Nos últimos meses fôrom muitas as comarcas do país que tivérom que começar a se organizar para frenar um projeto eólico no seu território. Um dia aparece em exposiçom pública o início da tramitaçom ambiental de um parque eólico e aí começam as alegaçons, a procura de informaçom e a deteçom das armadilhas que as promotoras introduzem nos seus planos.
Graças à legislaçom que a Junta da Galiza desenhou à medida das empresas, a exploraçom de energia eólica no nosso país avança sem planificaçom e baixo a total iniciativa das grandes empresas energéticas. As mesmas macro-empresas que já som donas da maioria dos parques eólicos instalados e para as que as “energias verdes” som apenas um negócio.
Galiza nom precisa de mais eólicos para abastecer-se de eletricidade. Ainda que no balanço energético geral o nosso país apresenta dependência do petróleo, o consumo elétrico galego poderia cubrir-se com a eletricidade gerada no próprio país só com aproveitamentos renováveis. Os projetos eólicos que estám a cair nos nossos montes nom respondem a outra cousa que aos interesses das grandes empresas.
A atual vaga de projetos eólicos responde a umha nova fase do capital acumulador e depredador, umha espécie de colonizaçom energética com graves impactos ambientais, económicos e sociais. Com umha administraçom disposta a erguer umha ponte de prata para a entrada do capital especulativo no aproveitamento dos recursos naturais, a defesa dos nossos montes e de umha vida digna no rural fica nas maos da própria vizinhança e dos coletivos sociais mais comprometidos com o país. Frenar esta nova vaga de parques eólicos é um passo indispensável para a construçom de um rural vivo e também umha vitória necessária perante o capitalismo das macro-empresas e os grandes fundos de investimento.