
Rogelio Santos Queiruga é marinheiro desde os 18 anos. Dedicado ao mar porque é “a profissom da sua família desde sempre”, foi um professor do bacharelato para adultos, Xabier López Marqués, quem o animou a começar nas redes sociais “pola forma em que se expressava e contava as cousas”. Agora mostra a todo aquele que queira as maravilhas do nosso mar.
Qual é o objetivo do que publicas?
Os marinheiros damos por sentado que todo o mundo conhece as atividades que fazemos e as espécies que capturamos porque convivemos a diário com elas, mas nom é assim. Existe um total desconhecimento do mundo do mar até nas cousas mais singelas que, ao mesmo tempo, som chulíssimas, dignas de ser contadas. Por isso decidim explicá-las. Muitas vezes uso a frase de “isto nom vai para os marinheiros, vai para o resto de pessoas”.
Por outro lado, acho que está bem que os marinheiros nos queixemos das cousas que se fam mal ou das cousas que nos prejudicam, e penso que para isso é fundamental facê-lo dando exemplo. Se realmente queremos que as pessoas, os governos e as instituiçons fagam as cousas bem, temo-lo que fazer nós também. Para mim nom há nada mais inspirador do que um marinheiro que devolve as centolas ou lumbrigantes ovados ao mar, as raias protegidas, os peixes que nom tenhem o tamanho… Principalmente, porque nunca existiu umha normativa tam estrita, nem um cumprimento dela tam alto. As normas —criadas em base à comunidade científica galega— som importantes porque, se nom existiram, já nom teríamos nada que pescar.
Com a situaçom ambiental atual, é mais importante do que nunca ensinar?
Nom som mui velho, mas levo 25 anos trabalhando no mar, e em todo este tempo pudem ver a evoluçom que se produziu nele. Se agora é produtivo, há 30 ou 50 anos tinha o triple de vida, tanto em quantidade como em diversidade. As atividades pesqueiras extrativas contribuírom a que as galegas e galegos viveram melhor. Porém, no mar houvo e há também umha sobreexploraçom. Agora estamos num momento em que, se queremos que as geraçons futuras podam seguir desfrutando e dedicando-se ao mar, há que cuidá-lo e cumprir as normas.
Que é o melhor de estar nas redes?
Aprendo muito. De facto, para mim o mais motivador é ver que a gente lhe preocupa o cuidado do mar. As minhas publicaçons som bonitas, sobretodo, porque som espontâneas, mas é muito mais maravilhosa a resposta da gente, porque demonstra que se preocupa e desmente a ideia de que a ninguém lhe importe o nosso meio. Eu amo o meu sector e penso que o que publico tem um efeito positivo nele porque o dignifica e anima outros companheiros —e também gente que nom é marinheira— a ver que temos motivos para proteger o mar.