Administraçons, estabelecimentos hoteleiros e demais sectores interessados no turismo nom querem já que este fique apenas como umha experiência estival. Nos últimos anos comecárom a surgir vozes que reclamam umha ‘desestacionalizaçom’ do turismo, já for como alternativa a um turismo concentrado nuns lugares e tempos determinados ou como umha forma de ampliar ao longo do ano umha série de negócios que com a queda das folhas tem que fechar as suas portas.
Seja qual for o motivo, termos como ‘desestacionalizaçom’ nom questionam as transformaçons e as exclusons que a chegada maciça de turistas estám a provocar, aceitando assim que a indústria turística é um piar fundamental na vida do lugar. Entre os efeitos podem contar-se a exclusom de comércios e formas de vida locais, a desapariçom da língua galega do espaço público, a especulaçom urbanística ou a dependência económica de um sector como o da hotelaria, com altas taxas de precariedade e discriminaçom por género.
Outro efeito é a mercantilizaçom, cada vez maior das nossas vidas e os nossos espaços. Um exemplo disto som plataformas como AirBnB, através das quais podemos pôr os nossos quartos e as nossas cozinhas à disposiçom da indústria turística. Há uns anos estas plataformas pretendiam fazer-se ver como iniciativas de umha economia colaborativa mas o passo de tempo desvendou-nas como um movimento do próprio mercado imobiliário para incrementar a capacidade de alojamento com o que dar resposta a umha demanda turística que se encontra atingindo máximos históricos.
Mas, como todo, dos movimentos sociais e o ativismo também se nos fam presentes as contradiçons, especialmente no caso dumha indústria como a turística da qual podemos estar a formar parte nos nossos tempos de lazer. É possível realizar viagens sem cairmos no caráter consumista do turismo? Quando vamos a um lugar somos cientes do impactos que tenhem as nossas visitas e pensamos em como minimizá-las? Comportamo-nos como turistas quando visitamos concelhos ou bairros vizinhos? Talvez haja que tentar que a consciência social e ecológica nunca marche de férias.