pro­je­tos ar­ma­dos, o mais no­tó­rio dos quais, o EGPGC, ocu­pou boa parte da atu­a­li­dade nos fi­nais da dé­cada de 80.

Apesar das cres­cen­tes mos­tras de nor­ma­li­za­çom po­lí­tica, a Galiza da mo­der­ni­za­çom e da pri­meira au­to­no­mia foi tam­bém ce­ná­rio de pro­je­tos ar­ma­dos, o mais no­tó­rio dos quais, o EGPGC, ocu­pou boa parte da atu­a­li­dade nos fi­nais da dé­cada de 80

A Galiza dos anos 90: pa­ci­fi­ca­çom e radicalizaçom

Se o nosso país atra­ves­sou na dé­cada de 80 pro­ces­sos so­ci­ais e eco­nó­mi­cos mui trau­má­ti­cos, com o seu cor­re­lato de ten­som e mo­bi­li­za­çom, o pro­gres­sivo avanço da dé­cada de 90 pa­re­ceu en­car­rei­rar o Reino de Espanha, e tam­bém a nossa terra, po­los vi­ei­ros da ho­mo­lo­ga­çom ins­ti­tu­ci­o­nal e de certa paz so­cial. No con­texto glo­bal, cai o Muro de Berlim e o so­ci­a­lismo real en­tra em grave crise; no país, fi­ca­vam atrás os anos mais du­ros da cha­mada re­con­ver­som in­dus­trial, e as pri­mei­ras e mais in­ten­sas mo­bi­li­za­çons con­tra dos efei­tos no agro da in­te­gra­çom na CEE. Se nos tem­pos da Reforma po­lí­tica um con­tin­gente imenso de mi­li­tan­tes da es­querda an­ti­fran­quista co­me­çava a nu­trir os apa­re­lhos par­ti­dá­rios e sin­di­cais da nas­cente de­mo­cra­cia, nos anos 90, ou­tras tra­di­çons po­lí­ti­cas pa­re­ciam as­si­nar o seu par­ti­cu­lar ar­mis­tí­cio com as eli­tes da mo­nar­quia. Na Catalunha, Terra Lliure de­sa­pa­re­cia e um novo in­de­pen­den­tismo ins­ti­tu­ci­o­nal, ERC, ca­pi­ta­li­zava a iden­ti­dade na­ci­o­nal; na Galiza, o BNG ra­ti­fi­cava a sua aposta na via re­for­mista, va­li­dada por apoios elei­to­rais cres­cen­tes e um trato me­diá­tico mais be­né­volo. Em 1998, a prin­ci­pal força na­ci­o­na­lista do país pre­ten­dia ho­mo­lo­gar-se às di­rei­tas basca e ca­ta­lana na ‘Declaraçom de Barcelona’ e a in­de­pen­dên­cia vi­rava pa­la­vra pros­crita. O in­de­pen­den­tismo re­pre­sen­tado pola Assembleia do Povo Unido dis­sol­vera-se pouco an­tes e a sua mi­li­tân­cia mar­chava para a casa ou res­si­tu­ava-se no es­paço da po­lí­tica na­ci­o­nal, en­quanto pre­sos e pre­sas pe­na­vam quase em so­li­tá­rio lon­gas condenas.

Na dé­cada de 90, ainda que o ne­o­li­be­ra­lismo co­me­çava a fa­zer es­tra­gos, a Galiza con­ti­nu­ava a ser um pon­tal mo­bi­li­za­dor e al­guns con­fli­tos de­mons­tra­vam a força da pres­som da rua, so­bar­dando a legalidade

Mas, como em to­dos os ci­clos po­lí­ti­cos, em este tam­bém es­tava pre­sente a di­a­lé­tica e nele pu­la­vam ten­dên­cias mui con­tra­di­tó­rias. Um im­por­tante mo­vi­mento as­sem­blear, o an­ti­mi­li­ta­rismo, ori­en­tava cen­tos de mo­ços numha es­tra­té­gia de­so­be­di­ente e era se­cun­dado na rua por mi­lha­res de pes­soas. Ainda que o ne­o­li­be­ra­lismo co­me­çava a fa­zer os seus es­tra­gos nas re­la­çons la­bo­rais, a Galiza con­ti­nu­ava a ser um pon­tal mo­bi­li­za­dor e al­guns con­fli­tos exem­pla­res, como o dos ma­ri­nhei­ros do banco ca­ná­rio-sa­a­ri­ano, de­mons­tra­vam a força da pres­som da rua, so­bar­dando con­ti­nu­a­mente a le­ga­li­dade. No campo da cul­tura e da lín­gua, em­bora já se con­for­mara todo um bloco de­pen­dente da ofi­ci­a­li­dade e trin­cado no qua­dro da au­to­no­mia, flo­res­ciam por todo o ter­ri­tó­rio co­le­ti­vos rein­te­gra­ci­o­nis­tas de base, nada aca­dé­mi­cos, mor­mente ju­ve­nis e li­ga­dos di­reta ou in­tui­ti­va­mente às te­ses arredistas.

É neste con­texto em que nasce a Assembleia da Mocidade Independentista, umha mo­desta or­ga­ni­za­çom que en­frenta o cerco, desde os seus pri­mei­ros anos, da po­lí­cia po­lí­tica es­pa­nhola e da mí­dia de grande ti­ra­gem. Assinalada acu­sa­to­ri­a­mente por al­gumhas plu­mas como ‘o ovo da serpe’, o cor­dom sa­ni­tá­rio por volta desta força ju­ve­nil nom im­pe­diu que esta atu­asse como um pe­queno es­tí­mulo no campo na­ci­o­na­lista, di­na­mi­zando inú­me­ras ini­ci­a­ti­vas po­pu­la­res, e in­tro­du­zindo no ima­gi­ná­rio do mo­vi­mento ga­lego um dis­curso e açom ba­se­a­dos na con­tun­dên­cia, os cha­ma­dos à ten­som so­cial e a umha agi­ta­çom incansável.

É neste con­texto em que nasce a Assembleia da Mocidade Independentista, umha mo­desta or­ga­ni­za­çom que en­frenta o cerco, desde os seus pri­mei­ros anos, da po­lí­cia po­lí­tica es­pa­nhola e da mí­dia de grande tiragem

Um novo sé­culo de con­vul­som e esperança

Na vi­ra­gem de sé­culo, a Galiza pre­para-se para a des­pe­dida do fra­guismo, e fai-no numha con­jun­tura que con­ca­tena pro­ces­sos mo­bi­li­za­do­res, e de grande en­ti­dade nu­mé­rica e ca­lado so­ci­o­ló­gico: duas gre­ves ge­rais con­se­cu­ti­vas, as lui­tas uni­ver­si­tá­rias con­tra da LOU, o Nunca Mais, a ver­som na­ci­o­nal das mo­bi­li­za­çons mun­di­ais con­tra da Guerra do Iraque, po­nhem umha nova ge­ra­çom em con­tacto com a in­ter­ven­çom so­cial e po­lí­tica. À mar­gem dumha am­pla cons­te­la­çom de or­ga­ni­za­çons in­de­pen­den­tis­tas pú­bli­cas, que co­e­si­o­nam de ma­neira efé­mera por volta de NÓS-UP, nas mo­bi­li­za­çons po­pu­la­res co­meça a en­saiar-se um novo re­per­tó­rio, desta volta vi­o­lento e ile­gal, que chama a aten­çom do Ministério do Interior e leva as for­ças ins­ti­tu­ci­o­nais a um claro des­linde de qual­quer iden­ti­fi­ca­çom ra­di­cal. Nas ma­ni­fes­ta­çons, as en­ca­pu­cha­das fam já parte da pai­sa­gem, ata­cando se­des ban­cá­rias ou se­des de meios de co­mu­ni­ca­çom es­pa­nhóis; os en­fren­ta­men­tos com as for­ças po­li­ci­ais som pla­ni­fi­ca­dos e sis­te­má­ti­cos, com uso cada vez mais fre­quente de ar­te­fac­tos in­cen­diá­rios. A noite de 24 de ju­lho, pro­ta­go­ni­zada pola mo­ci­dade in­de­pen­den­tista, vira pro­gres­si­va­mente um campo de ba­ta­lha na zona ve­lha de Compostela, que é mi­li­ta­ri­zada, vi­gi­ada por um he­li­cóp­tero, e to­mada por an­ti­dis­túr­bios e se­gu­rança pri­vada. Na vés­pera do Dia da Pátria de 2003, pou­cos me­ses de­pois da ca­tás­trofe do Prestige e na vés­pera de ser en­tre­gada a Medalha de Ouro da Galiza a Álvarez Cascos, en­ca­pu­cha­das in­cen­di­a­vam dez su­cur­sais ban­cá­rias a pou­cos me­tros da ca­te­dral de Santiago, ante a de­nún­cia es­can­da­li­zada da casta política.

Na vi­ra­gem de sé­culo, nas mo­bi­li­za­çons po­pu­la­res co­meça a en­saiar-se um novo re­per­tó­rio, desta volta vi­o­lento e ile­gal, que chama a aten­çom do Ministério do Interior
Sucursal ban­cá­ria quei­mada em 2009 em Cangas do Morraço.

Resistência ga­lega

Segundo de­cla­ra­vam pe­ri­tos de in­te­li­gên­cia da guarda ci­vil no juízo con­tra vá­rios mi­li­tan­tes ga­le­gos em ju­nho de 2013 na Audiência Nacional, o corpo ar­mado já en­vi­ara desde Espanha es­pe­ci­a­lis­tas em in­te­li­gên­cia no ve­rao de 2004, de­ci­dido a es­cul­car e go­rar qual­quer ten­ta­tiva de vi­o­lên­cia in­de­pen­den­tista ga­lega. O tra­ba­lho des­tes res­pon­sá­veis so­mava-se as­sim ao dos qua­tro ser­vi­ços de in­for­ma­çom pro­vin­ci­ais do corpo, ao que ha­ve­ria que so­mar a pró­pria es­tru­tura da ‘po­lí­cia na­ci­o­nal’. Um ano mais tarde, e com as en­gre­na­gens po­li­ci­ais e me­diá­ti­cas a pleno ren­di­mento, o site Brasil Indymedia dava luz ao ‘Manifesto pola re­sis­tên­cia ga­lega’, que dava corpo teó­rico ao pro­cesso sub­ter­râ­neo que se co­zi­nhava nos sec­to­res mais de­ci­di­dos do ar­re­dismo e fazia‑o nas cha­ves re­la­ti­va­mente no­vas de umha res­posta vi­o­lenta anó­nima, ‘sem no­mes, sem si­glas, nem pos­tas em cena organolépticas’.

Ainda que a mí­dia do Regime si­tua rei­te­ra­da­mente o co­meço deste ci­clo no ano 2005, coin­ci­dindo com a ex­plo­som dum forte ar­te­facto que des­fijo parte da sede cen­tral de Caixa Galicia em Compostela, o Manifesto aponta pola con­tra que já ‘desde 1995 as­sis­ti­mos a umha nova re­sis­tên­cia ga­lega que uti­liza a vi­o­lên­cia po­lí­tica como umha arma mais de com­bate no pro­cesso’ e re­ca­pi­tula o am­plo le­que de ob­je­ti­vos que re­ce­bê­rom ‘al­gum tipo de cas­tigo po­pu­lar in­de­pen­den­tista’, desde in­fra­es­tru­tu­ras ener­gé­ti­cas a ‘em­pre­sas es­cra­vis­tas’, pas­sando por ‘par­ti­dos po­lí­ti­cos espanholistas’.

Para o Manifesto, no novo pro­cesso em an­da­mento ‘con­ca­te­na­vam-se pola pri­meira vez na his­tó­ria três ge­ra­çons de com­ba­ten­tes’ e os anos se­guin­tes à pu­bli­ca­çom deste do­cu­mento vi­riam con­fir­mar ine­qui­vo­ca­mente as in­ten­çons das ou dos au­to­res: os ata­ques com ex­plo­si­vos a gran­des in­fra­es­tru­tu­ras re­la­ci­o­na­das com a tu­ris­ti­fi­ca­çom, o ‘boom’ imo­bi­liá­rio ou gran­des obras pú­bli­cas su­ce­dem-se, e as pri­mei­ras de­ten­çons sob le­gis­la­çom an­ti­ter­ro­rista, en­car­ce­ra­mento e dis­per­som evi­den­ciam um maior es­forço po­li­cial. Estamos já na Galiza do bi­par­tido e, no con­texto es­pa­nhol, as ten­ta­ti­vas ne­go­ci­a­do­ras do PSOE com a es­querda abert­zale an­te­ci­pam o fim da luita ar­mada basca. No nosso país, re­mete o ní­vel de mo­bi­li­za­çom po­pu­lar do lus­tro an­te­rior e o in­de­pen­den­tismo mer­gu­lha-se de novo num dos seus clás­si­cos pro­ces­sos cis­si­o­nis­tas; mas, se as ce­nas de en­ca­pu­cha­das e bar­ri­ca­das ar­dendo de­sa­pa­re­cem da pai­sa­gem, os ata­ques no­tur­nos com bom­bas fam-se mais fre­quen­tes e de maior po­der des­tru­tivo. Os vo­zei­ros do Estado ad­ver­tem na mí­dia que a re­sis­tên­cia ga­lega, ainda sem apoio po­pu­lar, é um pe­rigo de or­dem pú­blica real e aler­tam so­bre a exis­tên­cia de mi­li­tan­tes na clan­des­ti­ni­dade ‘dis­pos­tos a todo.’ Um mem­bro da Comissaria Geral de Informaçom, que criou um grupo es­pe­cí­fico para com­ba­ter a re­sis­tên­cia, ma­ni­fes­tava a um meio ma­dri­leno em 2013 que ‘es­ta­mos ante um grupo com fun­ci­o­na­mento ele­men­tar mas efetivo.’

Ataque em 2010 a umha sede do PP.

Crises e no­vos ciclos

No ou­tono de 2011, quando na Galiza e no con­junto do Estado som mais do que pal­pá­veis os efei­tos da crise mun­dial das fi­nan­ças, que tan­tos ta­bo­lei­ros po­lí­ti­cos ia aba­nar, um ‘Segundo ma­ni­festo pola re­sis­tên­cia ga­lega’ va­lo­rava po­si­ti­va­mente o ca­mi­nho em­pren­dido ‘de­zas­seis anos atrás’ e en­fa­ti­zava a ne­ces­si­dade da açom: ‘as ima­gens mais re­le­van­tes da re­sis­tên­cia ga­lega som os fac­tos, os es­tra­gos cau­sa­dos no con­glo­me­rado de ocu­pa­çom, e o pe­sar e a in­tran­qui­li­dade le­va­dos às má­fias po­lí­tico-eco­nó­mi­cas e in­te­lec­tu­ais que nos as­so­va­lham. O me­lhor dis­curso é a açom que cria po­der de facto’. Poucos me­ses de­pois, umha nova ope­ra­çom po­li­cial com grande re­per­cus­som me­diá­tica pom de re­levo um ou­tro pa­ra­digma re­pres­sivo que si­tua o in­de­pen­den­tismo em no­vas co­or­de­na­das: além da du­reza do tra­ta­mento car­ce­rá­rio, sin­te­ti­zado na clas­si­fi­ca­çom FIES e na dis­per­som, as con­de­nas in­cluem no su­ces­sivo o de­lito ‘in­te­gra­çom em or­ga­ni­za­çom ter­ro­rista’ e en­ten­dem a par­ti­ci­pa­çom em sa­bo­ta­gens, ou mesmo a im­pli­ca­çom po­lí­tica pú­blica, como parte de umha ads­cri­çom a umha es­tru­tura clan­des­tina. Desde en­tom, a su­ces­som de gol­pes po­lí­tico-ju­di­ci­ais ba­se­a­dos no cha­mado ‘di­reito pe­nal do ini­migo’, as lon­gas con­de­nas de al­guns mi­li­tan­tes (su­pe­rando as duas dé­ca­das), que con­ti­nuam mesmo de­pois de se ex­tin­guir a prá­tica da vi­o­lên­cia, po­nhem de re­levo a von­tade es­ta­tal de umha po­lí­tica de terra quei­mada com a sub­ver­som galega.

A su­ces­som de gol­pes po­lí­ti­co­ju­di­ci­ais po­nhem de re­levo a von­tade es­ta­tal de umha po­lí­tica de terra quei­mada com a sub­ver­som galega

No pro­cesso das dé­ca­das pas­sa­das, a luita ile­gal aca­pa­rou certa atu­a­li­dade so­cial e in­for­ma­tiva e, em com­pa­ra­çom com ou­tras épo­cas his­tó­ri­cas mais re­cu­a­das, a so­li­da­ri­e­dade hu­ma­ni­tá­ria ou po­lí­tica al­can­çou maior trans­ver­sa­li­dade; ainda com isso, tam­pouco este pas­sado ci­clo so­cial, po­lí­tico e ar­mado ini­ci­ado nos anos 90 su­pe­rou com o dé­fice or­ga­ni­za­tivo do in­de­pen­den­tismo, au­tên­tico cal­ca­nhar de Aquiles deste mo­vi­mento, desde o seu nas­ci­mento há um sé­culo. Em qual­quer caso, como em to­dos os pro­ces­sos só­cio-po­lí­ti­cos com­ple­xos, as con­sequên­cias dos er­ros e os acer­tos fa­rám-se vi­sí­veis mui­tos anos de­pois dos factos.

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