Para quen nom vive em Ourense, Gonzalo Pérez Jácome, atual alcalde da cidade, deve semelhar unha sorte de tele-predicador de províncias. Proprietário de um canal de televisom, umha retórica populista e inspirada na ideia de converter os plenos municipais num Big Brother, Jácome percorre hoje as redes e os meios nacionais e estatais baixo a face da ocorrência e a improvisaçom. Mas trás a política-espetáculo e da figura do parvo útil que causa vergonha alheia e gargalhadas, estám as políticas de saqueio do público e umha visom neoliberal que atenta contra o bem comum.
A história de Gonzalo Pérez Jácome na política inicia-se ao tempo que o seu projeto televisivo, que foi possível graças ao financiamento da Deputaçom em maos do clam Baltar. Pronto a criatura televisiva financiada nos seus inícios polo baltarismo tornava umha figura mediática influente na cidade. A fórmula era simples: um agitador deslinguado batendo no poder e convertendo o combate num espetáculo televisivo. Apoiado nela com um Partido Popular em retrocesso polas diferenças internas, o partido de Jácome (Democracia Ourensana) chegou ao Concelho ao tempo que o governo de PsdG-PSOE e BNG em 2011.
Pronto a criatura televisiva financiada nos seus inícios polo baltarismo tornava umha figura mediática influente na cidade. A fórmula era simples: um agitador deslinguado batendo no poder e convertendo o combate num espetáculo televisivo.
Duas concelheiras, umha televisom e só um objetivo no horizonte ‑a alcaldia- marcárom um mandato em que a judicializaçom da vida política transtornou a cidade de Ourense. Pérez Jácome e o seu partido denunciárom repetidamente a membros do governo e levárom aos julgados grande parte das decisons políticas que se tomárom durante os quatro anos de mandato. O Partido Popular aproveitou as contínuas denuncias para fomentar a crispaçom política e recolheu os fruitos nas municipais de 2015, onde conseguiu a alcaldia para Jesús Vázquez enquanto Pérez Jácome aumentava a oito o número de representantes do seu partido.
Desde a sua primeira apariçom no pleno do Concelho de Ourense, Jácome defendeu as mais agressivas políticas neoliberais vestidas de localismo frente, segundo as suas palavras, os discursos das forças de Madrí (PP e PSOE) e Compostela (BNG). Na defesa desse localismo votou sempre em contra de investimentos e gasto público em educaçom, cultura, bem-estar social ou igualdade e defendeu a privatizaçom dos serviços municipais ou a baixada linear e nom progressiva dos impostos municipais em benefício sempre das classes altas.
Jácome defendeu as mais agressivas políticas neoliberais vestidas de localismo: votou sempre em contra de investimentos e gasto público em educaçom, cultura, bem-estar social ou igualdade e defendeu a privatizaçom dos serviços municipais ou a baixada linear e nom progressiva dos impostos municipais em benefício sempre das classes altas.
Com o acesso à alcaldia da cidade de Ourense da mao do PP, além de perpetuar-se o baltarismo na Deputaçom trás as municipais de 2019, Gonzalo Pérez Jácome começou a pôr em marcha um saqueio sistemático das arcas municipais, transformando toda a retórica prévia na perfeita cortina de fume para o roubo. Com a nomeaçom do máximo número de assessores possíveis permitidos por lei, a contrataçom de umha figura de “City Manager” e a recente criaçom dum posto para dirigir um serviço de Inteligência Artificial ainda inexistente no concelho, quem anteriormente defendia umha reduçom de salários e recursos destinados aos grupos políticos é hoje o alcalde da corporaçom mais cara da história da cidade em matéria de cargos políticos.
Somado a isto e a case cumprir o primeiro ano de governo, Gonzalo Pérez Jácome tem como saldo político o desmantelamento de vários festivais culturais, umha notável descida dos orçamentos em matéria de igualdade, o mantimento das políticas do PP no passado mandato e umha mudança de rumo no tema central do debate político atual em Ourense: o PXOM.
Já ninguém duvida que o Partido Popular permite que as disparatadas excentricidades políticas da alcaldia de Gonzalo Pérez Jácome porque tem a garantia de que as políticas reais que se aplicam seguem o legado do PP em matéria económica e social. Além disto, tenhem como objetivo do mandato aprovar um PXOM que incorpore o “pelotaço” urbanístico do PXOM de 2003 de Cabezas. Este PXOM foi desbotado polo Tribunal Superior de Justiça da Galiza o 17 de abril de 2009 ao dar por provado que os documentos expostos nom se correspondiam com os aprovados, ocultando a requalificaçom e incrementos de edificabilidade a maior benefício das construtoras do PP. Nom sobra lembrar que o Conselheiro que assinou a ordem de aprovaçom definitiva de aquele documento é o hoje presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijóo.
Com a nomeaçom do máximo número de assessores possíveis permitidos por lei, a contrataçom de umha figura de “City Manager” e a recente criaçom dum posto para dirigir um serviço de Inteligência Artificial ainda inexistente no concelho, quem anteriormente defendia umha reduçom de salários e recursos destinados aos grupos políticos é hoje o alcalde da corporaçom mais cara da história da cidade em matéria de cargos políticos.
Com o pacto pola alcaldia, Gonzalo Pérez Jácome, assinou um compromisso para manter na Deputaçom o Baltar e para aprovar o PXOM com as modificaçons que o PP decida introduzir, enquanto ambos partidos saqueiam o público enriquecendo-se e desviando fundos municipais para a folha de pagamento de assessores.
O personagem local que cresceu politicamente prometendo romper com o jogo dos partidos clássicos e fazer política só para a vizinhança de Ourense virou ao parvo útil do Partido Popular, ao que deixam jogar a ser alcalde enquanto se mantenha nas políticas que dite Baltar, com os seus sequazes colocados estrategicamente no governo da cidade. O alcalde que pensa que os plenos som programas de televisom serve também a direita para dar passos e avançar em políticas neoliberais que o PP teria que explicar e que lhe traria mesmo custes políticos e sociais se as figesse em primeira pessoa.
Políticas culturais que fomentam o ócio frente a criaçom, a turistificaçom do património cultural e artístico da cidade, o desvio de recursos a projetos com a empresa privada, o saqueio da instituçom e a aposta pola especulaçom urbanística som as senhas de identidade do atual governo presidido por Pérez Jácome, que para todo o demais continua aplicando políticas do Partido Popular.
As leitoras pensarám que como é possível que um bufom assim chegara a alcalde da terceira cidade do país. A resposta é simples: o PP necessita Pérez Jácome e, enquanto o único problema que lhe dê seja provocar piadas e risadas através das suas excentricidades nas redes e televisons, a operaçom está amortizada.