O passado 12 de fevereiro, o Tribunal Supremo convertia-se no foco mediático da imprensa estatal e estrangeira. Começava a primeira sessom do conhecido como ‘juízo ao Procés’. Dezoito ex-altos cargos do governo catalám e os líderes das organizaçons político-culturais mais importantes dos Países Cataláns sentam no banco dos réus para responder polos delitos de rebeliom, sediçom ou malversaçom. As petiçons da fiscalia chegam a 25 anos de cadeia no caso de Oriol Junqueras (vicepresidente da Generalitat) e 17 anos para a maioria dos consellers e para os Jordis (Sànchez e Cuixart, presidentes da Assembleia Nacional Catalá e da Òmnium Cultural).
Grande parte da sociedade civil também se sente julgada por participar no referendum do 1 do Outubro de 2017, considerado polas mais diversas vozes o maior ato de desobediência civil na Europa das últimas décadas. Vilas e cidades de todo o país som os cenários para a mobilizaçom, com laços amarelos e pancartas nos prédios públicos, e concentraçons semanais em solidariedade com as presas políticas.
Na encenaçom do juízo influem diversos elementos mas o central é a contraposiçom de duas leituras jurídicas: desobediência civil frente rebeliom e sediçom; e a derivada construçom dum relato, o da ‘violência’, orquestrado polos poderes fáticos do estado espanhol. As testemunhas das acusaçons repetírom dia trás dia um roteiro desenhado para dar consistência às acusaçons contra as presas políticas: “miradas de ódio”, “vivemos um inferno”… fôrom mantras recitados polas forças policiais para acreditar a violência que teriam vivido no 1‑O.
Um roteiro pré-fixado que é questionado por testemunhos e provas na sala de vistas, mas também respostado desde diversos frentes e em distintos espaços pola sociedade catalá. Recolhemos aqui umha série de vozes arredor dessas respostas ao juízo e ao relato construído polo aparato judicial para alimentar a maquinária mediática espanhola.