Malva, mais conhecida no TikTok como @todomal.va é criadora de conteúdo em redes, colunista na revista Luzes e, de um tempo para aqui, tem um podcast com o seu melhor amigo onde tenta dar resposta a diferentes mistérios. Ainda que por mor do cansaço emocional duvida se quer seguir vivendo disto no futuro, ninguém pode negar que é umha das caras do Internet em galego. Falamos com ela sobre a sua história nas redes.
De onde vem o teu nome?
Chamo-me assim! É o meu nome real, nom tenho outro.
Desculpa, que de seguro que cho preguntárom mil vezes mais.
Sim (ri). O que fago depois é fazer jogos de palavras com o meu nome nas diferentes redes sociais.
E como te meteste neste mundo?
Comecei no TikTok —que a verdade é que agora o tenho algo abandonado porque me parece umha rede bastante tóxica— depois de ver um vídeo que me indignou em que umha moça usava a catedral de Santiago como exemplo de cultura branca. Quigem responder-lhe em inglês dizendo-lhe que essa nom era a sua cultura, que ela nem sabia o que era o galego e que a cultura branca nom existe. E a cousa é que esse vídeo tivo um par de milhares de curtidas. Mais tarde, figem um vídeo, também em inglês, respondendo a pergunta “que elemento há único no teu idioma?” que figera um moço. Eu falei do pronome de solidariedade e esse vídeo também chegou a muita gente. A partir de aí seguim a fazer conteúdo sobre o galego e sobre a Galiza, sempre partindo do humor.
Por que em inglês ao inicio?
Os vídeos em inglês figem-nos pensando nas minhas amigas que nom falam galego. Eu vivim muito tempo fora e gostava da ideia de explicar-lhes às minhas colegas cousas da nossa cultura. Mas agora já nom faria conteúdo nessa língua.
Que resposta recebes do conteúdo que fas, que é bastante político?
Esta é justo umha das razons polas que tivem que parar de fazer TikToks. Mostrar a tua ideologia política numha rede social que se alimenta muito das ideologias da gente e te odeia é duro. Além disto, o algoritmo do aplicativo pode levar-te a público ‘incorreto’ que faga que tenha que passar muito tempo aturando comentários de ódio. E, ainda que a mim me preocupam mais as pessoas cuja opiniom respeite, nom deixa de ser aborrecido, sobretudo se nom se saca nada produtivo disso. É esta a causa principal de que já nom faga conteúdo. Também porque há muita gente que semelha que está à espera de que digas algo com o que estám em desacordo para acusar-te. Isso fai que tenhas que estar constantemente vigiando as tuas palavras e é esgotador. Mas há que lembrar que isso som as redes sociais, por sorte, na vida real, a gente está um pouco mais tranquila.
E agora saltaste ao mundo dos podcasts…
Saltei, sim. Isto nasceu como umha brincadeira que figem em Twitter sobre que queria começar um podcast e Luzes ofereceu-se a produzi-lo. Falei com o meu melhor amigo, Duarte, que também tinha interesse e a verdade é que o passamos mui bem fazendo‑o. Ademais nunca recebim mal feedback da gente que o escuita, temos ouvintes geniais.
Queres acrescentar algumha cousa mais?
Quero. Gostaria de pedir-lhe a todas as pessoas que sigam Sara Seco Rial no TikTok ou Nee Barros em todas as redes. Som gente maravilhosa que fai conteúdo genial, educativo e sem toxicidade.