Periódico galego de informaçom crítica

Migraçons e racismo

por
Gabriella Barouch

Durante cen­tos de anos, as gran­des po­ten­cias im­pe­ri­a­lis­tas eu­ro­peias ex­po­liá­rom, so­bre­tudo, o con­ti­nente afri­cano e o sul da América. Massacrárom o ter­ri­tó­rio rou­bando os seus re­cur­sos na­tu­rais e con­de­nando os po­vos des­tes paí­ses à morte, mis­se­ria ou éxodo. Nessa es­tra­ta­gema, os im­pe­ri­a­lis­tas fi­nan­ciá­rom re­gi­mes re­a­ci­o­ná­rios e im­pul­sá­rom di­ta­du­ras como a que hoje atra­vessa Honduras.

O ra­cismo e a xe­no­fo­bia fi­cam atra­ves­sa­das por esse afám de co­lo­ni­za­çom que vê nas mi­gra­das mao de obra ba­rata que ex­plo­rar e nom pes­soas su­jei­tas de di­rei­tos. Por isso, a anu­la­çom das leis anti-imi­gra­tó­rias, a luita con­tra os CIEs e to­das as for­mas de opres­som con­tra as mi­gra­das tam­bém cons­ti­túem um com­pro­misso para as na­ti­vas dos paí­ses da Europa.

Estar opri­mi­das nom nos resta ca­pa­ci­dade de se­rem opres­so­ras e, como bran­cas, te­mos essa res­pon­sa­bi­li­dade de de­sen­vol­ver com nós mes­mas um tra­ba­lho de­co­lo­nial e an­tir­ra­cista para nom re­pe­ter es­tru­tu­ras de opres­som so­bre companheiras.

As po­lí­ti­cas de fron­tei­ras da Uniom Europeia ve­nhem fo­men­tando um ra­cismo nas clas­ses po­pu­la­res que vai con­tra os pró­pios in­te­res­ses des­tas clas­ses, pre­ten­dendo co­lo­car um su­jeito por baixo para po­der per­pe­tuar a ló­gica da do­mi­na­çom. Para evi­tar qual­quer ló­gica de do­mi­na­çom é im­pres­cin­dí­vel cons­truir umha ho­ri­zon­ta­li­dade ra­di­cal, desde onde po­de­mos apre­en­der e per­ce­ber os re­fle­xos das lui­tas de ou­tras la­ti­tu­des, como as lui­tas con­tra os fe­mi­ni­cí­dios em América Latina, es­pe­ci­al­mente em Argentina onde o mo­vi­mento Ni una Menos foi mo­tor da greve in­ter­na­ci­o­nal do 8 de março.

A me­lhor forma de de­fen­der os nos­sos di­rei­tos é as­se­gu­rar os di­rei­tos das outras.

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