O movimento feminista luitou durante décadas para nom reduzir a identidade das mulheres à maternidade à que eram submetidas como se fosse o seu destino biológico. Como consequência, o ser mae ficou fora e desligado dos debates emancipadores.
Frente das trabalhadoras, o patriarcado e o capitalismo arrasárom juntos com os modelos de reproduçom dos povos para convertê-los em motores auxiliares da produçom provocando que deixássemos de viver umha reproduçom para nós mesmas. Essas estratégias de disciplinamento do trabalho reprodutivo fam impossível que se poida viver umha maternidade livre de violências.
Nas fases em que o capitalismo se expressou na sua maneira mais totalitária, os fascismos, estabelecérom-se métodos de repressom genocidas e misóginos como o roubo de crianças contra aquelas mulheres que se atreviam a reivindicar-se em luita. A ferida continua aberta e sem cicatriz.
Na atualidade, a maternidade absorvida polo neoliberalismo vincula o desejo de ser mae com umha nova experiência a consumir, a de projetar o seu eu numha criança. Na sua versom mais exagerada damos com os catálogos de maes na maternidade de substituiçom.
Porém, o feminismo trabalha já em maternidades transgressoras e subversivas fora do individualismo e a família nuclear. Ainda assim, estas propostas nom se introduzem dentro dos debates dos próprios movimentos sociais onde a reproduçom continua a ficar afastada da prioridade política pese ser o pilar de tudo, até de nós mesmas.