Umhas 2.000 trabalhadoras do Serviço de Ajuda no Fogar (SAF) de todo o Estado tomárom as ruas de Madrid no passado 27 de fevereiro para visibilizar as suas condiçons laborais e exigir um novo convénio que passe pola municipalizaçom do serviço. As trabalhadoras galegas uniam-se nesta mobilizaçom às do resto do estado para dar continuidade às mobilizaçons iniciadas na Galiza a finais do passado ano.
Na Galiza som 5000 trabalhadoras e atendem 25.000 usuárias, dependem de diferentes empresas que tenhem subcontratadas as diferentes administraçons locais e, segundo denunciam, dos vinte euros que cobra cada empresa polo seu serviço, elas só percebem seis.
Levam anos de luita para tentar mudar umhas condiçons de trabalho que definem como “extremamente precárias”, pois cobram menos de 6 euros por hora. Um trabalho que, segundo defendem, deve considerar-se essencial. Mas também denunciam a má atençom que se lhe está a dar às pessoas dependentes, sem que a Junta da Galiza mova ficha mas tampouco se faga nada desde o governo espanhol, apesar de Podemos ter oferecido apoio às suas reivindicaçons.
Estas trabalhadoras denunciam longas jornadas laborais que iniciam às sete ou oito da manhá e rematam pola tarde. As visitas domiciliárias acumulam-se umhas com outras e estám tam encaixadas que nom disponhem nem de cinco minutos para descansar entre serviços. Contodo, o seu salário mensal nom chega aos 700 euros.
Estas trabalhadoras levam anos de luita para tentar mudar umhas condiçons de trabalho que definem como “extremamente precárias”
As condiçons agravam-se no rural, onde as trabalhadoras do SAF ponhem o seu carro e pagam a gasolina adiantado, já que tenhem que percorrer até 60 quilómetros entre domicílios num só dia. Ademais, segundo revelam, as empresas nom se fam cargo das reparaçons mecânicas dos seus veículos.
Por todo isto, a reivindicaçom fundamental das trabalhadoras galegas agora mesmo passa pola criaçom de umha mesa negociadora, na qual a plataforma de trabalhadoras de Serviço de Ajuda no Fogar nom pode estar. É por isto por que no mês passado enviaram, através das centrais sindicais CUT e CIG, que sim podem formar parte desta mesa, um conjunto de propostas onde recolhem os pontos essenciais que devera conter um convénio que consideram “urgente” para pôr fim à situaçom “de exploraçom constante” em que vivem, segundo afirma Nieves Gallego, extrabalhadora do SAF.
Denunciam longas jornadas laborais que iniciam às sete ou oito da manhá e rematam pola tarde. As visitas domiciliárias acumulam-se umhas com outras e estám tam encaixadas que nom disponhem nem de cinco minutos para descansar entre serviços
Trinidad Palacios, porta-voz da Plataforma SAF Galiza, assinala empresas que acumulam centos de benefícios económicos por estes serviços: OHL, CLECE, SACYR ou Domus VI. “Detrás está Florentino Pérez, Villar Mir e ‘fundos abutres’, que mercantilizam os cuidados e as nossas vidas. Estas empresas arrastam já dúzias de denúncias por acumulaçom de contratos durante mais de 5 anos, para nom fazer indefinidas as trabalhadoras”, expom. Os juízes dam a razom às trabalhadoras mas estas empresas “continuam incumprindo sistematicamente porque podem assumir os custos económicos das indemnizaçons”, acrescenta Palacios.
As trabalhadoras do SAF exigem também que se rebaixe a idade de reforma aos 60 anos, pois na atualidade mantém-se nos 67 anos, aos que chegam com doenças próprias de más posturas e de erguer elas soas grandes pesos sem ajudas técnicas, doenças todas nom reconhecidas como enfermidades laborais.
Segundo informes elaborados por diferentes sindicatos estatais, umha em cada cinco trabalhadoras assiste medicada trabalhar para suportar as dores próprias de contraturas ou diferentes problemas vertebrais e/ou cervicais.
Segundo informes elaborados por diferentes sindicatos estatais, umha em cada cinco trabalhadoras assiste medicada trabalhar para suportar as dores próprias de contraturas ou diferentes problemas vertebrais e/ou cervicais
Palacios reclama de maneira imediata a negociaçom dum novo convénio e a suba do salário do 6,5% acorde ao IPC. “Regimo-nos por um convénio obsoleto de 2011, a que nom se lhe tocou nem umha soa vírgula”, expom e insiste em que é necessário dar-lhe umha volta completa começando pola definiçom do serviço: “define-se-nos como serviço de ajuda ao dependente, mas nós nom ajudamos”, recalca, “nós atendemos as usuárias e ademais estamos consideradas como auxiliares quando realmente nom o somos. Trabalhamos de forma autónoma, nom estamos a cargo de ninguém”.
A manifestaçom de Madrid também serviu para denunciar um trabalho que vai muito além da atençom sócio-sanitária : “cozinhamos, limpamos, acompanhamo-los fazer recados ou às visitas médicas quando nós somos pessoal sócio-sanitário titulado e estes, nomeadamente os labores domésticos, nom deveram ser a nossa ocupaçom”, manifesta Nieves Gallego. Esta ex-trabalhadora da SAF ressalta a situaçom das trabalhadoras catalanas, onde o trabalho doméstico e sócio-sanitário leva-se a cabo por dous serviços diferentes.
Tanto Palacios como Gallego asseguram que as mobilizaçons continuarám enquanto nom melhorem as suas condiçons laborais e concluem que “para poder cuidar necessitamos ser cuidadas”.