Periódico galego de informaçom crítica

Ferrolterra, contra o vento e a nostalgia

por
pa­blo santiago

As comarcas do Eume, Ortegal e Ferrolterra levam anos a esvaziarem-se perante a ausência de alternativas sustentáveis e o declive dumha indústria cada vez mais efémera.

Umha vez, po­nha­mos que há muito tempo, umha mes­tra saiu ca­mi­nhar com um apren­diz du­rante um ano. Ao pas­sar numha al­deia, um dos pri­mei­ros dias, a mes­tra pa­rou em frente dumha casa. A ca­si­nha es­tava em meio dumha leira gi­gante e era a única onde ha­via umha vaca. Estava muito ma­gra e ti­nha uns te­tos tam cheios que quase to­ca­vam na erva. A mes­tra pou­sou o seu saco e foi com a vaca. Sem di­zer nada, sa­cou do peto um cui­telo, aca­ri­nhou a vaca, cor­tou-lhe o pes­coço e vol­veu. O seu com­pa­nheiro de vi­a­gem nom en­ten­deu, tam­pouco per­gun­tou. E se­guí­rom a vi­a­gem como se nada ti­vesse passado.

Algo as­sim tem sido o conto po­pu­lar da vaca fraca, que nem acon­tece em Ferrolterra nem tem nada a ver com a co­marca, além do sen­ti­mento da dona da vaca ao ver que o seu sus­tento mor­reu como mor­rem to­das as pro­pos­tas de fu­turo fei­tas na zona. 

Desemprego e despovoamento

Fernando Iglesias é de Cedeira, tem 53 anos e nom é umha per­so­na­gem de ne­nhuma his­tó­ria. Começou a tra­ba­lhar na pesca cos­teira nos anos 80: “Acompanhava o meu pai ao mar, de­pois fum para o Grande Sol, e nom me lem­bro de umha si­tu­a­çom como esta na co­marca. Também es­tive nos es­ta­lei­ros e pas­sei anos a tra­ba­lhar nas ca­bi­nes de pin­tura da Gamesa. Demitírom-me em março”. Fernando está a fa­lar do ERE da Siemens-Gamesa nas Somozas que dei­xou cen­te­nas na rua, o que tam­bém se pas­sou com a Galicia Textil em Neda, exem­plos com me­nos sona do que o caso da tér­mi­cas das Ponte ou da Alcoa, en­cer­ra­das, ou da pouca carga de tra­ba­lho da Navantia. 

Som de­ze­nas de mi­lha­res de pes­soas que, como Fernando, per­dê­rom o em­prego e nom te­nhem res­pos­tas além das pro­mes­sas de curto prazo: “No fi­nal, aca­bas por ver tudo cair e por te per­gun­tar: o que fago agora? Acabas deprimido”.

Iolanda Teixeiro é umha ati­vista de­cres­cen­tista e pro­fes­sora de ioga em Ferrol, a urbe coa taxa de de­sem­prego mais alta do país: “A ci­dade ainda está trau­ma­ti­zada, aqui foi caindo todo e o es­tado nunca aju­dou nem com­pen­sou em nada”. Iago Pérez tem 26 anos, tam­bém é de­cres­cen­tista e par­ti­lha esta crí­tica: “Ferrol sem­pre vi­veu ao ca­pri­cho do es­tado, seja com os es­ta­lei­ros ou com a Marina, e desde que isso foi a me­nos a gente nova es­capa”. Desde o ano 2010, a co­marca de Ferrol per­deu mais de 11.182 pes­soas e a do Eume, 2.496. A de Ortegal per­deu o 45% da sua po­pu­la­çom desde 1981.

Desde o ano 2010, a co­marca de Ferrol per­deu mais de 11.182 pes­soas e a do Eume, 2.496. A de Ortegal per­deu o 45% da sua po­pu­la­çom desde 1981

O des­po­vo­a­mento do ru­ral e o des­man­te­la­mento pro­du­tivo in­dus­trial ex­plica a mag­ni­tude dos da­dos. A pre­ca­ri­e­dade é ou­tra das cau­sas, tam­bém no mar. Fernando Iglesias ex­plica que já nom há pesca: “Antes a bai­xura dava para muita gente, mas já nom se pesca por­que nom é ren­tá­vel. E na al­tura, os co­le­gas di­zem que é in­su­por­tá­vel; umha tor­tura mesmo. Os no­vos pa­trons obri­gam a tra­ba­lhar to­dos os dias, dor­mindo qua­tro ho­ras”. Iago tem a pers­pe­tiva da se­guinte ge­ra­çom, aquela que foi con­si­de­rada ser a mais pre­pa­rada da his­tó­ria: “Na crise de 2008 di­ziam-nos para irmo-nos para Madrid ou para a Europa. Muita gente saiu, mas isso nom é mais viá­vel por­que o alu­guer é muito caro e a com­pe­ti­çom en­tre to­dos é acir­rada, e sem­pre em baixa”. Em terra nom há mais tra­ba­lho do que na in­dús­tria, e já nom há nem nesta. Nas Somozas, Fernando ex­plica que “tudo está va­zio” e nas Pontes, as pes­soas “vi­vem das reformas”.

Além da indústria

Em face do de­clí­nio da in­dús­tria “tra­di­ci­o­nal” na área, a res­posta po­lí­tica, sin­di­cal e da co­mu­ni­ca­çom so­cial do­mi­nante tem umha ori­en­ta­çom clara: fai falta é mais in­dús­tria. Nesta vi­som há umha com­po­nente ge­ra­ci­o­nal, como ex­plica Iolanda Teixeiro: “Em Ferrol houvo bas­tante ri­queza e a classe ope­rá­ria es­tava na van­guarda, e com todo isso há umha es­pé­cie de nos­tal­gia, de que nom vai mais vol­tar”. Para Iago Pérez, há um claro cam­bio de ima­gi­ná­rio e umha fra­tura ge­ra­ci­o­nal: “Nom há essa bo­nança, nem esse tra­ba­lho que ti­nham as clas­ses bai­xas e al­tas. E o pior nom é a perda da in­dús­tria, mas o facto de essa que­bra ge­ra­ci­o­nal ter sido to­tal na hora de trans­mi­tir conhecimentos”.

Para Fernando Iglesias, tra­ba­lha­dor du­rante anos na Gamesa e das au­xi­li­a­res nos es­ta­lei­ros, as in­dús­trias che­ga­das nos úl­ti­mos anos es­ta­vam ob­so­le­tas: “Nom vejo qual­quer sen­tido a todo o sa­ri­lho à volta dos es­ta­lei­ros de Ferrol ou das Pontes”. Explica Fernando que quando a Siemens ab­sor­veu a Gamesa, a em­presa tor­nou-se ob­so­leta muito rá­pido: “Por exem­plo, as pás dos eó­li­cos con­ti­nuam a cres­cer e aqui era im­pos­sí­vel trans­portá-las polo ta­ma­nho que ti­nham; ba­tiam nos pos­tes e nas ca­sas. Nom fa­zia sen­tido onde es­tava mon­tada a área de pro­du­çom e como es­tas cou­sas, há mui­tas mais”.

Dada a des­trui­çom, im­porta per­gun­tarmo-nos se esta in­dús­tria é a única op­çom. Em maio, a Junta en­vi­ava ao go­verno es­ta­tal umha pro­posta para um Pacto por Ferrol no que se in­cluía a di­ver­si­fi­ca­çom da Navantia para as re­no­vá­veis, o apro­vei­ta­mento da costa para eó­lica ma­ri­nha ou a re­a­bi­li­ta­çom da ci­dade ve­lha em Ferrol. As res­pos­tas fô­rom di­ver­sas: Ana Pontón considerou‑a umha fraude por nom cons­tar dumha do­ta­çom eco­nó­mica e a CIG classificou‑a como “pro­pa­ganda”. Para o PSOE, umha “carta aos Reis Magos” para a que pe­diam con­cre­çom para rein­dus­tri­a­li­zar a zona. Sempre com nu­an­ces, a rein­dus­tri­a­li­za­çom é a cons­tante que se re­pete em to­dos os argumentários. 

As gran­des em­pre­sas do sa­queio es­cu­tam e atuam: em ju­lho, a Reganosa e a por­tu­guesa, com ca­pi­tal chi­nês, EDP, anun­ci­a­vam umha pro­posta dum pro­jeto que in­cluía umha pe­quena bar­ra­gem e qua­tro gran­des par­ques eó­li­cos para a ela­bo­ra­çom de hi­dro­gé­nio. Também li­gado a par­ques eó­li­cos, a Endesa, a Naturgy e a Iberdrola apre­sen­tá­rom pro­je­tos ou ma­ni­fes­tá­rom a in­ten­çom de cons­truir cen­trais para este gás. Para além da cor­rida polo hi­dro­gé­nio verde na co­marca, a Endesa apre­sen­tou um pro­jeto de ma­cro­eu­ca­lip­tal que ocu­pa­ria 540 hec­ta­res, já pen­dente da ava­li­a­çom am­bi­en­tal da Junta. Quanto ao em­prego, e a exem­plo da pro­posta de Reganosa, pro­me­tem a cri­a­çom de 7 mil em­pre­gos in­di­re­tos e 400 quando já es­ti­ver em ope­ra­çom. Segundo a Reganosa, a in­ten­çom da em­presa é “con­ver­ter Ferrolterra na ca­pi­tal da ener­gia verde”, mesma li­nha ar­gu­men­tal do resto das com­pa­nhias. Claro, sem­pre su­jei­tas a fi­nan­ci­a­mento europeu.

As gran­des em­pre­sas do sa­queio es­cui­tam e atuam: em ju­lho, a Reganosa e a por­tu­guesa, com ca­pi­tal chi­nês, EDP, anun­ci­a­vam umha pro­posta dum pro­jeto que in­cluía umha pe­quena bar­ra­gem e qua­tro gran­des par­ques eó­li­cos para a ela­bo­ra­çom de hidrogénio

As em­pre­sas apro­vei­tá­rom as cir­cuns­tán­cias e re­cor­rê­rom a fun­dos eu­ro­peus em massa para a re­cons­tru­çom por causa da pan­de­mia. O exem­plo mais fa­moso de par­ti­ci­pa­çom pú­blica é o es­ta­be­le­ci­mento de umha em­presa en­tre a Junta da Galiza (40%), Abanca (38%), Sogama (10%) e Reganosa (12%), para in­ves­tir sob esta ideia de “eco­no­mia verde e cir­cu­lar”. Para Iolanda Teixeiro, esta op­çom, na te­o­ria mais sus­ten­tá­vel, nom muda nada: “Reconstruir para con­ti­nuar a pro­du­zir do mesmo jeito”. Iago Pérez considera‑o “umha to­tal perda de tempo”. A pro­posta do go­verno ga­lego para os fun­dos eu­ro­peus in­clui 354 pro­je­tos (mais de umha cen­tena de­les, pri­va­dos) e um in­ves­ti­mento de 20 mil mi­lhões de eu­ros, que vol­ta­ria a des­ti­nar-se a gran­des projetos.

Um olhar decrecentista

Iolanda Teixeiro fai parte da Rede Galega de Decrecemento e tem a cer­teza de que o fu­turo re­side numha mu­dança ra­di­cal de pa­ra­digma: “Defendemos a re­du­çom, ao con­trá­rio das ou­tras es­quer­das, como o BNG ou a mai­o­ria dos sec­to­res sin­di­cais. Eles nom o de­fen­dem por­que nom se tra­duz em ré­di­tos elei­to­rais e nin­guém gosta de di­zer “se ca­lhar nom vais po­der tro­car o carro a cada 5 anos, em­bora te­nhas massa”. Isto tam­bém nom é viá­vel para o pla­neta e leva à perda, por exem­plo, de em­pre­gos na Citröen. As trans­na­ci­o­nais di­ri­gem tudo e es­ta­mos pre­sas a isso até por­que tudo foi cons­truído à volta de­las. Na Marinha, com o tema Alcoa, o dis­curso de­cres­cen­tista pode nom ser po­pu­lar; fai sen­tido”. Teixeiro re­corda a com­ple­xi­dade do de­bate, que já ten­tara in­tro­du­zir quando se apre­sen­tara com o par­tido eco­fe­mi­nista LiGanDo nas elei­çons au­tár­qui­cas em Ferrol: “O de­bate foi sem­pre di­ri­gido pola co­mu­ni­ca­çom so­cial a apos­tar nuns es­ta­lei­ros 4.0 (trans­for­ma­çom di­gi­tal no sec­tor na­val), da­dos de em­prego, pro­du­ti­vismo, essa treta toda. E tudo de fora, nada que va­lo­rize o local”.

Iolanda Teixeiro: “Ferrol ainda está trau­ma­ti­zada, tudo caiu aqui e o es­tado nunca aju­dou ou com­pen­sou em nada”

Fernando Iglesias tam­bém é mem­bro da re­vista de in­for­ma­çom Ollaparo, e ex­plica que má­lia a si­tu­a­çom crí­tica, nom es­tám a apa­re­cer al­ter­na­ti­vas de ne­nhum tipo: “Falam de tran­si­çom ener­gé­tica, mas o ve­lho vai mor­rendo e nom apa­rece nada novo. Se ainda hou­vesse umha in­dús­tria de com­po­nen­tes como o caso dos eó­li­cos, mas es­sas já es­tám a ir em­bora”. Fernando dá um exem­plo: “O mundo para o que va­mos re­quer umha in­dús­tria muito mais sus­ten­tá­vel; se os eó­li­cos fos­sem usa­dos para ali­men­tar umha quinta ou umha vila, se­riam mais bem com­pre­en­di­das do que es­ses ma­cro­pro­je­tos sem sen­tido. A mesma em­presa que fa­zia eó­li­cos aqui, agora está em Portugal e en­via es­ses com­po­nen­tes para os no­vos eó­li­cos a par­tir de lá para aqui, é umha trapalhada”. 

Fernando Iglesias, tra­ba­lha­dor: “No fi­nal, aca­bas por ver tudo cair e por te per­gun­tar: o que fago agora? Acabas deprimido”

Também in­ci­dem na ne­ces­si­dade de re­pen­sar o na­val. Teixeiro acre­dita que umha saída po­de­ria ser a cons­tru­çom ci­vil: “Porque nom fa­zer bar­cos oce­a­no­grá­fi­cos, de in­ves­ti­ga­çom ou de tu­rismo sus­ten­tá­vel? Nom po­de­mos se­guir com a teima da in­dús­tria mi­li­tar”. Fernando acres­centa: “Um es­ta­leiro ci­vil pode fa­zer muito mais do que na­vios, e a curto prazo é ne­ces­sá­rio por­que Ferrol pre­cisa ter al­gumha cousa do que vi­ver”. Para Iago Pérez, umha al­ter­na­tiva “bo­nita, mas di­fí­cil” é a re­cu­pe­ra­çom da ria, em­bora “es­teja com­pli­cado po­las in­dús­trias que há lá ins­ta­la­das. Temos que pen­sar muito a longo prazo”.

Pensar no rural

As pes­soas con­sul­ta­das coin­ci­dem na ne­ces­si­dade de mu­dar as po­lí­ti­cas em torno do ru­ral, pen­sar nos sec­to­res en­dó­ge­nos do país e olhar além dessa in­dús­tria: “nom fai qual­quer sen­tido nom exis­ti­rem me­di­das para tra­var a mi­gra­çom e as­sen­tar po­pu­la­çom no ru­ral”, ex­plica Fernando, quem con­si­dera o tu­rismo umha op­çom que nom acaba de fun­ci­o­nar: “nesta zona dá para 3 me­ses e sem re­cei­tas o resto de ano, isto acaba por mor­rer”. Iolanda está com­pro­me­tida com umha in­dús­tria lo­cal e sus­ten­tá­vel, “com em­pre­gos que nom vam de­sa­pa­re­cer ama­nhã”. Menciona, por exem­plo, o “pro­ces­sa­mento de pro­du­tos or­gâ­ni­cos” e an­te­cipa dous ce­ná­rios para o mo­mento ine­vi­tá­vel de es­go­ta­mento da ener­gia: “Ou re­dis­tri­buí­mos e re­du­zi­mos, ou os fas­cis­tas vam do­mi­nar o mundo, como já está a acontecer”.

Iago Pérez: “O pior nom é a perda da in­dús­tria, mas o facto de essa que­bra ge­ra­ci­o­nal ter sido to­tal na hora de trans­mi­tir conhecimentos”
evo­lu­çom de­mo­grá­fica nas co­mar­cas de Eume, Ferrol e Ortegal, com re­fe­rên­cia aos da­dos a ní­vel galego.

Essa re­du­çom im­plica tam­bém umha mu­dança de am­bi­çons vi­tais, como fijo Iago Pérez: “Depois da pan­de­mia al­guns de nós es­ta­mos a mar­char para o campo, mas nom es­pe­res vi­ver como um ma­rajá, an­tes, será umha cena aus­tera em que vais ter as tuas ba­ta­tas e ou­tro tipo de van­ta­gens que aca­ba­rám por com­pen­sar ires fa­zer a tua vida lá. Sem ide­a­li­zar o campo, é umha al­ter­na­tiva mais sus­ten­tá­vel ao longo do tempo”. Fernando par­ti­lha essa vi­som, e lem­bra-se de tem­pos em que es­tas al­ter­na­ti­vas que agora pa­re­cem mo­der­nas, eram o nor­mal: “Antes ainda tí­nha­mos au­to­a­bas­te­ci­mento, ga­li­nhei­ros em casa, ba­ta­tas e pesca a es­ga­lha… tra­ba­lha­vam as re­dei­ras”. Agora tudo isso não existe mais”. Quanto ao fu­turo do tra­ba­lho, con­si­dera que de­ve­mos apro­vei­tar a ri­queza da terra: “A agri­cul­tura tem fu­turo, dá tra­ba­lho e te­mos umha zona pro­du­tiva muito grande. Ao ní­vel das co­o­pe­ra­ti­vas agrí­co­las, por exem­plo, ou no mar, o sis­tema pode ser al­te­rado. Há cou­sas que po­dem ser me­lho­ra­das e que cos­tu­ma­vam funcionar”.

Na his­tó­ria da vaca ma­gri­nha, a pro­fes­sora e o me­nino vol­tam um ano de­pois à quinta onde ma­ta­ram o ani­mal. A gen­ti­nha da casa nunca soubo quem a ma­tou, mas ela re­a­giu a plan­tar ver­du­ras e le­gu­mes. Na his­tó­ria da vaca ma­gri­nha, a terra era tam fér­til que as ver­du­ras até da­vam para ven­der, ga­nhar di­nheiro e ser­vir de exem­plo para o resto da al­deia. Mas a his­tó­ria da vaca ma­gra nunca acon­te­ceu por­que nom é nada mais do que um conto. E em Ferrolterra ainda há trau­mas a su­pe­rar para po­der ter um fi­nal feliz.

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