
Poucos âmbitos gozam da cobertura mediática do desporto e, especialmente, do futebol de elite, com as grandes equipas a ocuparem a cada dia inumeráveis páginas de jornais e horas de rádio e televisom. Entretanto, nom tam visível, há um futebol amador de que fam parte milheiros de pessoas na Galiza sem outra motivaçom que a diversom e a socializaçom. Esse é ainda hoje o terreno de jogo do nosso futebol feminino.
Ainda que de momento é impossível que poida aspirar a comparar-se com o masculino, o futebol feminino nom pode desprezar a hipótese de aceder ao espaço do profissionalismo e a difusom massiva. Porque é nesse espaço onde o futebol masculino vem criando os ídolos e as narrativas que figérom dele umha poderosa ferramenta para transmitir valores ‑nom sempre positivos- e coesionar grupos. Que surjam estrelas femininas, com as suas fotografias assinadas e os seus nomes nas costas das camisetas, supom um importante avanço: as raparigas que queiram jogar futebol já nom terám que olhar-se apenas no espelho dos homens.
Mas para criar esses novos modelos é importante que o futebol feminino nom se limite a assimilar e reproduzir os masculinos: deve ter a capacidade e a imaginaçom para construir um espaço de seu; tirar proveito das possibilidades que o desporto de massas tem de melhor e introduzir os seus valores próprios para mudar o que tem de melhorável.
Neste número achegámo-nos a duas equipas femininas galegas, umha inserida na estrutura dum clube de elite e outra na dum clube popular, para tentar aproximar-nos a alguns dos muitos caminhos polos que o futebol feminino está a avançar devagar. Um percurso que achamos os meios devemos acompanhar.