
No primeiro trimestre deste ano as cifras de mortes nos postos de trabalho dispararóm-se. É certo que a maioria dessas mortes venhem do naufrágio do ‘Vila de Pitanxo’, mas mesmo descontando-as o número de vítimas mortais é maior do que o ano passado. Ademais, no nosso país há umha maior incidência de acidentes mortais do que no resto do Estado, o que indica que na Galiza padecemos umha série de problemas estruturais que ponhem em risco as vidas das pessoas trabalhadoras. O problema fundamental é que o poder no nosso país ocupam-no as oligarquias empresariais e o seu braço político, com nulo interesse na segurança e a saúde da classe trabalhadora. Ademais, segundo tenhem denunciado fontes sindicais, a pandemia nom ajudou em nada ao bem-estar das trabalhadoras, pois enquanto se instalavam medidas de controle epidemiológico outros âmbitos de prevençom fôrom esquecidos.
A segurança e a saúde laboral tenhem sido campo de atuaçom e denúncia das organizaçons obreiras, pondo o foco na responsabilidade das empresas e luitando por serem reconhecidas como doenças ocupacionais muitas enfermidades provocadas polo desempenho do trabalho e as más condiçons associadas. Para o empresariado, os corpos da classe trabalhadora usam-se, exploram-se e quando deixam de ser úteis desbotam-se. Nom entram nos seus esquemas nem direitos nem bem-estar, e quando mais barato seja o processo melhor. As mortes nos postos de trabalho, que ocasionalmente os meios de comunicaçom hegemónicos recolhem, som a parte mais doorosa e trágica desta luita de classes ainda presente.