Na Junta continuam sem assumir responsabilidades políticas quanto à gestom de montes das últimas décadas, que está a converter o país numha monocultura de eucalipto e pinheiro e num polvorim nos meses de verao. Para além disso, nos últimos anos o governo de Feijóo encarregou-se de fragmentar e precarizar ainda mais os serviços contraincêndios, o que expom a falta de planificaçom com o que a administraçom está a pegar num problema tam sério como o dos incêndios florestais, que no ano passado deixárom três pessoas mortas.
Nengumha mudança substancial se aguarda na política florestal nem na prevençom. Feijóo avala e guarda as costas dum dos máximos responsáveis de esta situaçom, o sempiterno diretor geral de Montes Tomás Fernández-Couto. Recentemente, os julgados arquivavam umha denúncia sobre a adjudicaçom sem contrato a Inaer do serviço de helicópteros contra os incêndios para o ano 2012. E isso apesar de que o próprio juiz reconhece no seu auto que se cometérom irregularidades. “Surrealismo judicial”, acham na CIG, sindicato que pujo em conhecimento da Fiscalia os feitos que fundamentárom a denúncia.
Talvez haja outra frase de relevo mediático que poda explicar isto. “Es el mercado, amigo”, dizia o ex-ministro Rodrigo Rato na sua comparecência perante umha comissom de controle do Congresso dos Deputados. Mas nom é apenas o mercado, é também a intrínseca relaçom de interesses entre a administraçom e o mercado, umha relaçom de interesses que sustenta a fase atual do capitalismo e concentra o poder nas elites económicas. Um exemplo claro som as grandes empresas que fam negócios com as emergências e que entendem estas como um mercado em expansom. Tal é o seu poder e envergadura que ali onde vam encontram-se com governos prontos para saltar-se regulamentaçons para contratar os seus serviços. Isto foi o que aconteceu com a Inaer no nosso país.
Quando é o jogo do mercado o que está presente, nom há planificaçom possível para um monte vivo.