Esnaquizando as estatísticas e arrincando as lágrimas, assim rematou umha temporada regular mais na liga de bilharda mais importante da Europa e do mundo inteiro. Como um lôstrego que estoura no abrente, assim arrincava o grande Play Off Nacional da LNB (Abalhoada Nacional 2018 ) celebrado no último domingo de maio na terra livre e batida do estádio de futebol do Castinheirinho (Compostela) . De manhá celebrárom-se as finais infantis, que deixárom como campeom nacional Juanma de Lúa de Forza. A final por equipas converteu o Corredoiras de Bueu na franquícia campeám nacional, e a espetacular final de varados ou tiros diretos deixou Tomas de Carabullo (Muimenta) coma campeom nacional. No serám, a final feminina colocou Adriana de Valpaços Terra Quente como campeám nacional. Como gram foguetada a final absoluta que enfrentou três palandores do Sul, o novíssimo Juanma contra Lito de Corredoiras e Che dos Rinocerontes convertendo este último no flamante Coroceir@ Nacional 2018.
A luita pola coroza
Durante toda umha temporada três conferências da LNB (NorLeste, NorOestes e Sul-Rias Baixas) batem-se em sucessivas enganchadas regulares para escolher os representantes de cada categoria que luitem em Compostela polos títulos nacionais, sendo vestir a mítica Coroza da LNB o sonho, e pesadelo ao mesmo tempo, de todos e cada um dos palanadores e palanadoras quando junguem o palám ao seu punho.
Durante a temporada três conferências batem-se para escolher as que luitem em Compostela polos títulos nacionais
Mas para além dum carrossel de resultados, o que a LNB procura com toda a sua ânsia e força é mudar cada bilharda em pega selvagem para invadir cada umha das 3.772 paróquias galegas espalhando nelas a emoçom do nosso desporto nacional como o lume na erva seca. Porque a LNB é um projeto imenso que de forma natural flui e se retroalimenta, um animal selvagem que bisba, brua e uiva, um boi que chega embestando as adversidades e criando o seu próprio contra-relato.
Nessa construçom e distribuiçom de discurso próprio e original é no momento em que a gram serpe multicor da LNB se encontra, depois de criar umha B.S.O com o referencial disco ‘República Bilharda’, infinidade de intervençons vídeo-artísticas com TeleVaral como ponta de cuitelo e perfomances poéticas, a bilharda pom o foco a cada vez com mais intensidade na própria pista de jogo e se interna no seu próprio ser para expandir-se como se dum big bang se tratar.
A bilharda internacional
Com a participaçom em diferentes frentes internacionais como a Copa Cantábrica em Astúrias e a Copa Mediterrânea em Eslovénia, a seleçom galega de bilharda continua, de forma autogestionada, ampliando alianças com as diferentes civilizaçons bilhardeiras do planeta como a Gilli Danda em Paquistám e a India, o Pandolo no Leste europeu com países como Croácia, a Lippa em Itália ou a Txitikila ou o Liriu no País Basco e Astúrias respetivamente.
A seleçom continua, de forma autogerida, ampliando alianças com as civilizaçons bilhardeiras do planeta
Contudo, o mais grande mérito da LNB é sem dúvida articular umha competiçom a nível nacional sem ter ajudas de federaçons nengumha. A bilharda é um desporto em estado líquido, como o licor café que nunca poderá ser acabicornado, que conta com um espetacular exército de palanadores e palanadoras que criárom a Plataforma Independente para a arbitragem com a qual se autogestiona cada um dos Abertos da LNB, umha direçom e coordenaçom arbitral que procura a ágil e rápida transmissom dos resultados tanto aos próprios jogadores na pista como aos milheiros de fans do nosso desporto nacional distribuídos polo mundo inteiro.
Para quando nos meios?
Os marcadores em tempo real som a grande aposta a dia de hoje da LNB. Em Compostela, no Play Off Nacional 2018, já se utilizárom as espetaculares tabelas criadas polo artista multidisciplinar do Eo-Navia Muriego como ponto de partida para o grandíssimo repto ao que se enfrenta a LNB hoje, ser capaz de transmitir nitidamente os resultados e o estado de jogo como acontece em desportos irmaos como som o beisebol, o críquete ou o jai alai. Este parâmetro é o que marcará o ponto de inflexom para que a bilharda poida ser retransmitida em condiçons ótimas nos meios de comunicaçom de massas. Pese a que todas conhecemos a podredume instalada na rádio e televisom pública que impede que a bilharda ou qualquer atividade física ou cultural galega de seu se lhe dea cobertura, non podemos deixar-nos esmorecer nesta teima e estar preparados para cando a povo alegre e combativo troque esta situaçom e se faga comum o que a dia de hoje parece um exotismo como quando fai uns meses se retransmitiu em direto pola TVG2 os jogos das seleçons galegas masculina e feminina de futebol gaélico contra a França.
Com uns estremecedores versos do poeta asturiano em língua galega Quique Roxíos, extraídos do seu último poemário ‘Personaxe Desconocido’ despedimos esta intensa conexom, para que com a força dos nossos paláns e varados mais aginha do que tarde a bilharda e o galego de Astúrias sejam desportos e línguas oficiais: A NOSA FALA / Tan esqueicéndoseme as palabras / de non usallas / de non pensallas / Tan esqueicéndoseme as palabras / de non acariñallas / de non chuchallas …