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Comunidade de Montes de Tameiga enfrenta projeto de centro comercial

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Projeto do Club Deportivo Celta em Mos

A nova ci­dade des­por­tiva que o Real Club Celta de Vigo tem pro­je­tada no con­ce­lho de Mós to­pou com a opo­si­çom da Comunidade de Montes Vizinhais de Tameiga, onde se for­mula a cons­tru­çom de umha zona co­mer­cial. As obras para os equi­pa­men­tos des­por­ti­vos desta ci­dade já co­me­çá­rom na pa­ró­quia de Pereiras, se­gundo in­forma o pró­prio clube, onde sim che­gou a um acordo com a sua Comunidade de Montes para fi­car com os terrenos.
“Se acei­tás­se­mos um pro­jeto que leva im­plí­cito a de­sa­pa­ri­çom da pró­pria Comunidade de Montes, se­ria um sui­cí­dio”, ex­plica Antonio Cajide, pre­si­dente da Comunidade de Montes de Tameiga. O prin­ci­pal im­pacto deste pro­jeto se­ria so­bre o for­ne­ci­mento de água. “Na zona em que que­rem cons­truir há cinco ca­na­li­za­çons que abas­te­cem cinco co­mu­ni­da­des de águas di­fe­ren­tes”, ex­pom Cajide, uns re­cur­sos que com a cons­tru­çom da grande área de­sa­pa­re­ce­riam. Para este re­pre­sen­tante da Comunidade de Montes está claro que essa nova área co­mer­cial é um pro­jeto es­pe­cu­la­tivo, em que en­tra­rám in­te­res­ses de di­fe­ren­tes ca­sas co­mer­ci­ais e fun­dos de in­ves­ti­mento. “Estám a dis­far­çar o que se­ria um pe­lo­taço ur­ba­nís­tico como a cons­tru­çom de umha área des­por­tiva para o Celta de Vigo”, afirma Cajide.

O principal impacto deste projeto seria sobre o fornecimento de água, desapareceriam cinco canalizaçons


O con­ce­lho de Mós, com mai­o­ria ab­so­luta do PP e com Nidia Arévalo à ca­beça, mos­tra-se par­ti­dá­rio da cons­tru­çom da grande área co­mer­cial anexa à ci­dade des­por­tiva do Celta. A pró­pria al­cal­desa as­se­gu­rou que “sem o cen­tro co­mer­cial nom é viá­vel a ope­ra­çom da ci­dade des­por­tiva”. Assim, esta cor­po­ra­çom mu­ni­ci­pal está a pro­mo­ver umha mo­di­fi­ca­çom pon­tual do PGOM apro­vado em 2017 para que os so­los de pro­te­çom flo­res­tal cor­res­pon­den­tes às pa­ró­quias de Pereiras e Tameiga se­jam requalificados.

Segundo a do­cu­men­ta­çom apre­sen­tada polo con­ce­lho de Mós à Junta, 240.000 me­tros qua­dra­dos es­ta­rám des­ti­na­dos a usos do­ta­ci­o­nais pri­va­dos des­por­ti­vos, uns 142.000 me­tros qua­dra­dos para área co­mer­cial e ou­tros 290.000 me­tros qua­dra­dos pas­sa­riam a ser de ti­tu­la­ri­dade pri­vada para um es­paço de la­zer. Após a re­qua­li­fi­ca­çom dos ter­re­nos po­de­ria vir a ex­pro­pri­a­çom das ter­ras, mas ao tra­tar-se de monte em mao co­mum este só po­de­ria ser efeito de ex­pro­pri­a­çom por causa de uti­li­dade pública.

Após a requalificaçom dos terrenos poderia vir a expropriaçom das terras, mas ao tratar-se de monte em mao comum este só poderia ser efeito de expropriaçom por causa de utilidade pública

Montes de Tameiga
A ati­vi­dade da Mancomunidade de Tameiga por um monte com vida é in­tensa. Cajide ex­pom que con­tam com um plano de or­de­na­mento do monte, apro­vado pola Junta, em base ao qual tra­ba­lham. Nas zo­nas com es­pé­cies de apro­vei­ta­mento ma­dei­reiro “há mui­tas ár­vo­res a me­nos de qua­tro me­tros de dis­tân­cia e es­ta­mos a fa­zer cor­tas para dei­xar es­paço”, diz o pre­si­dente da Mancomunidade de Tameiga. Para isto, con­tra­tá­rom pes­soal e le­vam a ma­deira a umha nave pró­pria, onde a cor­tam, “e te­mos um ca­miom que leva à casa do co­mu­neiro a ma­deira ao preço que a pa­ga­ria um ma­dei­reiro no monte”, ex­plica Cajide. Para além disso, conta-se tam­bém com sou­tos para o seu apro­vei­ta­mento vi­zi­nhal e co­la­bora-se nos tra­ba­lhos de ro­ças que pre­ci­sam re­a­li­zar as gen­tes de Tameiga para cum­prir as or­de­nan­ças da Junta.
Ademais, a Mancomunidade dis­pom de um cen­tro so­cial, o das Pedrinhas, com pis­ci­nas e umha am­pla agenda cul­tu­ral para a vizinhança.

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