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O triunfo do humor frente ao ódio 

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Em fi­nais do mês de ju­nho, a or­ga­ni­za­çom ul­tra­di­rei­tista an­te­ri­or­mente co­nhe­cida como Galicia Bilingüe fizo aquilo de que mais gosta: fal­tar o res­peito às pes­soas ga­lego-fa­lan­tes e pro­vo­car. Foi me­di­ante umha ou­sada cam­pa­nha pu­bli­ci­tá­ria que con­sis­tiu em va­la­dos dando as boas-vin­das a vi­las e ci­da­des com to­po­ní­mia de­tur­pada. Começárom com “Sangenjo” e con­ti­nuá­rom em “La Coruña” e “Orense”. Na data de fe­cho deste texto nom ha­via con­fir­ma­das mais de­tur­pa­çons reais. 

Quanto custa uma cam­pa­nha des­tas? É di­fí­cil de cal­cu­lar, pois há mui­tas va­riá­veis a ter em conta: nos or­ça­men­tos que se po­dem pro­cu­rar na in­ter­net ve­mos op­çons de 300 a mais de 3000 eu­ros ao mês. 

Hipótese: con­tra­ta­çom de cinco va­la­dos du­rante um mês em toda a Galiza por 3000 eu­ros. A ren­di­bi­li­za­çom da cam­pa­nha pode pa­re­cer com­pli­cada. Porém, se em 48 ho­ras atin­ges cen­tos de im­pac­tes e vi­su­a­li­za­çons do teu con­teúdo, ao tempo que con­se­gues no­vas ade­sons à tua ab­jeta causa, no mí­nimo dá para va­lo­ri­zar o gasto. Já se im­prensa de todo tipo de che de­dica tempo e es­paço equi­va­lente a mais de 9000 eu­ros de pu­bli­ci­dade con­ven­ci­o­nal —num cál­culo con­ser­va­dor—, pois pe­guem todo o meu di­nheiro e avante com a ideia! 

Os cen­tos de ‘me­mes’ que inun­dá­rom as re­des so­ci­ais con­ver­tê­rom a cam­pa­nha de pro­vo­ca­çom numha cam­pa­nha de au­to­a­fir­ma­çom da iden­ti­dade galega

Algo disso de­veu ha­ver por trás das ca­be­ças pen­san­tes —é um fa­lar— do ga­bi­lin­guismo ga­lego, mar­gi­nado da im­prensa ga­lega desde que a súa lí­der, en­tre 2013 e 2014, abra­çou cla­ra­mente os pos­tu­la­dos da ul­tra­di­reita mais ex­trema e co­me­çou a fa­zer des­com­ple­xa­das crí­ti­cas a um —dis­que— acom­ple­xado PP

O brin­quedo roto re­bap­ti­zou-se de­sa­com­ple­xou-se. De Galicia Bilingüe pas­sou a ser Hablamos Español e co­me­çou a ser umha or­ga­ni­za­çom cada vez mais co­nhe­cida… na Catalunha e em Madrid. Na Galiza, a sua terra na­tal, fi­cara con­de­nada à mais triste ir­re­le­ván­cia até que a pro­vo­ca­dora cam­pa­nha a trouxo no­va­mente à tona. 

O que fa­zer? 

Nom há fór­mu­las má­gi­cas so­bre o que fa­zer frente a es­tas cam­pa­nhas que só pro­cu­ram pro­vo­car e re­tro­a­li­men­tar-se dessa pro­vo­ca­çom, pois cos­tu­mam ser um win-win para quem as pro­mo­ver: nom fa­zendo nada, corre-se o risco de lhes dei­xar o ter­reno ex­pe­dito —ga­nham—, mas re­a­gindo com in­dig­na­çom en­tra-se no seu pró­prio ter­reno e dá-se-lhes a aten­çom que pre­ten­dem —ga­nham. 

O me­nos mau, nos dous ca­sos, que até pode ser uma vi­tó­ria, cuido que foi a re­a­çom que che­gou em dias de­pois, aquando o sur­gi­mento dos va­la­dos da Corunha e Ourense. Aí, o povo ga­lego fizo o que me­lhor sabe: usar o hu­mor como uma po­de­rosa arma de pro­testo social. 

Os cen­tos de me­mes que inun­dá­rom as re­des so­ci­ais e pla­ta­for­mas de men­sa­ge­ria con­ver­tê­rom a cam­pa­nha de pro­vo­ca­çom numha cam­pa­nha de au­to­a­fir­ma­çom da iden­ti­dade e or­gu­lho ga­le­gas, ao tempo que con­ver­tê­rom Hablamos Español no que já se con­ver­tera Galicia Bilingüe ha­via mui­tos anos: numa pa­ró­dia de si pró­pria. A maior cons­ta­ta­çom disto é que mui­tas pes­soas che­gá­rom a nom po­der dis­tin­guir al­gumhas fo­to­mon­ta­gens das re­ais. E mesmo deu pé para re­a­brir ve­lhos de­ba­tes: “Bienvenidos a Galicia, país que en gal­lego se llama Galiza”. 

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