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Quarentena para os direitos laborais no sector da hotelaria

por
con­cen­tra­çom em Compostela do se­tor da hotelaria

Se há um setor económico que ganhou especial protagonismo durante a pandemia, é a hotelaria. O vaivém de protocolos e normativas dificultou ou mesmo chegou a impossibilitar a reabertura de vários estabelecimentos. A incerteza e as dificuldades entre as autónomas donas destes negócios fôrom maiúsculas. Porém, também as condiçons laborais das trabalhadoras assalariadas deste setor piorárom nestes meses de pandemia. Sindicatos e ex-trabalhadoras explicam como vivírom esta época as trabalhadoras do setor. 

Quando se de­cre­tou o es­tado de alarme em março de 2020, ainda nom co­me­çara a tem­po­rada alta da ho­te­la­ria, que pode si­tuar-se apro­xi­ma­da­mente en­tre a Pascoa e o mês de Setembro. Assim, numha ci­dade como Compostela, foco de um pro­cesso tu­ris­ti­fi­ca­dor e com umha forte es­ta­ci­o­na­li­dade na con­tra­ta­çom no se­tor ho­te­leiro, eram mui­tas as pes­soas que es­ta­vam a aguar­dar polo iní­cio da tem­po­rada alta para vol­ta­rem ao setor.

Trabalhadoras es­ta­ci­o­nais

Cristina, ex-tra­ba­lha­dora em ho­te­la­ria, conta que “es­go­tei o paro an­tes da pan­de­mia, nos me­ses de in­verno, e, justo quando co­me­çava a en­con­trar algo e tra­ba­lhar, véu todo isto e já nom tra­ba­lhei”. Assim, tra­ba­lha­do­ras es­ta­ci­o­nais que se en­con­tra­vam numha si­tu­a­çom se­me­lhante ti­vé­rom que en­fren­tar a pan­de­mia sem po­de­rem ter acesso aos ERTES ide­a­dos polo go­verno es­pa­nhol e com mui­tas di­fi­cul­da­des para con­se­guir qual­quer pro­te­çom. Cristina, má­lia o tor­tu­oso dos trâ­mi­tes, con­se­guiu co­brar o Ingresso Mínimo Vital, mas ex­pom que ou­tras tra­ba­lha­do­ras nom con­se­guí­rom ace­der a ele ou mesmo nom se en­con­tra­vam su­fi­ci­en­te­mente in­for­ma­das so­bre esta prestaçom.

Nesse ano 2020 che­gou algo de tra­ba­lho du­rante o ve­rao, mas a du­ra­çom das con­tra­ta­çons já era bem di­fe­rente do que nas tem­po­ra­das an­te­ri­o­res à pan­de­mia. No caso de Cristina, con­se­guiu tra­ba­lhar du­rante dous me­ses nesse ve­rao, muito me­nos do que em anos an­te­ri­o­res. Finalmente, toda a in­cer­teza ar­re­dor deste se­tor e o feito de con­tar com for­ma­çom para ou­tra pro­fis­som le­vou-na a aban­doná-lo.  “Dim os em­pre­sá­rios que nom en­con­tram gente, mas tam­pouco se trata disso. Acontece que a gente nom pode es­tar a aguar­dar eter­na­mente para tra­ba­lhar numhas con­di­çons que já sa­be­mos quais som”, salienta. 

Trabalhadoras es­ta­ci­o­nais do se­tor ti­vé­rom que en­fren­tar o es­tado de alarme sem acesso aos ERTES e com di­fi­cul­da­des para con­se­guir prestaçons

Porém, as tra­ba­lha­do­ras que sim en­trá­rom nos ERTES tam­bém en­con­trá­rom di­fi­cul­da­des nos pri­mei­ros me­ses de es­tado de alarme. A prin­ci­pal foi a de­mora em co­brar es­tas pres­ta­çons, o qual nal­guns ca­sos sig­ni­fi­cou tam­bém que du­rante me­ses nom en­trasse nen­gum in­gresso para es­tas tra­ba­lha­do­ras. Ademais, toda a ges­tom dos trá­mi­tes bu­ro­crá­ti­cos com­por­tou em oca­si­ons de­mo­ras por cor­re­çom de er­ros ou re­cla­ma­çons que se tra­du­ziam em maior tempo sem co­brar por parte das trabalhadoras.

A volta ao trabalho

Roberto Alonso, da CIG-Serviços de Compostela, qua­li­fica os ERTEs de “mal me­nor” e lem­bra que desta cen­tral sin­di­cal “sem­pre de­man­da­mos desde o iní­cio da pan­de­mia que a classe tra­ba­lha­dora de­via man­ter o 100% dos seus sa­lá­rios”. Assim, Alonso la­menta que o Estado nom fa­ci­li­tasse me­ca­nis­mos para que as tra­ba­lha­do­ras pu­des­sem co­brar o 100% do seu sa­lá­rio, mas acres­centa: “Acontece que es­tes ERTEs te­nhem mui­tas ei­vas, e o seu grande erro foi nom es­ta­be­le­cer um cri­té­rio de cha­ma­mento para a gente, dei­xando isto ao ar­bí­trio das em­pre­sas que se apro­vei­tá­rom para cas­ti­ga­rem as pes­soas que mais re­cla­ma­vam os seus direitos” .

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Este sin­di­ca­lista foca so­bre todo o acon­te­cido du­rante este ve­rao na ci­dade de Compostela. “Devido a que gente es­tava em ERTE e as em­pre­sas pre­ten­de­ram re­cu­pe­rar o que nom ga­nhá­rom neste ano, em vez de cha­ma­rem to­das as pes­soas em ERTE e fa­ze­rem no­vas con­tra­ta­çons, houve umha gran­dís­sima so­bre­carga de tra­ba­lho para as pes­soas que sim cha­má­rom, afe­tando gra­ve­mente a saúde des­tas pes­soas. Houve gente que mar­chou para ou­tras em­pre­sas po­las con­di­çons mí­se­ras que há no sec­tor”, de­nun­cia Alonso. Acrescenta que esta si­tu­a­çom foi es­pe­ci­al­mente crí­tica nos ho­téis e sa­li­enta tam­bém que o abuso de ho­ras ex­tras é um “mal en­dé­mico” neste se­tor: ao nom se re­gis­ta­rem cor­re­ta­mente as ho­ras tra­ba­lha­das, as cen­trais sin­di­cais vem im­pos­sí­vel de­nun­ciar esta si­tu­a­çom pe­rante Inspeçom. Aliás, Alonso ex­pom que atu­al­mente Inspeçom en­con­tra-se sa­tu­rada e que “está mais nos ga­bi­ne­tes re­vi­sando a do­cu­men­ta­çom dos ERTES que atu­ando na rua”.

Da CNT-Galiza man­te­nhem um po­si­ci­o­na­mento mui crí­tico com o me­ca­nismo dos ERTE como so­lu­çom à emer­gên­cia la­bo­ral de­ri­vada da pan­de­mia. “A pró­pria ar­ti­cu­la­ção dos ERTE foi umha fraude para a classe tra­ba­lha­dora”, crem. Denunciam que “en­quanto as em­pre­sas pou­pa­vam os sa­lá­rios e as co­ti­za­çons à Segurança Social, os pró­prios tra­ba­lha­do­res e tra­ba­lha­do­ras con­su­miam o tempo da pres­ta­çom por de­sem­prego”.
Para além desta ques­tom, as­si­na­lam al­guns dos pro­ble­mas deste sis­tema a mé­dio prazo. “Agora es­ta­mos a ver como mui­tas das tra­ba­lha­do­ras em ERTE nom vam ser re­cu­pe­ra­das dessa si­tu­a­çom em nen­gum mo­mento”, la­men­tam. Ademais, aler­tam dos abu­sos que pos­si­bi­lita este me­ca­nismo, com o que “as em­pre­sas es­tám apre­sen­tando no­vos ERTE ale­gando umhas fal­sas ques­tons eco­nó­mi­cas ou or­ga­ni­za­ti­vas, ou mesmo gran­des ERE para con­ti­nu­a­rem pre­ca­ri­zando a classe trabalhadora”.

Incumprimentos do convénio

As cen­trais sin­di­cais sa­li­en­tam que no se­tor da ho­te­la­ria as con­di­çons la­bo­rais cos­tu­mam es­tar por baixo do es­ti­pu­lado nos con­vé­nios pro­vin­ci­ais. Alonso, da CIG-Serviços, en­con­tra que os prin­ci­pais in­cum­pri­men­tos som no re­fe­rido ao ex­cesso de jor­nada e a pro­ble­mas de con­ci­li­a­çom. “Nom dám as li­vran­ças de dous dias, po­dem tra­ba­lhar en­tre dez e ca­torze ho­ras, as fé­rias te­nhem que ser fora do ve­rao, nom te­nhem fins de se­mana, tam­pouco fe­ri­a­dos…”. Denuncia que os sa­lá­rios som bai­xos, mas que as prin­ci­pais re­cla­ma­çons das tra­ba­lha­do­ras te­nhem a ver com a con­ci­li­a­çom. “Estamos de­te­tando que a gente quer uns ho­rá­rios para po­der or­ga­ni­zar a sua vida”, salienta.

Para a CNT-Galiza, os ho­rá­rios in­ter­mi­ná­veis tam­bém som um dos pon­tos em que me­nos se res­pei­tam os con­vé­nios do se­tor. “Costuma ser ha­bi­tual o in­cum­pri­mento da jor­nada, pois as tra­ba­lha­do­ras da ho­te­la­ria fam mui­tas mais ho­ras do mar­cado no seu con­trato sem que lhes se­jam re­mu­ne­ra­das e cotizadas”.

As con­di­çons la­bo­rais cos­tu­mam es­tar por baixo do es­ti­pu­lado nos con­vé­nios pro­vin­ci­ais. Os prin­ci­pais in­cum­pri­men­tos som no re­fe­rido ao ex­cesso de jor­nada e a pro­ble­mas de conciliaçom

Para além dos pro­ble­mas de con­ci­li­a­çom, o in­cum­pri­mento dos ho­rá­rios tam­bém pre­ju­dica as tra­ba­lha­do­ras em ques­tons como a perda de di­rei­tos e in­gres­sos de­ri­va­dos das co­ti­za­çons, o qual tivo umha im­por­tante re­per­cus­som nos ERTE. “Muitas ve­zes existe umha clara fraude no con­trato, já que se fai por jor­na­das par­ci­ais quando o tra­ba­lho é de jor­nada com­pleta. Isto fijo que no cál­culo dos ERTE muita parte do pes­soal ti­vesse um des­censo im­por­tante dos seus in­gres­sos”, as­si­na­lam. “Como ou­tros in­cum­pri­men­tos de con­vé­nio”, acres­cen­tam, “po­de­mos se­guir com ca­te­go­rias por baixo do real, plu­ses que nom se per­ce­bem ou des­pe­di­men­tos arbitrários”.

Da CUT-Compostela sa­li­en­tam que a pan­de­mia tivo um “efeito psi­co­ló­gico” en­tre mui­tas tra­ba­lha­do­ras do se­tor.  “Foi com todo esse pa­rom quando vá­rias pes­soas se de­ca­tá­rom de que há vida e às tra­ba­lha­do­ras do se­tor deu-lhes que pen­sar, e há ca­sos de gente que ti­nha medo à volta. Há gente que pre­fe­riu co­brar a pres­ta­çom que vol­tar, pois no se­tor nom se pre­ten­dia fa­zer umha volta pau­la­tina. As gran­des em­pre­sas pre­ten­dem re­cu­pe­rar os lu­cros que ti­nham an­tes da pan­de­mia, tra­du­zindo-se numha merma de di­rei­tos la­bo­rais”, denunciam.

A par­tir da sua ex­pe­rên­cia no se­tor ho­te­leiro, um sin­di­ca­lista da CUT ex­pom que nos úl­ti­mos me­ses “vim ca­sos de gente que sai às doze da noite e in­cor­pora-se de novo às seis da ma­nhá. Nom sa­bes quais som as quen­das de tra­ba­lho polo que nom tés um ca­len­dá­rio para pla­ni­fi­car a tua vida. E nada de li­vrar dous dias, nor­ma­li­zou-se li­vrar ape­nas um”. 

As cen­trais sin­di­cais sa­li­en­tam que ao em­pre­sa­ri­ado da ho­te­la­ria nom lhe in­te­ressa a pro­fis­si­o­na­li­za­çom do se­tor. Alonso, da CIG-Serviços, acha que esta ati­tude pode ser pre­ju­di­cial para a ho­te­la­ria ga­lega a meio e longo prazo. Ademais, no fu­turo pró­ximo vem um novo ano Jacobéu, com o seu efeito tu­ris­ti­fi­ca­dor, que pode pôr em pe­rigo ainda mais as con­di­çons la­bo­rais das trabalhadoras.

Um setor caraterizado pola precariedade

con­cen­tra­çom em Vigo de em­pre­sa­ri­ado de ho­te­la­ria e la­zer noturno.

A crise eco­nó­mica pro­vo­cada pola pan­de­mia e a in­cer­teza de­ri­vada da su­ces­som de pro­to­co­los só agra­vou o pro­blema da enorme pre­ca­ri­e­dade la­bo­ral que so­frem as tra­ba­lha­do­ras da ho­te­la­ria. A aten­çom me­diá­tica e o pro­ta­go­nismo que o se­tor co­brou como sím­bolo da “volta à nor­ma­li­dade” pujo baixo o foco as con­di­çons nas quais tra­ba­lham ‑se­gundo da­dos do INE re­fe­ri­dos a 2019, úl­timo ano an­tes da pan­de­mia- por volta de 70.000 pes­soas em toda a Galiza.

Esta pre­ca­ri­e­dade cro­ni­fi­cada é fa­vo­re­cida po­las par­ti­cu­la­ri­da­des dum se­tor em que é di­fí­cil a sin­di­ca­çom e uniom das tra­ba­lha­do­ras. “É um gré­mio mui par­ti­cu­lar que nom se agrupa”, ex­plica Cristina, ex-tra­ba­lha­dora em ho­te­la­ria. “É umha ques­tom de tem­pos vi­tais: se tés um dia li­vre à se­mana e tés que fa­zer qual­quer cousa, nom tés tempo para te jun­ta­res com nin­guém. É mui com­pli­cado que qual­quer cousa das tra­ba­lha­do­ras da ho­te­la­ria vaia para adi­ante”, lamenta.

A aten­çom me­diá­tica e o pro­ta­go­nismo que o se­tor co­brou como sím­bolo da “volta à nor­ma­li­dade” pujo baixo o foco as con­di­çons nas quais tra­ba­lham por volta de 70.000 pessoas

Com a pan­de­mia, a si­tu­a­çom foi um passo além. “A gente que mais re­cla­mava os seus di­rei­tos era a que mais fi­cava na  casa se­guindo no ERTE e a gente mais sub­missa era a que pre­mi­a­vam sa­cando do ERTE para ir tra­ba­lhar”, de­nun­cia Roberto Alonso, da CIG-Serviços.

Desde ou­tro sin­di­cato, CNT-Galiza, pu­gé­rom em mar­cha umha cam­pa­nha, baixo o nome #HostaleríaDigna, com o ob­je­tivo de in­for­mar as tra­ba­lha­do­ras dos seus di­rei­tos e apoiar as suas de­nún­cias e re­cla­ma­çons, o que tam­bém lhes ser­viu para co­nhe­cer mais de perto ca­sos par­ti­cu­la­res dos abu­sos que se dam no se­tor. Som si­tu­a­çons que nom su­po­nhem nen­gumha no­vi­dade: “Desde a CNT le­va­mos vá­rios anos vendo como ano a ano au­menta sig­ni­fi­ca­ti­va­mente o nú­mero de in­cum­pri­men­tos da pa­tro­nal, ao tempo que au­menta o nú­mero de tra­ba­lha­do­ras deste se­tor”, de­nun­ciam. “O mais grave é com­pro­var como den­tro do se­tor da ho­te­la­ria a per­cen­ta­gem de con­tra­ta­çom tem­po­ral ex­cede a miúdo o 80% dos con­tra­tos”, cal­cu­lam. “Nas con­sul­tas que re­ce­be­mos e nos ca­sos que le­va­mos desde o sin­di­cato po­de­mos to­par pa­ga­mento de sa­lá­rios in­fe­ri­o­res à ca­te­go­ria, ne­ga­çom de pe­río­dos le­gais de des­canso ou fé­rias e ho­ras ex­tra­or­di­ná­rias es­tru­tu­rais que nom se pa­gam”, ex­pli­cam. “O se­tor é se­gu­ra­mente o de maior nú­mero de in­cum­pri­men­tos em ma­té­ria laboral”.

Os perigos e oportunidades do Jacobéu

Com a ce­le­bra­çom de um Jacobéu que se vai pro­lon­gar por dois anos e a re­cu­pe­ra­çom do tu­rismo de­pois da pan­de­mia, a ho­te­la­ria ga­lega en­frenta um mo­mento de­ci­sivo para a con­so­li­da­çom do mo­delo de pre­ca­ri­e­dade la­bo­ral ou o apro­vei­ta­mento da opor­tu­ni­dade para me­lho­rar as con­di­çons das suas trabalhadoras.

Da CUT nom som oti­mis­tas a res­peito do mo­delo eco­nó­mico e la­bo­ral do tu­rismo. “É umha re­pro­du­çom do que acon­te­ceu na dé­cada de 50, com o mo­delo fran­quista de tu­rismo. A es­sên­cia de isso man­tém-se: um monte de tra­ba­lha­do­ras a aten­der a bur­gue­sia de zo­nas ri­cas de Europa. Um tu­rismo mas­si­fi­cado e pe­le­jando por pre­ços bai­xos”, crem. Consideram que isto é fa­tí­dico para o em­prego, pois “todo é ba­se­ado numha mao de obra mui ba­rata, e há pos­tos mais alar­man­tes, como o das ca­ma­rei­ras de piso”.

Além disto, la­men­tam como o mo­delo re­per­cute ne­ga­ti­va­mente nas ci­da­des mais tu­ris­ti­fi­ca­das. “Cospe as pes­soas tra­ba­lha­do­ras para fora da ci­dade, que se con­verte num par­que te­má­tico. O tu­rismo sub­ven­ci­ona-se com voos de baixo custo. Massifica-se, abrem-se no­vos es­ta­be­le­ci­men­tos, pi­sos tu­rís­ti­cos ‑agora por pla­ta­for­mas di­gi­tais, mas o mo­delo é o mesmo-. É umha bo­lha. E isto aqui unido ao Jacobéu, que fai com que vá­rias ci­da­des se so­mem a este evento”.

Enfrenta-se um mo­mento de­ci­sivo: con­so­li­dar o mo­delo de pre­ca­ri­e­dade ou apro­vei­tar para me­lho­rar as con­di­çons laborais

A mim pre­o­cupa-me o tema do Jacobéu”, co­menta Roberto Alonso, da CIG-Serviços. “Se este ano já foi como foi, o ano que vem, se afi­nal a pa­tro­nal nom toma me­di­das e co­meça a con­tra­tar gente como deus manda, vai aca­bar co­lhendo-se mala fama e pro­vo­cando um pro­blema a longo prazo, que é que a gente nom volte pola má aten­çom”, adverte.

Desde a CNT ad­vo­gam por li­gar as aju­das e con­ces­sons de li­cen­ças ao cum­pri­mento da lei e ao res­peito po­los di­rei­tos la­bo­rais. “Que as aju­das pola pan­de­mia fos­sem ou­tor­ga­das sem um mí­nimo con­trolo so­bre em­pre­sas que con­tam com de­nún­cias e mesmo sen­ten­ças por vul­ne­ra­çom de di­rei­tos fun­da­men­tais re­sulta to­tal­mente ver­go­nhoso”, cri­ti­cam. “Nós já fi­ge­mos che­gar a vá­rias ad­mi­nis­tra­çons a nossa pro­posta de con­di­ci­o­nar a con­ces­som de li­cen­ças de ocu­pa­çom da via pú­blica por parte das es­pla­na­das ao cum­pri­mento da le­gis­la­çom la­bo­ral”, explicam.

Por di­ante, ve­nhem agora a ne­go­ci­a­çom dos con­vé­nios e, pro­va­vel­mente, um pe­ríodo de mo­bi­li­za­çons. “A ne­go­ci­a­çom do con­vé­nio está pa­rada por­que sa­be­mos que a pa­tro­nal vai vir cho­rar di­zendo que as cou­sas es­tám mui mal, e nom des­car­ta­mos que nos pi­dam bai­xar sa­lá­rios, o qual nos pa­rece umha au­tên­tica bar­ba­ri­dade”, co­menta Alonso. “O se­tor ti­nha que fa­zer umha grande mo­bi­li­za­çom”, cre.

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