Ainda recentes as concentraçons antirracistas levadas a cabo a nível global após o assassinato de George Floyd nos EUA, neste mês de julho gravou-se um novo caso de brutalidade policial contra um jovem racializado em Compostela. Nom é só em Minneapolis ou em Lavapiés, também nas paradas de autocarro dos bairros da Galiza acontecem dia após dia agressons racistas. Depois do acontecido, umha convocatório solidária com o agredido realizava-se na praça do Obradoiro, ficando bem mais vazia do a convocatória organizada a partir do BlackLivesMatter. Ainda que nesta ocasiom nom fôrom centos de pessoas, à concentraçom achegárom-se dúzias de vizinhas para mostrarem o seu apoio com os agredidos.
Nom foi esta a única mobilizaçom antirracista desenvolvida nestas últimas semanas. Na cidade da Corunha, SOS Racismo convocava umha concentraçom no bairro das Cunchinhas para visibilizar a campanha estatal que reclama a regularizaçom imediata de todas as pessoas em situaçom administrativa irregular, umha medida que foi tomada no Portugal. Estas fôrom as últimas organizaçons de protesto no nosso país contra o racismo estrutural, muito presente na legislaçom vigente, nas forças de segurança e em muitas atitudes quotidianas da populaçom geral que as pessoas racializadas padecem a diário.
Ademais, a reaçom da extrema-direita está a colocar no seu ponto de mira as pessoas racializadas. Na cidade de Lisboa, por exemplo, o local de SOS Racismo aparecia pintado com mensagens ameaçantes, quando em junho tivera lugar umha mobilizaçom antirracista considerada histórica.
Assim, estas injustiças e estas reivindicaçons lembram-nos que para a construçom de um país livre e umha sociedade igualitária as vozes e as vidas das pessoas racializadas nom podem ficar no esquecimento.