Periódico galego de informaçom crítica

A penúltima morte do Partido Comunista Português

por
Funeral de Álvaro Cunhal em 2005

Os maus resultados eleitorais do PCP parecem confirmar o inexorável declínio do outrora poderoso Partido Comunista. Mais umha vez as campás tocam a morto anunciando a desapariçom definitiva do PCP. Porém, o sonho nunca atingido pola PIDE, a velha profecia mil vezes proclamada, de Salazar a Caetano, de Soares a Costa, ainda nom conseguiu fazer-se realidade.

No pas­sado 30 de ja­neiro Portugal foi às ur­nas. A con­vo­ca­tó­ria era o de­sen­lace es­pe­rado dos de­sen­con­tros a res­peito dos or­ça­men­tos en­tre os par­ti­dos que for­ma­ram a mal cha­mada “je­ri­gonça”. A ne­ga­tiva de Bloco de Esquerda e PCP a apoi­a­rem os or­ça­men­tos do go­verno Costa le­vou à ru­tura. A nova con­vo­ca­tó­ria con­fi­gu­rava um ce­ná­rio in­certo para to­dos os con­ten­den­tes. Para o PCP, era umha jo­gada quase a vida ou morte. O PCP foi apre­sen­tado como o grande cul­pá­vel da queda do go­verno. Objetivo: ero­dir a base elei­to­ral da CDU e le­var as co­mu­nis­tas às bei­ras da sua desapariçom. 

Com a perda da me­tade da sua min­guada re­pre­sen­ta­çom, o PCP en­con­tra-se, mais umha vez, num mo­mento crí­tico. As co­mu­nis­tas atin­gí­rom ape­nas 4,4% do voto e 6 de­pu­ta­dos. Lembremos que em 2015 lo­gra­ram 18 as­sen­tos ou que em 1983 con­ta­vam com 44 re­pre­sen­tan­tes. Para en­ten­der a ca­pa­ci­dade de re­sis­tên­cia do PCP é ne­ces­sá­rio co­nhe­cer al­guns as­pe­tos da sua apai­xo­nante e cen­te­ná­ria his­tó­ria, que o con­fi­gu­ram como o úl­timo dos gran­des par­ti­dos co­mu­nis­tas da Europa ocidental.

Umha his­tó­ria centenária 

As pe­cu­li­a­ri­da­des do PCP es­tám pre­sen­tes desde a mesma fun­da­çom em 1921. De modo di­fe­rente aos par­ti­dos  sur­gi­dos ao abeiro da III Internacional, o PCP nom nas­ceu dumha ci­som do Partido Socialista, se­nom a par­tir de gru­pos anarco-sin­di­ca­lis­tas da Federação Maximalista Portuguesa. Apenas con­tava com um lus­tro de vida  e o par­tido era  ile­ga­li­zado no golpe de es­tado de 1926 e os seus di­ri­gen­tes en­vi­a­dos para a ca­deia. Sem umha mi­li­tân­cia  or­ga­ni­zada, as co­mu­nis­tas nom po­diam fa­zer frente aos ri­go­res da luita clan­des­tina à qual se ví­rom obri­ga­das polo as­sé­dio do Estado Novo. É nesta al­tura quando emerge a fi­gura de Bento Gonçalves, um ope­rá­rio do Arsenal. O novo se­cre­tá­rio ge­ral li­dera a re­or­ga­ni­za­çom que leva à ado­çom do mo­delo le­ni­nista de partido.

As elei­çons le­gis­la­ti­vas do 30 de ja­neiro dei­xá­rom o PCP num mo­mento crí­tico. As co­mu­nis­tas atin­gí­rom ape­nas 4,4% do voto e 6 deputados

A nova di­re­çom pro­mo­veu a cri­a­çom do ór­gão do par­tido, o jor­nal Avante!, di­na­mi­za­dor da luita ope­rá­ria. O vo­zeiro do PCP é o jor­nal do mundo que mais tempo foi edi­tado em con­di­çons de clan­des­ti­ni­dade, de 1931 até 1974. Desmantelar as ti­po­gra­fias do Avante! e as ca­sas clan­des­ti­nas do par­tido, li­qui­dar a es­tru­tura de “fun­ci­o­ná­rios”  e apa­nhar os seus qua­dros e di­ri­gen­tes con­ver­tera-se na ob­ses­som dum Salazar que já ele­vara o co­mu­nismo ao pa­pel de ini­migo na­tu­ral do Estado Novo. Bento  Gonçalves e ou­tros di­ri­gen­tes fô­rom le­va­dos ao campo de con­cen­tra­çom do Tarrafal, em Cabo Verde, onde mui­tos en­con­trá­rom a morte. 

Vidas clan­des­ti­nas

O fas­cismo uti­li­zou to­das as ar­mas para neu­tra­li­zar ao PCP. As lon­gas con­de­nas, as tor­tu­ras da PIDE,  a clan­des­ti­ni­dade, a morte… con­ver­te­ram-se em pers­pe­ti­vas vi­tais para os mi­li­tan­tes. No Portugal após o 25 de abril, num re­co­nhe­ci­mento que chega até a atu­a­li­dade, o PCP goza do pres­tí­gio de ter sido o único par­tido que se man­tivo ativo du­rante toda a di­ta­dura. Um dato abonda para ex­plicá-lo: na pri­meira junta do Comité Central após o 25 de abril, os seus 36 mem­bros so­ma­vam 308 anos nas ca­deias e 755 na clandestinidade. 

O PCP foi fun­dado em 1921. De modo di­fe­rente aos par­ti­dos sur­gi­dos ao abeiro da III Internacional, nom nas­ceu dumha ci­som do Partido Socialista, se­nom a par­tir de gru­pos anar­co­sin­di­ca­lis­tas da Federação Maximalista Portuguesa

Muitos des­tes mi­li­tan­tes pro­ta­go­ni­za­ram a co­nhe­cida re­or­ga­ni­za­çom dos anos 40/41, a qual se­gu­rou umha con­ti­nui­dade na di­re­çom e nas es­tru­tu­ras clan­des­ti­nas que con­ver­teu o PCP num par­tido for­te­mente im­plan­tado en­tre a classe ope­rá­ria. Emerge aqui a fi­gura e a li­de­rança de “Duarte”, pseu­dó­nimo de Álvaro Cunhal. Carismático, bri­lhante in­te­lec­tual, de for­tes con­vic­çons, re­sis­tente, foi preso em 1949 pas­sando 8 anos em iso­la­mento. Em 1960, dez di­ri­gen­tes do par­tido, en­tre eles Cunhal, con­se­guí­rom fu­gar-se da inex­pug­ná­vel for­ta­leça de Peniche. 

Umha das se­nhas de iden­ti­dade do PCP é a sua mar­cada na­tu­reza de classe, ma­ni­fes­tada na com­po­si­çom da sua base mi­li­tante e na pre­sença de ope­rá­rios nas es­tru­tu­ras de di­re­çom. O ou­tro grupo so­cial em que o par­tido cen­trou os seus es­for­ços or­ga­ni­za­ti­vos foi o vasto pro­le­ta­ri­ado ru­ral dos gran­des la­ti­fún­dios do Alentejo e o Ribatejo. O la­ti­fún­dio em Portugal con­fi­gu­rava umha si­tu­a­çom de semi-ser­vi­dume que su­mia os tra­ba­lha­do­res numhas con­di­çons bru­tais de des­pos­ses­som, fome e indignidades. 

Capa do pri­meiro ‘Avante!’ le­gal de­pois de 43 anos de clandestinidade

O vín­culo soviético 

Com a saída de Álvaro Cunhal para a URRS, o PCP se­gu­rou umha re­ta­guarda e re­for­çou o vín­culo so­vié­tico, que ia ser man­tido até os úl­ti­mos dias da Uniom Soviética. O PCP nom su­cum­biu aos can­tos de se­reia do euro-co­mu­nismo nem con­de­nou a in­ter­ven­çom so­vié­tica na Checoslovaquia. Na ci­som sino-so­vié­tica man­tivo-se do lado do PCUS

O par­tido e o pró­prio Cunhal lui­tá­rom te­naz­mente con­tra as ten­ta­ti­vas in­ter­nas de fle­xi­bi­li­zar a ads­cri­çom à or­to­do­xia mar­xista-le­ni­nista. Dos tem­pos da ci­som sino-so­vié­tica ao eu­ro­co­mu­nismo, da pe­res­troika à que­bra da URSS, nos con­fli­tos in­ter­nos na dé­cada de oi­tenta e no­venta, o PCP man­tivo-se fiel à sua iden­ti­dade co­mu­nista: a na­tu­reza de classe, a base teó­rica mar­xista-le­ni­nista, o cen­tra­lismo de­mo­crá­tico, umha in­ter­ven­çom ori­en­tada à classe ope­rá­ria e o ob­je­tivo da des­trui­çom re­vo­lu­ci­o­ná­ria do ca­pi­ta­lismo. A na­tu­reza de classe do par­tido ma­ni­festa-se numha es­tru­tura or­ga­ni­za­tiva ba­se­ada nas cé­lu­las de em­presa. Qualquer mo­di­fi­ca­çom a res­peito deste ideá­rio é vista como umha de­ge­ne­ra­çom do mo­delo co­mu­nista que tarde ou cedo le­va­ria à des­fi­gu­ra­çom e li­qui­da­çom do partido. 

O par­tido na Revoluçom de Abril

Com Cunhal na se­cre­tá­ria ge­ral, o par­tido en­tre­gou-se  a um in­tenso la­bor or­ga­ni­za­tivo e agi­ta­tivo para di­ri­gir as lui­tas con­tra a di­ta­dura. Cumpria fa­zer um es­forço de cla­ri­fi­ca­çom ide­o­ló­gica que de­fi­nisse quais se­riam as vias para ti­rar abaixo o re­gime e quais os ob­je­ti­vos da re­vo­lu­çom em Portugal. Rumo à Vitória, o re­la­tó­rio apre­sen­tado por Cunhal ao VI Congresso (1965), da­ria as res­pos­tas. Fazia umha de­fi­ni­çom do re­gime como umha “di­ta­dura ter­ro­rista ao ser­viço dos mo­no­pó­lios e dos la­ti­fun­diá­rios”, e mar­cava os ob­je­ti­vos fun­da­men­tais da re­vo­lu­çom: des­trui­çom do es­tado fas­cista e ins­tau­ra­çom dum re­gime de­mo­crá­tico,  li­qui­da­çom de mo­no­pó­lios e la­ti­fún­dios e  in­de­pen­dên­cia das co­ló­nias. A via para o der­rube da di­ta­dura de­ve­ria ser a com­bi­na­çom dumha in­sur­rei­çom ar­mada dumha parte do exér­cito e dum le­van­ta­mento da populaçom. 

E as­sim foi. O 25 de abril de 1974 um sec­tor dos mi­li­ta­res or­ga­ni­zado no Movimento das Forças Armadas (MFA) der­ru­bou a di­ta­dura. Nom se tra­tava dum sim­ples golpe de es­tado, pois a se­guir o povo ade­riu em massa aos mi­li­ta­res para con­so­li­dar o triunfo.  É aqui quando o par­tido clan­des­tino de qua­dros con­ver­teu-se à luz do dia num grande par­tido de mas­sas atin­gindo agi­nha os 100.000 mi­li­tan­tes. Com a sua dis­ci­pli­nada  or­ga­ni­za­çom, o PCP foi umhas das prin­ci­pais for­ças atu­an­tes no pro­cesso re­vo­lu­ci­o­ná­rio. O seu pa­pel foi chave para li­qui­dar as es­tru­tu­ras da di­ta­dura, ven­cer as re­sis­tên­cias da re­ac­çom para a con­so­li­da­çom dum re­gime de­mo­crá­tico e, so­bre­todo, para fa­zer avan­çar a re­vo­lu­çom cara a ob­je­ti­vos que aba­las­sem as ba­ses de apoio da di­ta­dura, os mo­no­pó­lios e os latifúndios. 

As co­mu­nis­tas fi­gé­rom parte dos su­ces­si­vos go­ver­nos pro­vi­só­rios, mas agi­nha com­pre­en­dé­rom  que, nom exis­tindo um po­der re­vo­lu­ci­o­ná­rio no Estado, a chave para avan­çar era man­ter a Aliança Povo-MFA, é di­zer, a ac­tu­a­çom con­junta dos mi­li­ta­res re­vo­lu­ci­o­ná­rios e as mas­sas po­pu­la­res. No ir­re­gu­lar e con­tra­di­tó­rio pro­cesso re­vo­lu­ci­o­ná­rio, du­rante um tempo a ba­lança pa­re­ceu cair em fa­vor dos par­ti­dá­rios de cons­truir o so­ci­a­lismo em Portugal. Os mo­no­pó­lios fô­rom ex­pro­pri­a­dos, os gran­des sec­to­res da eco­no­mia, in­cluída a banca, na­ci­o­na­li­za­dos, ins­tau­rou-se o con­trole ope­rá­rio nas fá­bri­cas, as co­ló­nias ob­ti­vé­rom a in­de­pen­dên­cia e as mas­sas pro­le­tá­rias do Alentejo e o Ribatejo lan­ça­ram-se à li­qui­da­çom do odi­oso la­ti­fún­dio. Nom foi ape­nas umha mu­dança da forma po­lí­tica de do­mi­na­çom: a base eco­nó­mica de Portugal foi pro­fun­da­mente alterada. 

o peso das mu­lhe­res foi fun­da­men­tal na Reforma Agrária.

A par­tir das elei­çons de abril de 1975, a cor­re­la­çom de for­ças co­me­çou a vi­rar a fa­vor dos sec­to­res do MFA e dos par­ti­dos fa­vo­rá­veis à es­ta­bi­li­za­çom do pro­cesso re­vo­lu­ci­o­ná­rio. A me­dida que se fa­ziam mais pro­fun­das as di­vi­sons e os con­fli­tos  en­tre os dis­tin­tos con­ten­den­tes, au­men­ta­vam os cho­ques e os in­ci­den­tes ar­ma­dos. A si­tu­a­çom foi-se de­te­ri­o­rando no cha­mado “ve­rao quente”, a vaga de aten­ta­dos fas­cis­tas e as­sal­tos às se­des do PCP. Naquelas in­ten­sas jor­na­das o país vi­veu às bei­ras da guerra civil. 

A agu­di­za­çom da crise po­lí­tico-mi­li­tar aca­bou por atin­gir e di­vi­dir os prin­ci­pais ór­gãos de po­der po­lí­tico-mi­li­tar, o MFA e o Conselho da Revoluçom. Com a vi­ra­gem dos mi­li­ta­res “mo­de­ra­dos” e a sua ali­ança com a di­reita mi­li­tar, o PS de Soares, o PPD e o CDS, foi-se con­fi­gu­rando umha frente con­trá­ria para li­qui­dar o po­der e a in­fluên­cia da Esquerda mi­li­tar, do PCP e do V go­verno pro­vi­só­rio.  A re­vo­lu­çom por­tu­guesa na pers­pe­tiva do so­ci­a­lismo es­tava fe­rida de morte.

Na es­tela do 25 de novembro 

No re­lato ofi­cial so­bre os acon­te­ci­men­tos do 25 de no­vem­bro paira a ideia-força se­gundo a qual o PCP in­ten­tou to­mar o po­der pola força. Para as co­mu­nis­tas foi ape­nas o de­sen­lace fi­nal dumha cui­dada pla­ni­fi­ca­çom dos “mo­de­ra­dos” e da di­reita en­ca­mi­nhada, me­di­ante a pro­vo­ca­çom e o cho­que com a es­trema es­querda, a jus­ti­fi­car um golpe de força que leva-se à li­qui­da­çom do po­der da Esquerda mi­li­tar e a in­fluên­cia do PCP, para as­sim tra­var o em­purre re­vo­lu­ci­o­ná­rio.  Porém, Cunhal sem­pre fora cons­ci­ente de que a NATO nom ia per­mi­tir que em plena guerra fria um país do bloco oci­den­tal se con­ver­tesse numha Cuba eu­ro­peia. Talvez, a es­trema es­querda por­tu­guesa te­ria ra­zom ao afir­mar que nem Cunhal nem o PCP qui­ge­ram fa­zer nunca umha re­vo­lu­çom co­mu­nista em Portugal. O PCP te­ria-se con­for­mado com um re­gime de­mo­crá­tico, de pro­fundo con­teúdo so­cial e com umha eco­no­mia mixta re­gu­lada polo es­tado. A par­tir de en­tom, o PCP cen­trou os seus es­for­ços em con­ser­var as con­quis­tas de abril e de­fendê-las an­tes as su­ces­si­vas ofen­si­vas da di­reita e do PS. Para isto, o par­tido con­so­li­dou a sua po­de­rosa es­tru­tura or­ga­ni­za­tiva am­pli­ando ainda mais a base mi­li­tante, a dum grande co­le­tivo partidário. 

Após o 25 de Novembro, o PCP cen­trou os seus es­for­ços em con­ser­var as con­quis­tas de abril e de­fendê-las ante as ofen­si­vas da di­reita e do PS. Para O par­tido con­so­li­dou a sua es­tru­tura organizativa

Quando a URSS aba­lava e os par­ti­dos co­mu­nis­tas de­sa­pa­re­ciam ou se trans­fi­gu­ra­vam, o PCP com­pre­en­deu que nom ga­nha­ria apoios dou­tras clas­ses so­ci­ais aban­do­nando a sua es­treita vin­cu­la­çom com a classe ope­rá­ria in­dus­trial e o pro­le­ta­ri­ado ru­ral. E de­ci­diu per­ma­ne­cer fiel aos seus tra­di­ci­o­nais apoios… justo no mo­mento em que as po­lí­ti­cas de de­sin­dus­tri­a­li­za­çom da UE e a PAC pro­vo­ca­vam o de­valo da in­dus­tria por­tu­guesa e a agri­cul­tura no Alentejo com as suas se­que­las de emi­gra­çom e aban­dono. A base elei­to­ral do PCP vai fi­cando as­sim cada vez mais en­ve­lhe­cida e en­fra­que­cida, re­du­zida aos dis­tri­tos do sul.

A úl­tima luita

Para quem co­nhe­cer as pai­sa­gens do Alentejo se­rám-lhe fa­mi­li­a­res as suas cen­te­ná­rias azi­nhei­ras. Abrasadas polo sol e mil ve­zes des­cor­ti­ça­das,  al­gumhas pa­re­cem cair aos pe­da­ços, com as raí­zes de fora, quase que ro­tas. Porém, es­sas ve­lhas azi­nhei­ras que vi­ram cair o la­ti­fún­dio da ser­vi­dume e a fome, pola força de ho­mens e mu­lhe­res sem pro­pri­e­da­des, al­ça­dos do chao, con­ti­nuam de pé, for­te­mente li­ga­das à terra das pla­ní­cies alen­te­ja­nas. Essa se­me­lha ser a ima­gem do PCP, a dumha azi­nheira cen­te­ná­ria, in­des­tru­tí­vel, en­ve­lhe­cida e re­tor­cida, ele­mento in­subs­ti­tuí­vel da pai­sa­gem que com as suas ra­mas es­tor­de­ga­das in­tenta pa­rar o  vento ad­verso da his­tó­ria. Mais por muito que por toda a parte se anun­cie a ené­sima morte do ve­lho par­tido, os mi­li­tan­tes co­mu­nis­tas vol­ta­rám à tarefa.

O último de A terra treme

As verdades de Israel

Desde 1948, a ocupação israelita conseguiu normalizar grande parte do seu ideário
Ir Acima