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Isolamento e desconexom da classe trabalhadora

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Se a falta dum en­torno es­pe­cí­fico do tra­ba­lho, de­ri­vada dumha ter­ci­a­ri­za­çom da eco­no­mia, rom­peu as co­ne­xons en­tre a classe tra­ba­lha­dora para en­tre­la­çar vín­cu­los de apoio mú­tuo e so­li­da­ri­e­dade, por meio da sin­di­ca­çom, a pan­de­mia su­pujo um novo golpe a esse iso­la­mento e in­di­vi­du­a­li­za­çom dos tra­ba­lha­do­res e das tra­ba­lha­do­ras. As gran­des di­fi­cul­da­des que en­fren­ta­mos como classe tra­ba­lha­dora si­tuam-se no ám­bito da des­co­ne­xom en­tre os nos­sos iguais.

Sirva como exem­plo cla­ri­vi­dente o facto de que, du­rante os pri­mei­ros me­ses da pan­de­mia, tanto a pa­tro­nal como a classe po­lí­tica en­ce­ná­rom umhas su­pos­tas di­fe­ren­ças em torno do me­ca­nismo do te­le­tra­ba­lho que, con­tudo, aca­bou num acordo para co­me­çar a in­tro­du­zir esta mo­da­li­dade numha am­pla parte das em­pre­sas. Com te­mas la­bo­rais muito mais ur­gen­tes e pen­den­tes da sua der­ro­ga­çom, foi esta, po­rém, umha das pri­mei­ras me­di­das apro­va­das polo go­verno do Estado es­pa­nhol. Nom deixa de ser significativo.

As gran­des di­fi­cul­da­des que en­fren­ta­mos como classe tra­ba­lha­dora si­tuam-se no ám­bito da des­co­ne­xom en­tre os nos­sos iguais

A di­gi­ta­li­za­çom das re­la­çons la­bo­rais su­pom um au­tén­tico pe­rigo para a luita da classe tra­ba­lha­dora frente a umha pa­tro­nal que cada dia se sente mais có­moda baixo o guarda-chuva da “evo­lu­çom tec­no­ló­gica”. A que­bra nom se pro­duze uni­ca­mente num con­texto la­bo­ral en­tre tra­ba­lha­do­res e tra­ba­lha­do­ras dum mesmo se­tor, se­nom que pro­voca ta­mém umha com­pleta de­su­ma­ni­za­çom das re­la­çons so­ci­ais e, por­tanto, umha falta to­tal e ab­so­luta da so­li­da­ri­e­dade en­tre a classe trabalhadora.

Os rep­tos do sin­di­ca­lismo em época de pan­de­mia fô­rom os mes­mos que en­fren­ta­re­mos como so­ci­e­dade umha vez con­clua esta si­tu­a­çom de ex­ce­ci­o­na­li­dade. Estamos a ver nou­tros lu­ga­res do Estado es­pa­nhol como a in­di­vi­du­a­li­dade e a falsa apa­rên­cia de li­ber­dade, baixo umha ide­o­lo­gia cla­ra­mente ca­pi­ta­lista, su­po­nhem a base fun­da­men­tal para que o ca­pi­tal con­ti­nue a au­men­tar o seu po­der mais além do mero con­trolo dos meios de pro­du­çom, en­ten­dido de forma tra­di­ci­o­nal. As fá­bri­cas, que se re­du­zem cada dia mais em nú­mero nos paí­ses oci­den­tais que op­tá­rom por umha ter­ci­a­ri­za­çom das suas eco­no­mias, som cada vez me­nos um lu­gar de en­con­tro, de luita e de apoio en­tre a classe tra­ba­lha­dora e as re­la­çons que po­dem ser es­ta­be­le­ci­das fora das mesmas.

Por es­tes mo­ti­vos, torna-se ne­ces­sá­rio re­cu­pe­rar as es­tru­tu­ras co­le­ti­vas de luita que se ma­te­ri­a­li­zem na ex­pres­som do con­flito fun­da­men­tal en­tre lui­tas de classe atra­vés da greve. É ur­gente e ne­ces­sá­rio que a so­ci­e­dade com­pre­enda a di­men­som atual da con­fron­ta­çom en­tre a classe tra­ba­lha­dora e a classe ex­tra­tora, para op­tar por umha so­ci­e­dade que su­pere o mo­delo capitalista.

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