As restriçons para a mobilidade e as reunions sociais estám a provocar problemas aos Centros Sociais do país. Muitos deles nascidos ao abeiro do independentismo, mas onde confluem ativistas de diversos campos da esquerda e da cultura de base, estes locais fôrom construindo nos últimos anos espaços de encontro, de formaçom, de lazer e de atividade social e política. Desde a recuperaçom do baile tradicional através de umha perspetiva de género até a apresentaçom das novidades de editoriais independentes, as atividades dos Centros Sociais gerárom espaços de contrapoder e criaçom cultural afastados das lógicas institucionais e mercantis.
Assim, a atual pandemia e as proibiçons que a administraçom estatal e autonómica fôrom colocando às juntanças de pessoas provocou também umha crise nos centros autogeridos, nalguns casos deixando comprometida a sua supervivência económica. Alguns deles já fecharam as suas portas, por responsabilidade sanitária, antes de Madrid decretar o confinamento. Nos meses em que a incidência da Covid19 foi menor, alguns deles conseguírom abrir nos horários que eram habituais mas sem poder realizar boa parte dos eventos que antes programavam e sem recuperar a afluência de gente dos anos passados. Atualmente, cingem-se às restriçons sanitárias para poder desenvolver umha atividade cultural, social e política que se encontra mui mermada.
Para os centros sociais nom haverá planos de resgate da Junta. Do mesmo jeito que se construírom, com energia militante, será necessário mantê-los em pé. Num momento em que tantas relaçons interpessoais conseguem manter-se através de ecráns e redes wi-fi pode parecer que a presença é cousa de outro tempo. Mas vai ser fundamental contar com espaços de encontro para poder enfrentar a crise social que está a chegar. É momento de cuidar o que queremos que se mantenha forte e viçoso para as luitas do amanhá