Periódico galego de informaçom crítica

As Olimpíadas Populares som um convívio de pessoas que querem o país”

por

As VIII Olimpíadas Populares Galegas já estám aqui!”. Este ano, no centro social O Quilombo, em Ponte Vedra, som os encarregados de levar a cabo este evento que busca juntar gente “com compromisso e inquietudes parecidas” para passar umha fim de semana de desportos e divertimento. Gil Campo, um dos organizadores, conta-nos que é O Quilombo e em que consistem as Olimpíadas.

O que é o Quilombo?

É um mo­vi­mento de cul­tura po­pu­lar, so­be­ra­nista, in­ter­na­ci­o­na­lista, eco­lo­gista e fe­mi­nista que nas­ceu em Ponte Vedra, há uns seis, anos pola ne­ces­si­dade que ha­via de ter em es­paço onde pu­des­sem en­trar pes­soas com uns in­te­res­ses con­cre­tos. Fôrom qua­tro pes­soas ao co­meço as que mon­tá­rom a as­so­ci­a­çom e um lo­cal. O lo­cal era pe­queno mas deu muito jogo. Fazíamos ati­vi­da­des como pa­les­tras, for­ma­çoms ou te­a­tro. Depois da pan­de­mia, por tudo o que pas­sou nes­tes dous anos, e por­que vi­mos que fi­cava pe­queno, o lo­cal fe­chou. Agora que pa­rece que as cou­sas se es­tám a nor­ma­li­zar, a ideia é re­to­mar bus­cando um lo­cal novo. Está-se em pro­cesso de fa­lar com ou­tros mo­vi­men­tos e as­so­ci­a­çons da ci­dade para que o es­paço nom seja ex­clu­sivo do Quilombo. De facto, atra­vés das Olimpíadas, que­re­mos que se unam as­so­ci­a­çons de aqui, e que isto poda ser­vir um pouco como um con­ví­vio para criar esse germe e es­pe­rança. Porque quan­tas mais par­ti­ci­pa­rem neste novo es­paço do Quilombo melhor.

E que fa­re­des neste novo espaço?

A ideia é ter au­las per­ma­nen­tes de mú­sica, baile ou te­a­tro, e que nos trans­mi­tam um pouco ou­tros co­le­ti­vos tam­bém as suas ne­ces­si­da­des, para nom ser tam en­do­gá­mi­cos. Depois, que­re­mos or­ga­ni­zar char­las que en­cai­xem com o es­paço, e que este sirva tam­bém de base para en­con­tros, reu­ni­ons… E agora, se te­mos um lo­cal mais grande onde nom se mo­leste, co­me­ça­re­mos a fa­zer concertos. 

Por que nas­cem as Olimpíadas?

As Olimpíadas le­vam fa­zendo-se anos —esta é a oi­tava edi­çom— e vam indo polo país adi­ante. As an­te­ri­o­res fi­gé­rom-se em Moanha. Este ano to­cou Ponte ve­dra, por isso som res­pon­sa­bi­li­dade do Quilombo. Na hora de or­ga­nizá-las, pro­cu­ra­mos pola zona um sí­tio que pen­sa­mos que pu­desse cum­prir com as ne­ces­si­da­des, e ato­pamo-lo na Seca, em Poio. A ver­dade é que é um sí­tio ma­ra­vi­lhoso. Está ao lado do mar —umha das pro­vas é tri­a­tlo—; tem um campo de bi­lhar que é único na Galiza; tem zona de relva que é mais branda e é ge­nial para o jogo do pano ou o vo­lei­bol; tem zo­nas de pista dura para as pro­vas de ve­lo­ci­dade… E ade­mais tem o apoio do concelho.

Como tés que fa­zer para participar?

Há que ins­cre­ver-se. Está pen­sado para par­ti­ci­par por equi­pas, com um mí­nimo de 5 pes­soas e um má­ximo de 16, mas é fle­xí­vel. Nestas equi­pas há al­gu­mas li­mi­ta­çoms, como por exem­plo que nom todo se­jam ho­mens para que seja di­verso e plu­ral. E ade­mais, para nin­guém fi­car na casa sem par­ti­ci­par por nom ter equipa, avi­sa­mos que se al­guém quer vir, mas nom dá jun­tado pes­soal, pode ins­cre­ver-se na mesma e nós agru­pamo-lo depois.

Queres di­zer al­gumha cousa mais?

Animar a gente para par­ti­ci­par. É algo des­por­tivo, mas tam­bém há ati­vi­da­des em que quase nom há que mo­ver-se muito como xa­drez ou tiro de boina. E é num si­tio pre­ci­oso. Ademais, à noite te­re­mos umha fo­li­ada aberta tanto na sexta como no sá­bado. Penso que é umha op­çom per­feita para pas­sar umha fin de se­mana única. Depois, há zona de acam­pada para quem qui­xer vir com a fur­go­neta. E, so­bre­todo, é um con­ví­vio de pes­soas que que­rem o país e te­nhem um com­pro­misso. Por isso, pen­sa­mos que al­quei­rara pes­soa que se ache­gar vai es­tar à vontade.

O último de Contracapa

Ir Acima