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Estava na hora fazer um álbum do futebol feminino”

por
Ubaldo Cerqueiro res­pon­sá­vel do jor­nal ‘Que pasa na Costa’

Ubaldo Cerqueiro é parte do diário digital ‘Que pasa na Costa’, um jornal que leva desde 2007 na rede, dando informaçom no dia a dia da comarca da Costa da Morte. Para além disso, em dezembro de 2021 fôrom responsáveis, junto com a empresa Sportcrom e a colaboraçom da jornalista Rocío Candal da publicaçom do primeiro álbum de cromos de futebol feminino galego.

Conta-nos, de onde vem a ideia do álbum? 

Pois le­va­mos anos fa­zendo pro­je­tos pa­ra­le­los ao tra­ba­lho mais jor­na­lís­tico, no­me­a­da­mente li­ga­dos com o fu­te­bol da Costa. Com o tempo re­pa­ra­mos em que aquí cum­pria um pa­pel de agente so­cial, que dá sen­tido à co­marca in­teira, mais do que um des­porto. Começamos a fa­zer um se­gui­mento des­por­tivo mas tam­bém or­ga­ni­za­mos dis­tin­tos pro­je­tos como ga­las em que en­tre­ga­mos umha sé­rie de pré­mios ou a edi­çom de ál­buns, dos quais le­va­mos já qua­tro desde 2013, até agora mais cen­tra­dos no fu­te­bol mo­desto, no fu­te­bol base… Todos eles fô­rom muito ino­va­do­res, era a pri­meira vez que se fa­ziam cro­mos das ca­te­go­rias mo­des­tas. Daquela foi um su­cesso ro­tundo e re­pe­ti­mos nos dous anos se­guin­tes in­cluindo já al­gumhas equi­pas femininas. 

Houvo um per­curso an­tes de apa­re­cer este úl­timo, logo. Houvo, sim. 

O ano pas­sado fi­ge­mos um de fu­te­bol base e foi ou­tra re­vo­lu­çom na co­marca, a ra­pa­zi­ada vendo-se no ál­bum como os seus ído­los e à vez co­nhe­ciam os ri­vais e tor­na­vam com­pa­nhei­ros. Foi nessa tem­po­rada que de­ci­di­mos dar um salto e pen­sa­mos que es­tava na hora fa­zer um ál­bum do fu­te­bol fe­mi­nino. O pri­meiro! Seiscentas jo­ga­do­ras das di­fe­ren­tes li­gas, ade­mais das ár­bi­tras. Tivemos toda a ajuda pos­sí­vel do Dépor Abanca, que se pres­tou mui­tís­simo. Metemos to­das as equi­pas de ‘pri­meira na­ci­o­nal’, ‘pri­meira ga­lega’ e as de fu­te­bol base do fu­te­bol da Costa da Morte. Decidimos con­ta­tar com Rocío Candal para de­sen­vol­ver todo isto, que é top nesse mundo e ela fi­cou en­can­tada de par­ti­ci­par como umha mais e abriu-nos mui­tas por­tas. É umha pro­fis­si­o­nal in­crí­vel. Graças a isso, a mui­tas ho­ras de tra­ba­lho e mui­tas cha­ma­das e co­la­bo­ra­çons dos clu­bes con­se­gui­mos de­pois de me­ses o resultado. 

Como fa­ze­des à hora de distribuir?

Para a dis­tri­bui­çom fi­ge­mos umha gala na Corunha, com ajuda do Concelho, e con­vi­da­mos as equi­pas a re­co­lher ma­te­rial para eles dis­tri­buí­rem da sua conta, le­vando umha parte dos be­ne­fí­cios. Há tam­bém al­guns qui­os­ques como pon­tos de venda e a aco­lhida está a ser bru­tal, te­mos con­ti­nu­a­mente que ir re­por por­que se aca­bam as exis­tên­cias. Houvo mui­tís­sima im­pli­ca­çom na co­mu­ni­dade do des­porto base e mesmo tam­bém a ní­vel de ad­mi­nis­tra­çons pú­bli­cas. Botamos em falta mais ajuda da Federaçom Galega, mas nom passa polo me­lhor mo­mento eco­nó­mico. A ní­vel em­pre­sa­rial, de pa­tro­cí­nios, le­va­mos umha sur­presa. Nom se in­te­res­sá­rom nem o mais mí­nimo e me­nos­pre­zá­rom to­tal­mente o pro­jeto por ser de fu­te­bol fe­mi­nino, e há que dizê-lo assim.

Como mo­di­fi­cam es­tes pro­je­tos as ex­pe­ta­ti­vas das mais novas? 

Nós ve­mos que as pró­prias ra­pa­ri­gas já te­nhem os seus re­fe­ren­tes fe­mi­ni­nos. No ál­bum há tam­bém umha sec­çom de ‘es­tre­las’, mu­lhe­res que es­tám a triun­far no fu­te­bol in­ter­na­ci­o­nal, e quando fi­ge­mos a gala al­gumhas ra­pa­ri­gas di­ziam-nos que isto es­tava aju­dando a ter es­ses re­fe­ren­tes que an­tes nom apa­re­ciam nengures.

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