O rugby feminino, vendo como se desenvolve a liga galega, parece ter claro que como anos atrás ficará em pé além da tormenta da crise da covid. É preciso lembrar que este é um desporto amador, umha liga composta por jogadoras que semelham estar dispostas a superar a trovoada com cooperaçom, como sempre figérom.
O rugby feminino nom viu outra cousa que o seu crescimento na última década. Nom temos dados a nível nacional, mas sim a nível estatal e estes refletem um aumento do 20% de jogadoras a cada ano. Tal foi o seu crescimento que se criou umha nova divisom: a liga de honra B.
Temos na atualidade três divisons e nas três existem (até este ano) equipas do país. A liga Iberdrola e a liga de honra B, no nível estatal, e a liga galega. A liga galega em 2019 tinha cinco equipas de rugby: Coreti Lalín, Campus Universitário de Ourense, Kaleido Universidade de Vigo, Santiago R.C. e o Muralla R. C.
‘Abellonas’ (alcume das jogadoras de Coreti Lalín) é a única das equipas que nom pertence a umha urbe. Contam com a honra de manter-se em pé desde o ano 2000 e em 2016/17 lográrom jogar a fase de ascenso à liga de honra B depois de ficar segundas na competiçom galega.
Outra equipa que leva anos na competiçom, dede a temporada 91/92, é a Kaleido Universidade de Vigo. As mulheres de Vigo competírom sempre sem combinar com outra equipa e chegando ao mais alto da tabela em diferentes anos.
Equipas que unem forças
Muitas das equipas que hoje concorrem por separado tenhem juntado forças com outras equipas para desputar os jogos. Assim, Santiago R.C. competiu da mao de Vilagarcia em 2014, no primeiro ano que voltaram à competiçom, e anos mais tarde fôrom junto com Ferrol, em 2017.
O Muralla uniu-se com Ourense em 2018, e em 2019 chegou a um acordo com o Crat Coruña B para concorrer juntas na liga galega. O Muralha é umha equipa que retomou a sua atividade em 2012 e que em 2016 já jogaram a fase de ascenso. Nom seria até o ano 2019 que conseguírom ascender à liga de honra e manter a praça.
Neste nível, nom só competírom junto com o Crat B da Corunha, se nom que chamárom jogadoras de toda a liga galega para unirem-se ao seu projeto, conformando umha espécie de seleçom galega e concorrendo com ela a nível estatal.
O Crat, a equipa da Corunha, conta com duas equipas: Crat Residência Rialta e o Crat B. O Residência Rialta é um referente no nosso país, leva anos mantendo a permanência e com um palmarés sensacional, sendo campioas na temporada 2014/2015 e mais na 2018/2019 da liga Iberdrola.
O que aconteceu depois da covid?
A competiçom deste ano deixou estragos, como em todos os desportos, mas também um forte afám de superaçom. Como sabemos, em 2020 fechárom todas as ligas regionais. Portanto, só voltou a competir a Liga de Honra B e a Iberdrola.
Na liga Iberdrola, nom muda muito o conto. O Crat Residência Rialta segue a ser umha das equipas mais fortes da competiçom. Neste ano som três as jogadoras convocadas pola seleçom estatal: Paula Medin, Mónica Castelo e Paula Requena.
O Muralla, depois de um enorme esforço, viu-se na obrigaçom de renunciar ao seu posto na Honra B. Mesmo assim, nom se perdeu por completo esta ‘seleçom galega’. Cedeu-se a vaga ao Pontevedra R. C., mas fôrom jogadoras de todas as equipas as que mantivérom viva a única equipa do país a jogar na divisom de honra.
Como dizia o segundo adestrador, Rubén Sanmartín, ao ser entrevistado polo jornal digital As nosas: “Criamos um plano de trabalho com outros clubes. Nom fichamos, por assim dizê-lo, nengumha jogadora. Nós a nível Galiza propugemos a nossa equipa como sé e convidamos todas as moças com um nível alto para jogar rugby”.
Este é o motivo polo que quando voltou a liga galega as equipas que ficaram do ano anterior foram ‘Abellonas’, Vigo, Ourense e Santiago. Porém, o Muralla nom participa neste ano, no seu lugar podemos encontrar a equipa de Ponte Vedra e o Crat Corunha B. Ainda falta por definir um encontro, mas até o momento o Crat vai em cabeça, seguido de Ourense.
Mudanças na Liga Galega
Polo momento a liga galega está ainda em andamento. O formato mudou, com umha nova divisom territorial em norte e sul. Fica logo em dous grupos: o primeiro composto polo Crat B, Coreti Lalín e Santiago como Norte; e no segundo Ourense, Vigo e Ponte Vedra como sul. Assim rematar esta primeira volta por grupos chegará a seguinte fase onde participam todas elas.
Ademais, mudárom muitas normas do próprio desporto e fôrom introduzidas as máscaras no campo, o que nom é pouco tendo em conta que as jogadoras também levam bucal protetor. Nas normas achamos com modificaçons nos mauls: a árbitra marca o ruck, a primeira equipa que limpe o ruck (com a perna) já ganha sen contra-ruck. Por outra banda, menos melées salvo em casos como o passe adiantado, que é melée pactuada, e na linha de cinco, que é com empuxe. Ademais, se algumha equipa por mor da pandemia nom chega ao mínimo no campo, fai-se um encontro com menos jogadoras.
Entre outras normas pode-se ver um achegamento do rugby 15 ao rugby 7 fazendo mais dinâmico e perdendo contato. A alternativa pretende reduzir ao mínimo a possibilidade de contágios dentro da competiçom e implicar menos deslocamentos.
Na liga de Honra o Ponte Vedra com as Irmandinhas nom conseguiu manter a vaga de posiçom, mas sabemos que Galiza nom tardará em ter um oco de novo e que o Muralla voltará tam forte como sempre à liga galega.
Na Liga Galega às vezes passa desapercebido o esforço dedicado a tarefas como a procura do financiamento, a manutençom do campo (que muitas vezes também cai nas jogadoras) ou ajudar na canteira
A nível de base, é importante salientar que na Liga Galega às vezes passa desapercebido o esforço, e merece o seu reconhecimento. Um trabalho que nom só fica evidenciado na clasificaçom, está também na procura do financiamento, na manutençom do campo (que muitas vezes também cai nas jogadoras), na planificaçom, na procura de hora para colaborar com o teu clube, ajudar na canteira… Ademais, o rugby feminino sempre está ao tanto da captaçom de novas jogadoras, somado a que muitas das jogadoras (como noutros desportos) nom poidam competir por questons pessoais relacionadas com a covid.
O conjunto da liga galega pode estar feliz e sentir orgulho do trabalho realizado polas suas integrantes. Olhar para 2020 e para o nosso rugby provoca um sentimento de superaçom para além dos impedimentos encontrados neste ano. Estas jogadoras já estavam afeitas de antes a refazer, a combinarem-se e reinventar-se e, em definitivo, a sacar para adiante a Liga Galega.