Conhecido pelo suas más formas dentro e fora dos tribunais o juiz determinará o rumo das organizaçons Causa Galiza e Ceivar nos próximos anos
Nom é a primeira vez que Audiência Nacional julga independentistas galegos, mas o juiz Guevara tem nas suas maos o futuro de organizaçons chaves no independentismo e na política e antirrepressiva. Se a sentença do magistrado é condenatória, as organizaçons Ceivar e Causa Galiza podem ser ilegalizadas e o independentismo veria-se na obriga de reestruturar-se. À margem de que a realizaçom de atos públicos como recebimentos às presas e presos galegos ou atos como o da Galiza Combatente seriam apagados das ruas do país.
O tribunal espanhol acusa por primeira vez na história do independentismo militantes das duas organizaçons de enaltecimento, o que sentaria um precedente e que compromete seriamente o futuro político deste espaço.
O veterano magistrado, presidente da Seçom terceira da Audiência Nacional, é conhecido no mundo dos Tribunais pola sua maneira de ser, relativamente controvertida. O seu carácter intolerante e as suas más formas saírom a reluzir os dias do juízo ao independentismo galego, onde se julgava as doze pessoas detidas nas operaçons Jaro I e Jaro II.
O seu carácter intolerante e as suas más formas saírom a reluzir os dias do juízo ao independentismo galego
Comentários impertinentes, broncas aos advogados, saídas de tom e até berros som habituais nas sessons presididas por ele, e o juízo serviu para dar um olho todo o repertório duns dos juízes mais polémicos da Audiência Nacional.
Alfonso Guevara, filho de magistrado (Bienvenido Guevara) forma parte também da Associaçom Profissional da Magistratura (APM) e ainda que de talante conservador, alguns dirigentes do PP coma Federico Trillo e o ex-secretário de Estado de Justiça também do PP, Ignacio Astarloa, pedírom a sua cabeça no seu momento. Há cinco anos numha entrevista deixava às claras a sua atuaçom diante de pressons: “Sabem que se recibo qualquer chamada ou pressom amanhá sai publicado na imprensa”.
As pessoas que trabalham com ele na Audiência Nacional também tivérom que aturar os seus berros e más maneiras, mesmo companheiras suas durante algum juízo vírom-se com a cara tapada polas maos durante mais de três horas, avergonhadas polo seu comportamento.
Os juízos que ele preside adquirem muitas vezes mais relevância mediática polo seu papel protagonista. É o caso do juízo dos atentados das Ramblas e Cambrils que se está a celebrar estas semanas em Madri.
Neste juízo, mais mediático, tampouco calou e espetou-lhe ao deputado Joan Alonso Cuevillas ‑que representa ali um pai que perdeu o seu filho de 3 anos nas Ramblas, mas é conhecido publicamente por ser o avogado e Puigdemont-: “Si ahora es moda no respetar las instituciones, aquí se respetan”. Ao mesmo tempo que advertiu que estudará denunciá-lo ao Colégio de Advogados por um comentário com retranca em que agradecia a sua amabilidade.
No mundo dos tribunais é conhecido por ser um magistrado controvertido, nos juízos costuma ter incidentes e ao longo da sua carreira acumula centos de queixas por parte de advogados e acusaçons.
No mundo dos tribunais é conhecido por ser um magistrado controvertido, nos juízos costuma ter incidentes e ao longo da sua carreira acumula centos de queixas por parte de advogados e acusaçons. Nas suas quatro décadas de carreira, o magistrado Guevara intervéu nalguns dos procedimentos mais importantes dos último anos no Estado espanhol.
Também formou parte do tribunal do macroprocesso contra os atentados do 11M junto com o seu colega Javier Gómez Bermúdez, com quem mantém ao longo dos anos umha relaçom de tensom e foi presidente do tribunal que julgou a açom de ETA na T4.
Estudou Direito na universidade privada e católica CEU San Pablo, e com 22 anos tirava as oposiçons logo ao rematar a carreira. Em 1985 converte-se em titular do julgado número 22 de Madri e ali ordena a detençom de Pedro J. Ramírez, quando dirigia o Diario 16 por injúrias a outro jornalista, Jimmy Gimenez-Arnau. Depois passa a presidir a seçom terceira da Audiência de Madri e mais tarde salta para a Audiência Nacional, segundo palavras suas “estava farto de drogas, roubos e alcoolemias”.
Aqui preside a Seçom Terceira e tentou até em três ocasions tornar-se presidente da sala do penal, sem sucesso. A última vez disputou-lhe o posto o agora Ministro de Interior do estado Espanhol, Grande- Marlaska. Segundo as suas próprias palavras, “o carácter nom o ajuda”.