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Menos democracia, mais eólicos

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Mobilizaçom do 11 de Dezembro na Serra do Suído

Efeitos perversos para o meio e a sociedade dumha energia que se vende como limpa e que está numha expansom descontrolada no país.

A mo­di­fi­ca­çom le­gis­la­tiva de fe­ve­reiro de 2017 (…) su­pujo a che­gada a Galiza da li­be­ra­li­za­çom da pro­mo­çom da ener­gia eó­lica com a eli­mi­na­çom das con­vo­ca­tó­rias anu­ais como me­ca­nismo de ces­som de po­tên­cia e tam­bém, em me­nor me­dida, com a fle­xi­bi­li­za­çom das con­di­çons para ad­qui­rir a de­cla­ra­çom da uti­li­dade pú­blica para os par­ques eó­li­cos. Estes câm­bios nor­ma­ti­vos ace­le­rá­rom desde o prin­cí­pio as pro­pos­tas in­di­vi­du­ais de no­vos par­ques eó­li­cos, o qual de­sem­bo­cou no boom ini­cial de 2019. Soma-se a eles a re­cente mo­di­fi­ca­çom nor­ma­tiva (…) atra­vés da Lei 9/2021, de 25 de fe­ve­reiro, de sim­pli­fi­ca­çom ad­mi­nis­tra­tiva e de apoio à re­ac­ti­va­çom eco­nó­mica da Galiza (…), que frente à obriga de im­plan­tar os par­ques eó­li­cos den­tro das áreas in­cluí­das no Plano se­to­rial eó­lico da Galiza, es­ta­be­lece ‘a ex­ce­çom para aque­les pro­je­tos que te­nham umha clara in­ci­dên­cia ter­ri­to­rial (…)’. Desde esse mo­mento, to­das as ter­ras rús­ti­cas da Galiza, so­bre as quais nom exista fi­gura de pro­te­çom am­bi­en­tal, po­de­rám al­ber­gar par­ques eó­li­cos”. Isto foi dito polo Conselho da Cultura Galega no seu re­la­tó­rio Energia eó­lica e pai­sa­gens cul­tu­rais na Galiza apre­sen­tado em de­zem­bro de 2021.

É o pri­meiro or­ga­nismo ins­ti­tu­ci­o­nal de­pen­dente da Junta da Galiza que fai umha aná­lise neste sen­tido: a açom da Administraçom está a fa­vo­re­cer o que de­fine o Conselho como “boom” eó­lico. Efetivamente, o resto da Administraçom au­to­nó­mica ga­lega tra­ba­lha pro­mo­vendo os in­te­res­ses das gran­des cor­po­ra­çons ener­gé­ti­cas so­bre o ter­ri­tó­rio ga­lego. Na mesma li­nha tra­ba­lha todo o te­cido ca­ci­queiro que sos­tem esta Administraçom e tam­bém os meios de co­mu­ni­ca­çom mas­siva privados. 

A ci­da­da­nia fica soa na de­fesa do ter­ri­tó­rio face os gran­des po­de­res que nos go­ver­nam: em­pre­sas, meios e re­pre­sen­tan­tes políticos. 

Nom é que haja po­lí­ti­cos nos con­se­lhos de ad­mi­nis­tra­çom das em­pre­sas, é que as em­pre­sas sen­tam no Conselho de Ministros ou no Conselho da Junta”, re­sume Bruno Centelhes, mem­bro do mo­vi­mento an­ti­eó­lico no sul da pro­vín­cia de Ponte Vedra

Nom é que haja po­lí­ti­cos nos con­se­lhos de ad­mi­nis­tra­çom das em­pre­sas, é que as em­pre­sas sen­tam no Conselho de Ministros ou no Conselho da Junta”, re­sume Bruno Centelhes, mem­bro do mo­vi­mento an­ti­eó­lico no sul da pro­vín­cia de Ponte Vedra, mem­bro da pla­ta­forma SOS Groba, as­so­ci­ada ao Instituto de Estudos Minhoranos e que leva anos na luita con­tra dos pro­je­tos de ins­ta­la­çom de cen­trais eó­li­cas na zona.

Durante o mês de de­zem­bro, de­pois de que o dia 16 se fi­gesse pú­blico o in­forme do Conselho da Cultura Galega, a ava­lan­cha de pro­je­tos que saem a ex­po­si­çom pú­blica con­ti­nua. A ma­qui­na­ria nom se detém.

O dia 17, sexta-feira: po­lí­gono eó­lico Picota II (no termo mu­ni­ci­pal de Maçaricos, po­tên­cia ins­ta­lada de 21 MW, 5 ae­ro­ge­ra­do­res); Pena da Cabra (Toques e Sobrado, po­tên­cia de 25,2 MW, 6 ae­ro­ge­ra­do­res); Sobredo (Arbo, 18 MW, 5 ae­ro­ge­ra­do­res, com tra­mi­ta­çom de ur­gên­cia: 15 dias); Alto da Telheira (A Canhiça e O Covelo, 48 MW, 9 ae­ro­ge­ra­do­res, 15 dias). Na se­gunda-feira, dia 20: am­pli­a­çom do po­lí­gono de Graiada (Porto Doçom, 3 MW, 2 ae­ro­ge­ra­do­res); Solpor (Mesia e Ordes, 4,8 MW, 5 má­qui­nas). Terça-feira 22: Polígono eó­lico Mondigo (Ribadeu e Travada, 3,8 MW, 13 ae­ro­ge­ra­do­res); Picato (Guntim e Lugo, 41,6 MW, 13 má­qui­nas, com umha po­li­go­nal de 5.600 etá­rias, ocupa toda a área de de­sen­vol­vi­mento eó­lico pre­vista ao leste da ci­dade de Lugo); Dos Cotos (Cerdedo-Cotobade, 5 MW, 6 má­qui­nas). O dia 23, quarta-feira: Polígono eó­lico Pichi (en­tre Ourense e Leom, 108 MW, 20 ae­ro­ge­ra­do­res); Polígono eó­lico Lardeiras (na mesma zona, po­tên­cia ins­ta­lada de 144 MW, 24 ae­ro­ge­ra­do­res); do Merendom (Oia e O Rosal, na Serra da Groba, 4,2 MW, 5 aerogeradores)…

O in­forme do Conselho, to­mando como fonte o INEGA, es­ta­be­lece a ci­fra de 176 po­lí­go­nos eó­li­cos, com 3.867 MW de po­tên­cia ins­ta­lada em 121 dos 313 con­ce­lhos do país.

O mesmo in­forme ad­verte que “re­sulta di­fí­cil co­nhe­cer o nú­mero exato de PE atu­al­mente em tra­mi­ta­çom, face a im­pos­si­bi­li­dade de ace­der a umha in­for­ma­çom ofi­cial nas pá­gi­nas da Junta” e se­gui­da­mente acode ao Registo Eólico — um vi­sor SIX que nom pode con­si­de­rar-se como re­gisto ofi­cial-; de ali ex­trai as se­guin­tes ci­fras: na Galiza es­tám em fun­ci­o­na­mento ou em trâ­mi­tes 6.137 MW de po­tên­cia eó­lica em 520 po­lí­go­nos. Isto é, as ins­ta­la­çons em pro­jeto du­pli­cam a ci­fra das já operativas.

Luitas dis­per­sas en pro­cesso de coordinaçom

Há de­zas­seis anos que no Vale Minhor ti­vé­rom a pri­meira no­tí­cia da ame­aça eó­lica que se lhes vi­nha em riba. No pe­ríodo 2005-06 houvo as pri­mei­ras mo­bi­li­za­çons con­tra dos pro­je­tos na Serra da Groba. Depois duns anos, o pe­rigo vol­veu as­so­mar em 2018 e aí se­gue. Hoje som, ofi­ci­al­mente, 5 po­lí­go­nos eó­li­cos com 27 ae­ro­ge­ra­do­res. “Aqui há muita po­pu­la­çom e o IEM [Instituto de Estudos Minhoranos] leva mui­tos anos com tra­ba­lho de in­ves­ti­ga­çom do pa­tri­mó­nio e a bi­o­di­ver­si­dade. Investigar con­tra des­tes pro­je­tos em­pre­sa­ri­ais é mui duro, mas por sorte aqui há es­tima e re­co­nhe­ci­mento, umha longa tra­di­çom de luita”, di Bruno Centelhes, do­cente con­ver­tido numha das ca­ras vi­sí­veis da re­sis­tên­cia vi­ci­nal na Galiza rural. 

O in­forme do Conselho da Cultura Galega es­ta­be­lece a ci­fra de 176 po­lí­go­nos eó­li­cos, com 3.867 MW de po­tên­cia ins­ta­lada em 121 dos 313 con­ce­lhos do país. O pró­prio in­forme ad­verte que re­sulta di­fí­cil co­nhe­cer o nú­mero exato de par­ques atu­al­mente em tramitaçom

O pla­neta nom é fi­nito. Este mundo acaba. Remata o acesso ás fon­tes clás­si­cas de ener­gia e o subs­ti­tuto vai ser a ele­tri­ci­dade. Estám na car­reira por ele­tri­fi­car todo e a men­sa­gem que se lança à so­ci­e­dade é ‘con­some o que quei­ras que já nos en­car­re­ga­re­mos de pro­du­zir’. O que pre­ten­dem é pro­du­zir sem taxa, sem con­trolo, en­quanto elas, as gran­des com­pa­nhias, ma­ne­jam o mer­cado e os pre­ços”, ex­plica Centelhes, e con­ti­nua: “mas o pla­neta é fi­nito. Nom há ter­ras su­fi­ci­en­tes para fa­bri­car os ímans que pre­cisa o nú­cleo dos ro­to­res dos ae­ro­ge­ra­do­res, nem há co­bre da­bondo para botá-lo cabo todo, nem a ener­gia elé­trica se pode ar­ma­ze­nar. O pro­blema nom é ae­ro­ge­ra­do­res sim, ou ae­ro­ge­ra­do­res nom, o pro­blema é que a men­sa­gem em­pre­sa­rial tapa qual­quer ou­tra men­sa­gem. Nom se trata de con­su­mir mais, re­fle­xi­ona o ati­vista, mas vi­ver dou­tra maneira”.

É mui grave o que acon­tece”, aponta Ana Varela, ad­vo­gada, ou­tra das mem­bras nesta luita no país. Desde a as­so­ci­a­çom em que mi­lita, Petom do Lobo, Ana nom só dá pa­les­tras e anima a cri­a­çom de pla­ta­for­mas onde haja que fazê-lo, mas tam­bém pre­para ale­ga­çons con­tra de to­dos os pro­je­tos eó­li­cos que pode. Os seus es­cri­tos inun­dam os re­gis­tos pú­bli­cos da Galiza. As ale­ga­çons de Petom do Lobo som a base para a mai­o­ria dos co­le­ti­vos de vi­zi­nhas e vi­zi­nhos que nom dis­po­nhem de re­cur­sos nem tempo para fazê-los. “Antes ía­mos quase ao dia, res­pon­dendo um por um cada pro­jeto que saía a ex­po­si­çom pú­blica, mas em de­zem­bro o bom­bar­deio é cons­tante e agora imos um pouco por trás”, confessa. 

Na Galiza es­tám em fun­ci­o­na­mento ou em trâ­mi­tes 6.137 MW de po­tên­cia eó­lica em 520 po­lí­go­nos. Isto é, as ins­ta­la­çons em pro­jeto du­pli­cam a ci­fra das já operativas

Ana e Bruno som duas ban­dei­ras (há ou­tras) das dú­zias de lui­tas dis­per­sas que bus­cam co­or­de­nar-se. No iní­cio de ju­nho, umha grande ma­ni­fes­ta­çom na praça do Obradoiro foi o pri­meiro chanço. Depois, as pla­ta­for­mas mais ati­vas e me­lhor or­ga­ni­za­das, como Monfero di nom ou Aire Limpo nas Marinhas-Mandeu, e as mais ve­te­ra­nas como Salvemos a Comarca de Ordes ou SOS Groba, pu­gé­rom os seus re­cur­sos a dis­po­si­çom dou­tras. Nas zo­nas me­nos po­vo­a­das, esta ajuda está a per­mi­tir que se vaiam con­so­li­dando es­pa­ços de co­la­bo­ra­çom, como o que per­mi­tiu or­ga­ni­zar um grande ato no Mosteiro de Caaveiro em agosto ou mais de vinte con­cen­tra­çons si­mul­tâ­neas o pas­sado 11 de de­zem­bro em al­deias como Laça, onde se reu­ní­rom eco­lo­gis­tas e pla­ta­for­mas vi­ci­nais do oci­dente ou­ren­sano para pro­tes­tar con­tra dumha das mais gra­ves agres­sons em pro­jeto: a in­va­som do Maciço Central por parte da em­presa es­ta­tal no­ru­e­guesa Statkraft, com um his­to­rial de co­lo­ni­za­çom a qual­quer preço (com o Exército in­cluído) em paí­ses como Chile, onde am­bi­ci­ona os re­cur­sos hidráulicos. 

No con­junto da Galiza, a re­sis­tên­cia a esta co­lo­ni­za­çom sel­va­gem or­ga­niza-se, ainda de forma pre­cá­ria, em duas co­or­de­na­do­ras: umha é a REDE GALEGA STOP EÓLICOS, que conta com qua­renta co­le­ti­vos, a mai­o­ria pla­ta­for­mas, e ofe­rece-se como “su­porte co­mum para fo­men­tar o sur­gi­mento de con­tra­po­de­res que im­pug­nem as po­lí­ti­cas ener­gé­ti­cas de im­po­si­çom e do­mi­na­çom que pro­mo­vem os po­de­res ins­ti­tu­ci­o­nais, eco­nó­mi­cos e me­diá­ti­cos”; a ou­tra, EÓLICA ASSIM, NOM, in­te­gra mui­tas das pla­ta­for­mas e está di­na­mi­zada desde Adega com a pre­sença da CIG. A uni­dade de açom foi-se fortalecendo. 

Direitos hu­ma­nos con­tra do bombardeio

A uni­dade de açom é im­pres­cin­dí­vel, por­que desde o ou­tro lado in­ten­si­fi­cam o bom­bar­deio. “Estám ace­le­rando os pro­ce­di­men­tos, atra­vés de câm­bios le­gais e tra­mi­tando a cada vez mais pro­je­tos. Temos dias que sa­cam dous, três pro­je­tos a ex­po­si­çom pú­blica, quase to­das as se­ma­nas cinco ou seis… nom há nem in­for­ma­çom nem par­ti­ci­pa­çom real”, su­bli­nha Ana Varela. “Sim, o Conselho da Cultura Galega dixo isso, mas pudo di­zer muito mais”.

Petom do Lobo foi umha das en­ti­da­des que exi­giu o pro­nun­ci­a­mento do Conselho. “Faltou-lhes in­ci­dir mais na ne­ces­si­dade de re­vi­sar o mo­delo de de­sen­vol­vi­mento ener­gé­tico, tam­bém nom dim muito so­bre as es­tra­té­gias em­pre­sa­ri­ais de apre­sen­tar pro­je­tos des­ca­ra­da­mente frag­men­ta­dos e, mesmo sur­pre­ende que nom se me­tes­sem na ques­tom da to­po­ní­mia, por­que pen­sá­va­mos que, sendo umha agres­som ao pa­tri­mó­nio ima­te­rial, o Conselho da Cultura te­ria algo a di­zer, mas, en­fim, é um in­forme bom para as luitas”.

Mobilizaçom do 11 de Dezembro em Laça

É im­por­tan­tís­simo” — di Bruno Centelhes — “por­que é de­mo­li­dor con­tra da po­lí­tica da Junta, e pede algo que pe­di­mos to­das: umha mo­ra­tó­ria, pa­rar isto imediatamente”. 

Os ae­ro­ge­ra­do­res, as qui­lo­mé­tri­cas li­nhas de eva­cu­a­çom e ou­tras in­fra­es­tru­tu­ras as­so­ci­a­das te­nhem con­sequên­cias di­re­tas na saúde e no bem-es­tar das pes­soas, im­pac­tos gra­ves con­tra do meio na­tu­ral e das es­pé­cies, os rios e as águas em con­junto, a pai­sa­gem e o pa­tri­mó­nio. Em to­dos es­tes as­pe­tos bor­de­jam os li­mi­tes da le­gis­la­çom am­bi­en­tal que as pró­prias com­pa­nhias tra­tam de ir adap­tando aos seus in­te­res­ses, igual que os pe­rí­me­tros dos po­lí­go­nos bor­de­jam a Rede Natura. O que nom po­dem adap­tar (ainda) aos seus in­te­res­ses som os di­rei­tos hu­ma­nos, o úl­timo corpo le­gal de de­fesa. “Estám-se a vi­o­lar di­rei­tos hu­ma­nos, di­rei­tos e li­ber­da­des fun­da­men­tais, tanto no as­sunto da par­ti­ci­pa­çom e da in­for­ma­çom como nos ris­cos para as pes­soas”, in­siste Ana Varela. Petom do Lobo re­cu­pe­rou a es­tra­té­gia, en­sai­ada no caso da mi­na­ria, de le­var a de­nún­cia às ins­ti­tui­çons eu­ro­peias. O se­guinte se­rám os tri­bu­nas da justiça.

Antes ía­mos quase ao dia, res­pon­dendo um por um cada pro­jeto que saía a ex­po­si­çom pú­blica, mas em de­zem­bro o bom­bar­deio é cons­tante e agora imos um pouco por trás”, ex­pom a ad­vo­gada Ana Varela

Por en­quanto, a luita con­cen­tra-se na mo­bi­li­za­çom so­cial. O país in­teiro está des­co­brindo mon­tes e mon­ta­nhas es­que­ci­das. As ca­mi­nha­das mul­ti­pli­cam-se por toda a Galiza. Caminhar para pro­tes­tar, ca­mi­nhar para di­zer que o ru­ral ainda está vivo e re­siste, que tam­bém no ru­ral mais des­po­vo­ado há essa es­tima e re­co­nhe­ci­mento de que fala Centelhes. 

A Terra de Montes está em pé de guerra con­tra dos eó­li­cos. Na Costa da Morte as pla­ta­for­mas so­mam apoio vi­ci­nal e ins­ti­tu­ci­o­nal gra­ças à cons­tân­cia dum pu­nhado de ati­vis­tas e a jor­nais lo­cais ape­ga­dos ao ter­ri­tó­rio e com­pro­me­ti­dos com a gente. Governos mu­ni­ci­pais como Maçaricos ou Moeche po­nhem re­cur­sos a dis­po­si­çom da luita con­tra dos eó­li­cos. Na Límia, pra­ti­can­tes do voo li­vre na Serra do Larouco ame­a­çam a tran­qui­li­dade com a que o ca­ci­quismo en­rai­zado vi­nha ge­rindo os di­fe­ren­tes es­pó­lios. A pai­sa­gem tam­bém im­porta. Se algo con­se­guiu já esta luita foi pôr em va­lor a li­nha do ho­ri­zonte. Por isso a cam­pa­nha mais ce­le­brada de to­das som es­sas lo­nas de fundo azul que apa­re­cem por todo o país com a lenda Aldeias li­vres de macroeólicos. 

Mobilizaçom do 11 de Dezembro no Mesom do Vento.

Os eó­li­cos pro­du­zem nu­me­ro­sos pre­juí­zos e tam­bém traem me­nos de­mo­cra­cia. Em qual­quer umha das ale­ga­çons aos pro­je­tos em an­da­mento es­tám con­sig­na­das es­tas duas ad­ver­tên­cias: nom há in­te­resse so­cial nen­gum na ava­lan­cha de pro­je­tos em trâ­mite e nom consta es­tudo do grau de acei­ta­çom por parte das vi­zi­nhas e vizinhos.

Em to­das as de­fe­sas con­tra qual­quer um dos po­lí­go­nos a trâ­mite de­nun­ciam-se que o Plano Sectorial Eólico da Galiza ca­rece de Estudo de Impacto Ambiental e que atra­vés da Lei 9/2021 está-se a der­ru­bar toda a le­gis­la­çom ambiental. 

Os eó­li­cos pro­du­zem nu­me­ro­sos pre­juí­zos e tra­zem me­nos de­mo­cra­cia. Em qual­quer umha das ale­ga­çons aos pro­je­tos em an­da­mento es­tám con­sig­na­das es­tas duas ad­ver­tên­cias: nom há in­te­resse so­cial nen­gum na ava­lan­cha de pro­je­tos em trâmite

Aí, no Parlamento ga­lego, a opo­si­çom está ca­lada. Que lhe passa ao BNG e ao PSOE?”, la­menta Ana Varela. “Tampouco aju­dam le­mas como “Assim, nom”, é a mi­nha opi­niom. Se as­sim nom, logo como? Claro que há que pen­sar em al­ter­na­ti­vas, em algo que seja nosso, num mo­delo nom pre­da­dor, com pro­du­çom e con­sumo desde o lo­cal; mas o que está a pas­sar é um es­pó­lio con­sen­tido en­tre as em­pre­sas e a classe política”.

É umha ba­ta­lha polo ter­ri­tó­rio, tam­bém en­tre as pró­prias em­pre­sas, que gera zo­nas de ex­clu­som de com­pe­ti­do­res, como neste po­lí­gono eó­lico ás por­tas de Lugo que co­lhe para si a ex­ten­som toda da área de apro­vei­ta­mento eó­lico”, ad­vir-te Bruno Centelhes. “As re­qua­li­fi­ca­çons o que fam é im­por no­vos usos do solo e o do­mí­nio so­bre a pro­pri­e­dade, con­di­ci­o­nando du­rante dé­ca­das o que se pode fa­zer e o que nom. O re­sul­tado é o aban­dono. Em to­dos os con­ce­lhos com po­lí­go­nos eó­li­cos há perda sig­ni­fi­ca­tiva de populaçom”. 

O último de Os pés na terra

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