Março de 2012. Vários centos de afetadas polas preferentes tomavam de súpeto a sede central da CRTVG. A sua tábua reivindicativa: transparência informativa, pluralidade e verem representadas as suas massivas e reiteradas mobilizaçons nuns informativos intervidos por Abanca. Durante a ocupaçom, Sánchez Izquierdo, Director Xeral, fugava-se polas traseiras do edifício deixando as trabalhadoras à sua sorte fronte à raiva e a indignaçom.
A maquinária criminalizadora nom demorou. Comunicado da CRTVG qualificando de “asalto intolerábel” a açom. Comunicado do Colégio de Jornalistas demonizando as vítimas da estafa bancaria e acusando-as de condicionar as trabalhadoras do meio.
Esta açom cidadá, com a toma de um edifício público para exigir um serviço de radiotelevisom plural segue sem ser analisada nas faculdades de jornalismo, numha mostra da sua separaçom do Real. Fronte à impostura de quem já nom temos a CRTVG como meio de referência, as vítimas do corralito galego, usuárias ativas deste serviço, apareciam para defender o seu direito de aceso à informaçom de relevância. Esta batalha pola autorrepresentaçom informativa, de umha massa organizada e consciente da transcendência histórica das suas mobilizaçons supom, com diferença, a mais notável intervençom em defensa dos meios públicos galegos de radiotelevisom.
As representantes sindicais, ante a desapariçom dos cargos orgánico-empresariais, mostrando a sua empatia com a indignaçom cidadá, sustivérom um diálogo ativo com as ocupantes para criar um consenso sobre o rol dos responsáveis da censura (já fugados do prédio), e a funçom orgánica das trabalhadoras do meio que seguiam nos seus postos, que nom deveriam ser branco rápido da indignaçom.
A toma da CRTVG em 2012 polas “preferentistas” para exigir um serviço de radiotelevisom plural segue sem ser analisada nas faculdades de jornalismo
Tornadas as águas do conflito a Raquel Lema, presidenta do Comité e mediadora durante a jornada, abre-se-lhe um expediente informativo com a acusaçom de cumplicidade com a protesta para forçar o seu despedimento. Contra ela a empresa organizou as trabalhadoras domésticas, consumidoras da ideia de um serviço de radiotelevisom sem escrutínio cidadá. Dispostas a brandir a ideia de umha CRTVG-fortaleça antes do que a digerir a dura contradiçom de que a manipulaçom vive também das omissons e da passividade das profissionais que se ponhen de perfil.
Resituando o centro narrativo do conflito a expedientada anunciava a sua compreensom com a luita popular contra a estafa bancária, a análise comum com as convocantes sobre a gravidade da manipulaçom e advertia que o inseguro para as informadoras é fazê-las rostos visíveis da censura grotesca, ao tempo que os responsáveis fugam, ficando expostas à indignaçom popular.
Raquel Lema, em 2022, segue na CRTVG graças a que mais de um milhar de pessoas se mobilizárom até San Marcos vencendo no terreo do discurso e no material. Baixo um lema pertinente, “Nem repressom, nem manipulaçom”, aqueles quatro quilómetros de costa eram remontados no vagom de cola da manifestaçom por centos de preferentistas maioritariamente idosas, que impartíron assim a sua segunda liçom: o inquebrável da solidariedade e do afeto popular.
Nom houvo comunicados da Direçom. Nem do Colégio de Jornalistas. A luita unitária pola liberdade de expressom e o direito de acedermos à informaçom existe e deve ser contada nas margens. O Courel segue a arder e nom temos um meio público que informe com seriedade, profissionalidade e dignidade. Precisamos novos repertório com os que afrontar a agonia da CRTVG.