A desigualdade económica está fora de controle: Hoje 1% da populaçom máis rica tem tanto dinheiro como o 92% mais pobre, segundo dados da Oxfam. Que as 50 pessoas mais ricas do mundo elevassem a sua fortuna em 640.000 milhons no ano da Covid confirma a velha tese das crises serem apenas para as classes trabalhadoras.
O capitalismo é um sistema caníbal, mas frente ao desacougante das cifras macro, é bom apontar a origem e responsáveis deste entramado, para poder assinalar, pôr o foco e poder entender e agir contra a acumulaçom imoral. Porque isto é um jogo de soma zero: por cada fortuna, há muita plusvalia roubada à custa das classes trabalhadoras e dos recursos naturais e de outros animais. Nengum rico é inocente, nem se fijo a si próprio; contra o mito ianque, a maioria das grandes fortunas amassam-se graças a heranças e posiçons sociais nas elites, que permitem a acumulaçons estratosféricas. Nesses espaços elitistas é onde entram em jogo as unions entre ricos, pola velha fórmula do matrimónio ou pola contemporânea de portas giratórias do poder político. Por exemplo, Beatriz Mato, ex-conselheira de Meio Ambiente com o PP, já é diretora de Desenvolvimento Corporativo na Greenalia após ter concedido importantíssimas quantias a esta empresa sendo ela responsável da conselharia.
As soluçons anticapitalistas som complexas; ter nacionalizado PharmaMar poderia estar a repercutir no bem comum neste momento em que as investigaçons farmacológicas urgem soluçons para a covid-19. No número passado recolhemos o sucesso da vacina cubana, Soberana, que a maioria dos meios porfiam em invisibilizar. Mas para além de processos que parecem longe do nosso quotidiano, no agir diário das pessoas está o poder de mudá-lo todo: é cousa de organizar-se. Nom podemos aguardar que outras o fagam ou à política profissional resolver. Num sindicato, numha associaçom de vizinhança, num clube desportivo, num comando insurrecional. A chave é participar, pôr em comum, analisar em conjunto e começar a fazer que nos devolvam o roubado.