O que será do trabalho? Já é clássica a advertência de que a automatizaçom e a implantaçom das máquinas trazerá umha reduçom no tempo que dedicaremos nas nossas vidas ao trabalho assalariado. Por outra banda, se a dia de hoje vemos ao nosso redor, nas nossas relaçons mais próximas encontramo-nos com pessoas que concatenam trabalhos temporários e precários, ou que levam vários meses sem emprego. Os serviços estatais muito pouco fam na sua assistência às demandantes de emprego para além de pôr caras de circunstância e recomendar a emigraçom. Algo se passa com o trabalho assalariado e está a passar agora.
Nos últimos anos as diversas propostas de rendas universais para as pessoas fam saltar perguntas como: mas entom quem vai trabalhar? Mas talvez seja mais interessante perguntar-se: quem trabalha atualmente e qual é o trabalho que desenvolve? E esta pergunta abre umha complexidade maior, pois muitas pessoas que nom tenhem emprego dedicam boa parte do seu tempo a cuidar as vidas doutras pessoas, a arranjar problemas nas suas casas, a desenvolver iniciativas populares… Quanto trabalho nom assalariado realizam as desempregadas! Deixará-se de fazer todo este trabalho com a robotizaçom ou com a implantaçom de umha renda universal?
Neste número de Novas da Galiza quigemos falar com diversas pessoas sobre propostas como a renda básica e o trabalho garantido para conhecer as suas propostas e reflexons arredor do trabalho e de umha vida digna. O pagamento por parte do estado de umha renda individual, desvinculada do emprego, é controvertida e de grande diversidade. Mesmo o liberalismo pensou nesta soluçom como substituto dos serviços públicos. Porém, dalguns sectores da esquerda entende-se como umha ferramenta de distribuiçom de riqueza e de transformaçom social. Trabalho, emprego, estado, dinheiro, desigualdade, supervivência… Como desenlear todo isto?