O grupo de punk folque Falperrys vem de lançar umha campanha de verkami, com que pretende dar vida a um novo trabalho discográfico que promete muitas surpresas. Ademais, o conjunto viguês também editará o novo disco em formato vinil e reeditará o seu primeiro trabalho.
Ao tempo que fazemos esta entrevista, restam apenas umhas horas para que termine o prazo do crowdfunding e já superades o vosso objetivo por quase mil euros mais. Como vos tomades tanto apoio por parte da gente?
As nossas sensaçons som mui boas, nom tinhamos muita expectativa de chegar ao objetivo e a verdade é que já o temos mais que superado. Estamos alucinando com a acolhida que tivo, tanto as achegas em forma de material coma os concertos, que tenhem prioridade de data. Estamos mui contentos.
As achegas que oferecedes som do mais variado e em clave de humor, até há um bico de Petetas! Esse humor que vos caracteriza é fundamental para fazerdes música?
Bom, o bico de Petetas nom é obrigatório (risos). Mas si, o artífice de quase todo o tema da campanha foi David, que é um crack e fijo partes graciosas, que quedam mui bem. E essa sim que é, em parte, a filosofia da banda. Estamos todos mui cómodos.
O que sim que é importante em Falperrys é o peso da cultura marítima. Que pretendedes achegar com isto ao público de hoje em dia?
O que mais e o que menos, estamos ligados a essa cultura marítima e por isso saem cançons assim. De feito, a portada do disco é um quadro que fijo o avô de David, que foi marinheiro, estando pola Terra Nova ou polo Gran Sol. Mas também procuramos que as nossas letras tenham conteúdo político.
Qual é a temática a que recorredes mais nos vossos trabalhos e que haverá disso neste novo disco?
À apologia do alcoolismo (risos). Neste disco temos umha peça mui interessante sobre a caçada que figera o monarca emérito na Rússia, quando emborracharam um urso para que o tal monarca o desse caçado. Mas é umha mistura de todo, a música é Falperrys e as letras som mui variadas. Também há outra cançom que fala sobre os assassinados no Val Minhor. É mui importante que a música tenha conteúdo político, fundamentalmente gostamos de fazer denuncia e de cantar o que nos peta, sem etiquetas.
Coma vós, há muitas bandas galegas que nos últimos anos botárom mao do crowdfunding para editar os seus trabalhos. Credes que isso é sintomático no eido da nossa música?
Custear um disco implica muito dinheiro e é normal que a gente tire destas ferramentas. Com um cd quase nom recuperas o investimento, as bandas coma a nossa financiámonos mais a base de concertos. Antes disto si que é certo que a situaçom era um pouco diferente, parece que se perdeu bastante o tema da cultura musical. Antes a gente ia mais aos concertos e também havia muitos mais, agora semelha que está todo um pouco mais morto, possivelmente também polo aumento dos festivais.