A greve de mulheres deste ano soma a cada dia mais possibilidades de converter-se num ponto de inflexom no movimento feminista galego. A apertura de processos, debates e diálogos na preparaçom deste 8 de março evidencia novos caminhos e empurra com energia umha vaga de luita e uniom. Mas qual é o objetivo principal destes novos passos?
A violência contra as mulheres é laboral, sexual, institucional, económica, também é violência das relaçons de propriedade capitalistas e do Estado, das políticas migratórias, do encarceramento massivo, da falta de qualidade na assistência sanitária, das políticas discriminatórias contra as mulheres lésbicas, transgênero e queer, da degradaçom do ensino público que esconde a genealogia das mulheres, e em especial das obreiras e militantes.
O feminismo galego organizado deixa claro que nom se conforma com combater o teito de cristal porque nasceu para ser casa de todas as excluídas. Um movimento com vocaçom de transformar o trabalho, a começar polos cuidados, e com vontade de somar as mulheres do mercado laboral formal, as que trabalham na reproduçom social e os cuidados, as trabalhadoras em paro ou com emprego precário.
Este 8 de março cumpre umha feministizaçom da greve e um seguimento massivo para que a açom seja todo o eficaz que é preciso. Trata-se dumha greve geral de mulheres, que desestrutura o íntimo e o público e em cuja trama estám a convergir muitas forças para quebrar o patriarcado, o imperialismo, o neoliberalismo. Muitas mulheres a se armarem contra quem se nega a abandonar os seus privilégios.