A lei de fomento da implantaçom de iniciativas empresariais, rebatizada polo movimento ambientalista como ‘lei de depredaçom’, foi aprovada a iniciativa do PP pola via de urgência. Entrevistamos a plataforma contra a lei de depredaçom, que está a organizar a resposta popular a esta nova legislaçom e qualificam-na como “um broche a umha carreira suicida de destruiçom ambiental, patrimonial e de recursos que o PP há muito que começou”
O que significa esta lei?
Esta lei situa Direçom Geral de Energia e Minas como segundo organismo com mais poder sobre o território depois do Conselho da Junta
Esta lei reescreve muita legislaçom autonómica, sobretudo a que tem a ver com o setor mineiro, eólico ou florestal. Por que som estes os setores económicos mais mencionados na lei?
Porque som os setores que o poder político e económico consideram como estratégicos em base à sua produtividade. Sabemos o impacto que se tem produzido até o de agora e, com as maiores facilidades que pretende esta lei para continuar com o mesmo modelo, o pior está por vir com mais e maiores canteiras, moinhos e monocultivos, disfarçado falsamente baixo a careta do desenvolvimento sustentável através de desregulaçons e relatórios à carta.
o pior está por vir com mais e maiores canteiras, moinhos e monocultivos, disfarçado falsamente baixo a careta do desenvolvimento sustentável
Encontram-se medidas como a criaçom de umha planta de compostagem por parte da Sogama. Que leitura fazedes de que esta planta esteja incluída na lei?
Essa planta de compostagem de Sogama é um autêntico lavado de cara diante da obriga de cumprir com os mínimos exigidos a nível europeu e por mais é um reflexo das políticas centralizadoras da Junta, como foi a construçom e posta em funcionamento da própria planta incineradora e em favor dos interesses de Unión Fenosa, da qual ademais se está a tentar tapar o seu fiasco ambiental e económico. Há mais de vinte anos que por parte do movimento social e ambientalista se está a solicitar umha planificaçom descentralizada da gerência dos resíduos sólidos urbanos baseada nos 3R (reduçom, reutilizaçom e reciclagem), onde a compostagem dos resíduos orgânicos é umha peça chave, mas a Junta e especialmente os governos do PP sempre olhárom para outro lado e aí estám as suas negativas diante das ILP apresentadas ao tanto no parlamento galego. A realidade é que a Europa exige um 50% do lixo reciclado de aqui a 2020 e na atualidade aqui nom se chega ao 5% e a construçom da planta de compostagem de Sogama pode ser mui útil para a comarca de Ordes, mas representa umha mínima parte das intervençons que fam falta por todo o território galego para chegar a umha quantidade de lixo compostado rendível e que cumpra com os ótimos requisitos ambientais da reciclagem. Estas intervençons teriam que estar apoiadas a nível económico e técnico pola própria Junta e nom deixá-las em maos dos concelhos ou da iniciativa privada como pretende o atual governo de Feijó.