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Concentraçom de trabalhadoras da CRTVG. A faixa principal do "Nom mais abusos".

CRTVG: A rebeliom contra os abusos e a mentira 

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Concentraçom de trabalhadoras da CRTVG. A faixa principal do "Nom mais abusos".
Concentraçom de tra­bal­la­do­ras da CRTVG. | cutgaliza

Bem pode ser que as lei­to­ras do Novas da Galiza nom sai­bam ainda que na CRTVG, na nossa rá­dio e na nossa te­le­vi­som pú­bli­cas, está-se a de­sen­vol­ver umha im­por­tante re­be­liom das tra­ba­lha­do­ras desde há tempo. A maior parte dos meios de co­mu­ni­ca­çom pri­va­dos do país ocul­tá­rom e ainda ocul­tam a exis­tên­cia do mo­vi­mento Defende a Galega. Para en­ten­der­mos o quê é, po­de­mos sim­pli­ficá-lo nes­sas fo­tos que cada sexta-feira, desde há mais de qua­tro anos, se mo­vem po­las re­des so­ci­ais com pes­soal da TVG e da RG a ves­tir ca­mi­so­las pre­tas que le­vam im­pri­mida essa sin­gela frase: “Defende a ga­lega”, umha exor­ta­çom si­len­ci­osa, obs­ti­nada e cons­tante a unir-se num mo­vi­mento que as­pira su­pe­rar o ca­tivo li­mite da em­presa para pas­sar a ser de­fi­ni­ti­va­mente efi­caz desde a força trans­for­ma­dora que só re­side na to­mada de cons­ci­ên­cia e na açom coletiva. 

O ob­je­tivo de Defende a ga­lega é esse, que a so­ci­e­dade ga­lega no seu con­junto saiba dumha vez que os meios de co­mu­ni­ca­çom pú­bli­cos da Galiza es­tám em pe­rigo, se­ques­tra­dos polo go­verno da Xunta, desde o ano 2009 nas mans do Partido Popular. Esta malta, li­de­rada polo di­re­tor ge­ral da cor­po­ra­çom, Alfonso Sánchez Izquierdo, ocu­pou as que de­viam ser a te­le­vi­som e a rá­dio de to­das, como re­co­lhem a lei e o pró­prio sen­tido co­mún de­mo­crá­tico, para irem to­mando pouco a pouco per­ver­sas de­ci­sons es­tra­té­gi­cas que aca­bá­rom por de­tur­par o que al­gum dia mesmo foi um ser­viço pú­blico, até trans­formá-lo numha fer­ra­menta que já ape­nas está ao ser­viço dos in­te­res­ses do par­tido, que nom som ou­tros que per­pe­tuar-se no po­der cons­truindo dia a dia, te­le­jor­nal a te­le­jor­nal, pro­grama a pro­grama umha ideia e umha ima­gem de país que nom nos re­pre­senta, nem muito me­nos, a todas. 

As tra­di­ci­o­nais prá­ti­cas de ma­ni­pu­la­çom in­for­ma­tiva in­ten­si­fi­cam-se quando a re­be­liom or­ga­ni­zada toma fôlego

A ex­ter­na­li­za­çom de quase to­dos os pro­gra­mas (que aca­bam en­gor­dando o ne­gó­cio de du­vi­dosa qua­li­dade de pro­du­to­ras ami­gas), o des­man­te­la­mento da es­tru­tura ter­ri­to­rial com que a CRTVG con­tou no pas­sado (nove de­le­ga­çons, das quais só res­tam em ati­vi­dade qua­tro e muito mer­ma­das), umha pro­gra­ma­çom sim­ples, su­per­fi­cial, mesmo ma­chista, na qual já nom te­nhem es­paço nem a pro­gra­ma­çom in­fan­til e ju­ve­nil (aquele Xabarín…) nem as nos­sas mú­si­cas (aquele Planeta Furancho, aquele Alalá, aque­las gra­va­çons do es­tú­dio 5 da RG…) nem as nos­sas ma­ni­fes­ta­çons cul­tu­rais mais des­ta­ca­das (ato­res, atri­zes e ar­tis­tas de qual­quer âm­bito can­ce­la­das, ga­las que nom se emi­tem mais atra­vés da te­le­vi­som pú­blica, ve­tos no­mi­nais e co­le­ti­vos….) som ape­nas al­guns dos fu­ros que abrí­rom para que o barco pú­blico vaia ao ta­cho, por­que na re­a­li­dade, nom nos en­ga­ne­mos, o ser­viço pú­blico nom lhes in­te­ressa, nem mesmo o audiovisual. 

E polo meio, no ca­mi­nho, as tra­ba­lha­do­ras da CRTVG. As tra­di­ci­o­nais prá­ti­cas de ma­ni­pu­la­çom in­for­ma­tiva in­ten­si­fi­cam-se quando a re­be­liom or­ga­ni­zada toma fô­lego e au­men­tam a pres­som e a re­pres­som. Nom que­rem mais saí­das do rego, que­rem man­ter o con­trole e mos­tram o lá­tigo. Algumhas en­fer­mam, a si­tu­a­çom é in­su­por­tá­vel e in­so­frí­vel; passa fac­tura fí­sica e psí­quica. A cada dia umha nova com­pa­nheira cai de baixa. E aí, da raiva, agro­mam as gre­ves da dig­ni­dade, nas quais es­ta­mos agora, para re­cla­mar a ces­sa­çom des­tes abu­sos, que al­gum dia aca­ba­rám por se­rem jul­ga­dos como de­li­tos, como a ma­ni­pu­la­çom, que já tarda de nor­ma­li­zada que está. 

Se che presta, ajuda-nos a re­mar, pom a ca­mi­sola preta, no peito e no lombo ou na ca­beça, que é onde me­lhor as­senta. Defendamos os nos­sos meios pú­bli­cos an­tes de que nom fi­que nada que salvar. 

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