Durante centos de anos, as grandes potencias imperialistas europeias expoliárom, sobretudo, o continente africano e o sul da América. Massacrárom o território roubando os seus recursos naturais e condenando os povos destes países à morte, misseria ou éxodo. Nessa estratagema, os imperialistas financiárom regimes reacionários e impulsárom ditaduras como a que hoje atravessa Honduras.
O racismo e a xenofobia ficam atravessadas por esse afám de colonizaçom que vê nas migradas mao de obra barata que explorar e nom pessoas sujeitas de direitos. Por isso, a anulaçom das leis anti-imigratórias, a luita contra os CIEs e todas as formas de opressom contra as migradas também constitúem um compromisso para as nativas dos países da Europa.
Estar oprimidas nom nos resta capacidade de serem opressoras e, como brancas, temos essa responsabilidade de desenvolver com nós mesmas um trabalho decolonial e antirracista para nom repeter estruturas de opressom sobre companheiras.
As políticas de fronteiras da Uniom Europeia venhem fomentando um racismo nas classes populares que vai contra os própios interesses destas classes, pretendendo colocar um sujeito por baixo para poder perpetuar a lógica da dominaçom. Para evitar qualquer lógica de dominaçom é imprescindível construir umha horizontalidade radical, desde onde podemos apreender e perceber os reflexos das luitas de outras latitudes, como as luitas contra os feminicídios em América Latina, especialmente em Argentina onde o movimento Ni una Menos foi motor da greve internacional do 8 de março.
A melhor forma de defender os nossos direitos é assegurar os direitos das outras.