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O Zeca para crianças

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Como ini­ci­a­tiva po­pu­lar au­to­ge­rida, a Semente vem de ti­rar este de­zem­bro um novo ma­te­rial com o que ar­re­ca­dar fun­dos para aju­dar a fi­nan­ciar-se. O pro­duto em ques­tom é o li­vro “Zeca Afonso para cri­an­ças”, umha obra que conta com 12 can­çons ilus­tra­das e umha sé­rie de de­se­nhos que vam acom­pa­nhando a le­tra.
O li­vro está pen­sado ini­ci­al­mente para le­rem ou can­ta­rem-lhe as maes e pais às cri­an­ças que ainda nom te­nhem do­mí­nio da leito-es­cri­tura, po­dendo-se apoiar nas ilus­tra­çons en­quanto ou­vem a mú­sica e a voz do Zeca Afonso. As cri­an­ças mai­o­res po­dem tam­bém elas pró­prias se­gui­rem as can­çons atra­vés do li­vro.
As ne­nas e ne­nos, que som es­pon­jas cara a todo tipo de es­tí­mu­los e que ado­ram fa­zer qual­quer cousa com a mae ou o pai ao seu ca­rom, vam es­tar logo a can­ta­ro­la­rem o Zeca. 


Objetivos do li­vro
Para além de ti­rar re­cur­sos eco­nó­mi­cos para a Semente, pro­cu­ra­mos do­tar as fa­mí­lias dumha fer­ra­menta para po­de­rem ache­gar o can­tor por­tu­guês às cri­an­ças, e com ele to­das as cou­sas boas que o re­per­tó­rio do Zeca pode ofe­re­cer-nos: lu­so­fo­nia, mú­sica, po­e­sia, va­lo­res in­trín­se­cos à pró­pria bi­o­gra­fia do au­tor e, em soma, o de­se­nho que é quase a po­e­sia feita de­buxo, gra­ças às ilus­tra­çons de Andrea López Álvarez, Elga Fernandez e Karina Mouriño.
Cumpre, como maes e pais, dar-lhe re­fe­ren­tes às nossa cri­an­ças fora dos quais lhe som ofe­re­ci­dos no mer­cado, pois tam­bém isso é parte da sua edu­ca­çom. Depois, se­rám as cri­an­ças já como adul­tas as que de­ci­dam uti­lizá-las ou nom, mas no mí­nimo te­rám cons­ci­ên­cia de que tais ma­te­ri­ais exis­tem.
Por isto era im­por­tante para nós que se­jam as can­çons ori­gi­nais do Zeca as que soem, por­que deste modo as cri­an­ças fa­mi­li­a­ri­zam-se com umha voz e mú­sica que, as­sim vol­tem es­cui­tar, com o passo dos anos, será-lhes fa­mi­liar e mais fá­cil de as­su­mir e e apren­de­rem com ela.


Para além de ti­rar re­cur­sos eco­nó­mi­cos para a Semente, pro­cu­ra­mos do­tar as fa­mí­lias dumha fer­ra­menta para po­de­rem ache­gar o can­tor por­tu­guês às cri­an­ças, e com ele to­das as cou­sas boas que o re­per­tó­rio do Zeca pode ofe­re­cer-nos: lu­so­fo­nia, mú­sica, po­e­sia, valores…

O que acon­tece com os di­rei­tos de au­tor do Zeca Afonso?
A nossa in­ten­çom ini­cial era fa­zer um li­vro com CD e que­ría­mos que fosse com as can­çons ori­gi­nais do pró­prio Zeca Afonso, por toda a po­tên­cia que te­nhem tal como di­ge­mos. Mas de­pois de va­rias ges­tons para ten­tar con­se­guir a per­mis­som, co­mu­ni­ca­çons com a fa­mí­lia, a SGAE/P e o que fica de “Orfeu”, a dis­co­grá­fica para a que o Zeca gra­vou mui­tos dos seus tra­ba­lhos e que a dia de hoje está fe­chada e com o seu ge­rente em pa­ra­deiro des­co­nhe­cido, de­pois de cons­ta­tar pouca ou nula sin­to­nia en­tre as par­tes res­pon­sá­veis dos di­rei­tos de Zeca, ve­ri­fi­ca­mos a im­pos­si­bi­li­dade de con­se­guir­mos os di­rei­tos.
Assim as cou­sas, to­pa­mos que a dia de hoje os CD´s ou vi­nis es­tám es­go­ta­dos, é im­pos­sí­vel com­prá-los ou des­car­regá-los, as pla­ta­for­mas mu­si­cais como Spotify ape­nas sa­bem dele, nom se pode re­mas­te­ri­zar ou lim­par os seus tra­ba­lhos, fa­zer com­pi­la­tó­rios ou bus­car pro­cu­rar mú­si­cas iné­di­tas en­tre as pro­vas de es­tudo.
A dia de hoje, um re­fe­rente da cul­tura por­tu­guesa com for­tes vín­cu­los na Galiza, umha pes­soa que já está en­tre os mais gran­des ar­tis­tas de Portugal e da lín­gua ga­lego-por­tu­guesa de to­dos os tem­pos, um re­fe­rente tam­bém a ní­vel hu­mano, fica en­cer­rado no “Youtube” com umha qua­li­dade de som “pi­rata” e umha di­fi­cul­dade ma­ni­festa para a gente, o povo, po­der des­fru­tar dele.
Nom po­de­mos nem de­ve­mos es­pe­rar 70 anos, desde a morte do Zeca (1987) até o 2057, para que uns tem­pos mais que ques­ti­o­ná­veis das leis so­bre DD.AA. li­ber­tem José Afonso. Há que pro­mo­ver umha cam­pa­nha po­pu­lar e atra­vés das for­ma­çons po­lí­ti­cas pre­sen­tes no par­la­mento por­tu­guês para que este Estado se faga com es­ses direitos.

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