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Espanha, regime autoritário

por
ga­liza contrainfo

O en­car­ce­ra­mento do ra­peiro co­mu­nista ca­ta­lám Pablo Hasel é mais umha evi­dên­cia do ca­rá­ter au­to­ri­tá­rio do re­gime es­pa­nhol. Segundo o or­ga­nismo in­ter­na­ci­o­nal Freemuse, o Estado es­pa­nhol en­ca­beça o pe­noso ran­king de ser o Estado com mais ar­tis­tas pre­sos do mundo: com 14 pes­soas en­car­ce­ra­das, se­guido de Irám com 13, Turquia com 9 e Birmânia com 8.

Num Estado com CIEs (cen­tros de in­ter­na­mento de mi­gran­tes) e pri­sons lo­ta­das e sem ga­ran­tias le­gais nem vida digna, onde se des­pe­jam fa­mí­lias das suas casa para ce­der-lha a fun­dos abu­tre, e onde se ne­gam di­rei­tos co­le­ti­vos re­cla­ma­dos in­sis­ten­te­mente como a au­to­de­ter­mi­na­çom dos po­vos, a li­vre ex­pres­som está pe­nada. Mas quanto? Quando os dis­cur­sos som num sen­tido eman­ci­pa­tó­rio ou de re­cla­ma­çom de jus­tiça so­cial. Aí sai o bor­dom do ter­ro­rismo para in­ven­tar a pe­ri­go­si­dade so­cial do su­posto delito. 

Porém som re­cha­man­tes as con­ces­sons para a ex­trema-di­reita e o grande ca­pi­tal: nas úl­ti­mas se­ma­nas ve­mos como o Estado pre­tende in­dem­ni­zar mi­li­o­na­ri­a­mente a fa­mí­lia Franco por ter “cui­dado do paço de Meirás”, e há uns dias em Madri um grupo de neo-fas­cis­tas ho­me­na­ge­a­vam a División Azul ao berro de “el ju­dio es el cul­pa­ble”, zarpa em alto.

Entretanto, as prin­ci­pais cor­po­ra­çons me­diá­ti­cas, sus­te­nhem o sis­tema: pa­rece ser que o Estado es­pa­nhol tem um go­verno “pro­gres­sista” e jus­ti­fi­cam-se as me­di­das re­pres­si­vas pondo o foco em ma­ti­zes so­bre o “mau gosto” do ra­peiro, e na “in­jus­ti­fi­cá­vel vi­o­lên­cia” con­tra os con­ten­to­res do lixo. A pe­sar de todo, no nosso país tam­bém houvo res­posta so­li­dá­ria em to­das as ci­da­des e em mui­tas vi­las polo en­car­ce­ra­mento do mú­sico, a pe­sar de es­tar­mos num con­texto ex­ce­ci­o­nal com a atual pan­de­mia da Covid19, que resta ca­pa­ci­dade à or­ga­ni­za­çom po­lí­tica e so­li­dá­ria, nom deixa de mo­bi­li­zar-se quem quer cons­truir um ho­ri­zonte de jus­tiça social.

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