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A ‘Xunta’ nom tem estratégia nenhuma para lutar contra a contaminaçom das nossas costas” 

por
Yasmina García, edu­ca­dora am­bi­en­tal. | ma­ria ál­va­res rei

A ambientalista Yasmina García alerta da má gestom da Xunta através das Consellerías do Mar e de Medio Ambiente e pom o foco na falta de pessoal técnico nestas conselherias e falta de rigor científico num pais que deve gerir 1500 km de costa. Insiste que a prevençom da continaminaçom marinha passa por “conscientizar as geraçons mais novas”. 

Que som os ‘pel­lets’? 
Os pel­lets som um gra­nu­lado plás­tico de ta­ma­nho pe­queno, em ge­ral in­fe­rior aos 5 mi­lí­me­tros, polo que se­riam con­si­de­ra­dos mi­cro­plás­ti­cos, som usa­dos como base para a fa­bri­ca­çom de pro­du­tos de plás­tico e a sua com­po­si­çom va­ria en­tre di­fe­ren­tes po­lí­me­ros aos que som adi­ci­o­na­dos adi­ti­vos para me­lho­rar as suas ca­rac­te­rís­ti­cas: du­reza, ab­sor­çom da luz so­lar etc. 

Que pe­rigo re­pre­sen­tam para os nos­sos ecos­sis­te­mas?
O au­mento do plás­tico nos úl­ti­mos anos é in­sus­ten­tá­vel, os mi­cro­plás­ti­cos che­gam as águas e pro­vo­cam da­nos na fauna ma­ri­nha, seja por to­xi­ci­dade ou por in­ges­tom (pro­ble­mas me­câ­ni­cos no sis­tema di­ges­tivo). Além disso, os plás­ti­cos tehem a pro­pri­e­dade de ab­sor­çom de ou­tros con­ta­mi­nan­tes or­gâ­ni­cos per­sis­ten­tes como po­dem ser os me­tais pe­sa­dos, que ade­rem ao plás­tico e daí pas­sam para a ca­deia trófica. 

Aproximadamente 25% das subs­tân­cias dos plás­ti­cos som con­ta­mi­nan­tes. Além disto, os pel­lets po­dem ser con­fun­di­dos com co­mida já que os ovos de peixe com si­mi­lar forma som in­ge­ri­dos por mui­tos animais. 

Se a Galiza ti­vesse trans­fe­ri­das to­das as com­pe­tên­cias no re­la­tivo ao mar ‑como se vem a re­cla­mar desde há anos- po­de­ria ter sido ge­rida me­lhor esta crise? 
Ter mais com­pe­tên­cias no teu ter­ri­tó­rio me­lhora a sua ges­tom e, neste caso, a ges­s­tom am­bi­en­tal. No caso da Galiza, a in­com­pe­tên­cia da Xunta é tam grande que nom te­ria me­lho­rado nada a si­tu­a­çom. A única di­fe­rença que fijo foi dis­far­çar a pro­ble­má­tica com acu­sa­çons ao go­verno es­pa­nhol, que tam­bém nom o faz muito melhor. 

As praias som com­pe­tên­cia da Xunta, há um ser­viço de guarda-cos­teira da Galiza que opera os 365 dias do ano, que o único que fijo foi pas­sear po­los are­ais e en­con­trar umha saca no mar desde um he­li­cóp­tero. Os des­pe­jos exis­tem, polo que há que in­ci­dir numha re­gu­la­çom deste trans­porte ma­rí­timo. Em tanto nom se da esta re­gu­la­çom, há que atuar: o de­ver da Xunta era ter es­ta­be­le­cido um plano para a sua con­ten­çom, re­ti­rada e eli­mi­na­çom, que hoje ainda nom existe. 

“Os mi­cro­plás­ti­cos che­gam às águas e pro­vo­cam da­nos na fauna marinha”

A Conselheria do mar di que os pel­lets nom re­pre­sen­tam pe­rigo para o con­sumo hu­mano. É certo? 
As con­sequên­cias para o con­sumo hu­mano de mi­cro­plás­ti­cos es­tám ainda a ser es­tu­da­das em di­fe­ren­tes pro­je­tos, mas está bas­tante cla­ri­fi­cado que in­ge­rir bis­fe­nol A pre­sente em de­ter­mi­na­dos plás­ti­cos gera pro­ble­mas en­dó­cri­nos, au­mento da pres­som ar­te­rial, afeta o sis­tema imu­ni­tá­rio, e es­tam a es­tu­dar-se os li­mi­tes desta to­xi­ci­dade… tam­bém a dos pro­te­to­res UV como o ti­nu­vin que  po­dem afe­tar o sis­tema endócrino. 

Em todo o caso, este pe­rigo já exis­tía an­tes deste des­pejo. O que se pas­sou es­tes dias é que isto se vi­si­bi­li­zou, mas nom há di­fe­ren­cia no con­sumo de peixe de há 2 me­ses com o de agora por­que os pel­lets re­pre­sen­tam umha per­cen­ta­gem pe­quena de todo o mi­cro­plás­tico que ingerimos. 

Nestes dias as­sis­ti­mos a de­cla­ra­çons de di­fe­ren­tes re­pre­sen­tan­tes da ‘Xunta’ con­trá­di­to­rias. Que há de ver­dade nas de­cla­ra­çons dos re­pre­sen­tan­tes po­lí­ti­cos? Porque men­tí­rom?
Esta é a raiz do pro­blema: a Consellería de Medio Ambiente nom tem pes­soal téc­nico su­fi­ci­ente, nom se con­tra­tam bió­lo­gos, nem téc­ni­cos no meio na­tu­ral, nem am­bi­en­tó­lo­gos. Para ter­mos umha ideia da di­men­som do pro­blema: es­tes dias apa­re­ceu fauna morta nos nos­sos are­ais: nin­guém foi re­co­lhê-la para ana­li­sar a que po­diam de­ver-se es­sas mortes. 

A Xunta nem os con­ce­lhos de­sen­vol­vem pro­gra­mas de edu­ca­çom am­bi­en­tal quando em to­dos os pai­ses acre­di­tam na edu­ca­çom desde as es­co­las para mo­di­fi­car condutas. 

Que im­por­tân­cia tem le­var a edu­ca­çom am­bi­en­tal as au­las?
Toda. Neste tema dos plás­ti­cos por exem­plo ‚que tem umha di­men­som enorme a re­du­çom em ori­gem é fun­da­men­tal e para isto além das leis que o re­gu­lem há que fa­zer par­ti­cipe a so­ci­e­dade para mo­di­fi­car há­bi­tos de con­sumo. Modificar es­tes nom é di­fí­cil, por exem­plo uti­li­zar umha gar­rafa de água reu­ti­li­zá­vel… a gente nom o faz por­que nom existe umha cons­ci­ên­cia do pro­blema. A mai­o­ria dos pel­lets uti­liza-se para fa­bri­car pre­ci­sa­mente gar­ra­fas de plástico. 

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