Dentro do Baixo Minho confluem diferentes associaçoms e movimentos, cada umha delas com a sua peculiaridade. Luita própria e partilhada. Neste artigo quero tentar expor a variedade associativa da comarca, assim como abordar as dificuldades e peculiaridades que se dam. É bem dizer que escrevo isto de umha perspetiva pessoal que pode ou nom concordar na sua totalidade com as pessoas participantes dos diferentes movimentos. Também destacar que dentro do Baixo Minho vê-se um movimento amplo e ativo, capaz de abordar numerosas questons, sendo assim esta umha característica própria da nossa comarca.
No espaço comarcal contamos com associaçons cuja luita principal é a ambiental, outras que trabalham em âmbitos culturais e de tempos livres, associaçons ligadas a diferentes ideologias ou com um caráter mais politizado, associaçons educativas ou arqueológicas, etc. Também contamos com diferentes espaços de convívio para o debate e o trabalho.
Cada movimento associativo tem as suas características próprias, mas o principal é outorgar-lhe à comarca e às vizinhas umha alternativa cultural, de ócio, de conhecimento ou de aproveitamento do território entre outras. Como exemplo desta oferta alternativa podemos falar da associaçom Costa dos castros criada por comunidades de montes em mao comum de Oia cujo principal trabalho é o mantimento e conhecimento dos diferentes bens arqueológicos da zona, a associaçom Sen Raia que achega diversidade cultural enchendo de música espaços como a Praça de Abastos de Tominho, tomando e amenizando assim um espaço de convívio vizinhal e referente da paróquia. O CS Fuscalho encarregado de dotar a vila da Guarda de um espaço alternativo onde se dam voz a diferentes movimentos, realizam-se obradoiros, atividades ou se trabalha pola promoçom cultural do lugar. Também A Jalleira, a associaçom florestal e de educaçom ambiental encarregada de cuidar e ensinar-nos os nossos montes e o seu funcionamento.
Cada movimento associativo na comarca do Baixo Minho tem as suas características próprias, mas o principal é outorgar à comarca e às vizinhas umha alternativa cultural, de ócio, de conhecimento ou de aproveitamento do território.
Sendo partícipe do movimento associativo da comarca podo fazer finca-pé nas vantagens e dificuldades com as que se conta. O facto de que o Baixo Minho tenha umha grande extensom territorial e que a maior parte do seu solo seja monte fai com que a dispersom seja a característica principal da nossa comarca, contando unicamente com dous núcleos de maior dimensom como som a vila da Guarda e Tui. Esta dispersom, por um lado, fai dificultoso chegar a muita parte da populaçom reduzindo-se assim o espaço e público de atuaçom, assim como a comunicaçom e trabalho conjunto dos diferentes movimentos e associaçons. Dentro do movimento procura-se fornecer e construir redes entre associaçons criando atividades conjuntas, destacando o mês pola conservaçom que já conta com duas ediçons, a primeira sobre o monte e a segunda sobre o rio Minho. Nestas jornadas ambientais participam diferentes associaçoms, tenhem como parte importante a deslocaçom das atividades realizando-se diferentes atividades em todos os concelhos das comarcas, assim como da outra margem do Minho, em concelhos do país luso. Seria positivo para umha maior coesom e solidez do movimento trabalhar nesta rede, paliando dentro do possível as dificuldades que nos dá a geografia e dispersom comarcal.
Cabe dizer que esta caraterística própria da nossa comarca e de muitas do país também tem a sua parte positiva que é umha maior participaçom vizinhal no movimento associativo. Nos espaços rurais as vizinhas vem positivo e fundamental outorgar-lhe ao terreno, conhecimento e história do lugar a importância que tem. Assim é que se mostram ativas para cuidá-lo, dinamizá-lo e preservá-lo. No caso das vilas como pode ser A Guarda, a falta de alternativas culturais e de ócio fam com que as vizinhas participem das atividades e diferentes obradoiros. Ainda assim a percentagem de participaçom vizinhal continua a ser nom representativa, aguarda-se que vaia em aumento e que o movimento associativo seja comum nas nossas ruas, paróquias e espaços partilhados.
Outra dificuldade com a que contamos dentro da comarca é a precariedade juvenil. À hora de levar a cabo projetos fai que vaiam com demasiada lentidom e freia o facto de que as integrantes dos mesmos estejam a viver aqui de maneira intermitente e em poucos casos permanente. Isto vem dado por diferentes motivos como som a obrigatoriedade de ir viver fora para cursar alguns estudos assim como a falta de emprego digno (e nom tam digno) na nossa comarca. Vemos como o número de participantes e o compromisso vê-se afetado por esta questom, ainda assim contamos com um movimento juvenil ativo e com um espaço como é o CS Fuscalho que acolhe numerosas iniciativas e atividades.
Outra dificuldade com a que contamos dentro da comarca é a precariedade juvenil. Esta provoca que a posta em andamento de diversos projetos vaia com demasiada lentidom, ao estar as suas integrantes a viver de maneira intermitente no Baixo Minho.
Um ponto a debater e abordar é a falta de comunicaçom entre o Baixo Minho e o norte de Portugal. Esta questom saiu em numerosas ocasions a palestra e seria útil e positivo trabalhar na mesma, rachando assim a fronteira criada, que nom real, que atravessa esta raia molhada. Parece no mínimo curioso que sejamos conscientes do deslocamento em que se atopa a nossa comarca com respeito a outras partes da Galiza, tentando mover-nos, participar e conhecer os diferentes movimentos que se dam aqui e nom temos em conta as nossas vizinhas de em frente. Sim é certo que se tenhem feito atividades conjuntas como o Mês pela conservaçom ou concertos de bandas portuguesas desta margem do rio, mas o movimento português nom se tem em conta e nom há umha rede sólida na qual nós e elas poidamos apoiar-nos e estabelecer laços de sororidade.
Estas som algumhas das características gerais do movimento associativo desta parte do país: cada luita, cada coletivo, cada espaço tem a sua maneira de fazer e construir. Cada associaçom está atravessada por diferentes realidades e prioridades, mas todas elas tenhem um objetivo comum: Melhorar a realidade do Baixo Minho fazendo do nosso um espaço cheio de possibilidades.